segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Sincronicidade






FILOSOFIA DOS NÚMEROS: Sincronicidade – XIV
Publicação anterior: Sincronicidade XIII


Sincronicidade


Despercebida preciosidade, é o título realmente mais apropriado que se tem nas condições de denominar com maior aproximação do fato, para identificar esta extraordinária correlação astrológica entre os mapas de Jung e Paracelso, numa associação de ambas as personalidades, pelo reconhecimento da continuidade de uma vida para outra, conforme se constata propriamente um denotado caso de reencarnação.
Muito embora, a sensação pela descoberta deste fato seja de decepção por questão de indiferença geral dos leitores deste caso, apesar de imensa alegria não só em razão de identificar outra vez a inevitável integração da astrologia com a realidade vivencial, como também ainda mais por poder comprovar novamente a qualidade inexorável conforme expressa a lógica dos 144 números, como linguagem determinantemente equacionada ao significado operacional dos resultados exatos provenientes da realidade universal, cuja sistemática deste recurso novo de pesquisa e informação até então inconcebível na mente de quase todos desta época, não deixa de se caracterizar numa certa modalidade de efeito, nos conformes da Sincronicidade de Jung.  A situação como perspectiva de rumos bem definidos nessa área do conhecimento em prol do esclarecimento humano existencialmente, se mostra lamentável pelo quanto se observa no sentido desse andamento quase incerto principalmente da enorme maioria no caminho da verdade universal, independente pelo quanto segue a orgulhosa academia científica apenas com bons resultados tecnológicos, materialistas. Como se sabe, pela Sincronicidade, a astrologia para Jung já se incluía por um dos prováveis mecanismos desse esquema experimental, a qual na época ainda era de uso muito deficiente, pelo seu emprego prático de cálculos e demais meios básicos, sem contar que os 144 números essenciais para as interpretações mais precisas, não eram conhecidos...  Chega a ser chocante devido ao grande número de contingência humana, a ignorância a respeito da Astrologia, isso em se tratando de um conhecimento sobre o assunto, apenas básico.     
Ainda assim, doravante não se justifica mais a necessidade de demonstrar os aspectos de correlações entre os dois mapas, por não haver mais motivo para apresentar provas de que o processo se trata realmente de uma comprovada reencarnação, a não ser quando houver alguma novidade muito importante nesse sentido. Pois existem inúmeros registros de combinações como atestados para essas comprovações que, este processo deve se tornar um modelo por esse tipo de estudo, conforme os resultados em suas averiguações. No entanto, justificar alguma característica especial de Jung, num confronto astrológico como o mapa de Paracelso em busca de indícios sobre a causa, pode significar um esquema de grande valia.


Paracelso em sua obra: A Chave da Alquimia, no Quinto Livro não-Pagão sobre as entidades mórbidas escreveu como:

CAPITULO V

(Meios que a divindade pode usar para o
tratamento das enfermidades)

Algumas curas perfeitas e felizes que aconteceram nos
tempos de Hipocrates, de Rasis, e de Galeno, se devem ao fato
de que naquela epoca os purgatórios eram muito pequenos.
Depois, com o aumento das doenças, as curas foram se tornando
cada vez mais ineficazes, ate aos nossos dias, quando o
grau e o numero das dificuldades e extraordinário para que
possamos recuperar a saúde. Isso porque o purgatório atual e
muito grande para que algum medico possa aliviá-lo. Tanto é
assim que, se os médicos antigos pudessem se levantar de seus
túmulos e voltar para o nosso meio, suas artes seriam cegas e
nulas.
O castigo divino que pesa hoje em dia sobre tudo o que
acabamos de referir faz com que empreguemos um estilo cristão
em nosso livro, com o qual esperamos fazer chegar ate a
suas inteligências a consciência de que todas as doenças são
verdadeiros sinais e penitências, razão pela qual Deus pode nos
Livrar delas através da fé, cristamente, e não do modo pagão
usado pelos médicos.
Agora lhes direi que não é verdadeiramente cristão o doente
que põe toda a sua esperança na medicina. Pelo contrario,
aquele que crê em Deus e confia nele para encontrar o caminho
da cura de suas doenças é verdadeiramente cristão. E nele a
cura poderá se realizar milagrosamente, seja pelos santos, pela
natureza, pelos médicos ou pelas curandeiros.
Aprendam pois, cristãos, que Deus é o supremo medico.
Ele é o altíssimo e não o ínfimo, e todo-poderoso ainda que
nada exista. Os pagãos e os infiéis pedem socorro aos homens.
Os cristãos clamam per Deus {ad Deum vodjeramini)
Ele e somente Ele enviará a cura imediatamente da melhor
maneira. Seja por intermédio de um santo, como milagre,
por um médico ou por qualquer outro processo.

Em seu mapa se configura na casa 5 o número 135 [Credulidade]. Ele costumava incluir o dogma propriamente católico em suas concepções. Acontece que pela casa III figura o número 35 [Oportunidade] o qual se refere a uma tendência incontrolável de praticar atos abusivos, delitos. Paracelso exercia um jogo duplo, pois além da religião cristã ele também praticava feitiçaria, magia, alquimia. Por isso, não é de se estranhar; nos planos de seu corretivo no Além tenha permanecido na mesma região astral ao lado de Freud, que teria sido um papa (canonizado) da igreja católica, como também junto ainda daquele com distinção alcançada na terra pelo seu enorme destaque em função da música sacra, e outros considerados em situações parecidas, para formarem depois, nas suas reencarnações seguintes o grande elenco em prol do advento da psicologia. Na certa o ambiente propiciava a presença de esmeradas Excelências em suas regências: Freud, o Pai da Psicanálise, Bach, que houvera sido o grande Mestre da Música Sacra, Paracelso com sua Alquimia e outros mais.   

Jung, em seu livro: Memórias, Sonhos, Reflexões, também escreveu relativamente sobre o mesmo assunto com uma reflexão experiente num sentido de maior extensão pelos fatos:

A consciência começou, segundo a perspectiva de seu desenvolvimento histórico, num estado quase animal de inconsciência, que a criança repete em sua diferenciação.
É sobre esta base complexa que o eu se forma e é, ela que o conduzirá ao longo da vida. Quando tal base não preenche seu papel de apoio o eu se detém e morre. A existência e a realidade dessa base são de importância vital. Comparado a ela, o mundo exterior tem uma significação secundária, pois afinal o que significará esse mundo exterior se me faltar o impulso endógeno que, normalmente, me incita a apoderar-me dele? Jamais uma vontade consciente substituirá o instinto de vida.
É muito natural, pois, que na qualidade de psiquiatra (que significa “médico da alma”) eu me incline para tal concepção; pois o que me interessa, em primeiro lugar, é saber como ajudar meus doentes a encontrar sua base e sua saúde. Através da  experiência percebi a soma de conhecimentos que tal tarefa implica! Mas o mesmo ocorreu com a medicina em geral. Ela não progrediu descobrindo a cura mediante truques que teriam simplificado enormemente seus métodos. Pelo contrário, enveredou, a perder de vista, por complicações, em grande parte devidas a empréstimos feitos a todas as ciências possíveis.
Quanto a mim, não pretendo interferir de forma alguma em outras matérias; procuro simplesmente utilizar seus conhecimentos em meu domínio. Naturalmente, tenho o dever de justificar essas utilizações e suas consequências. Pois descobertas são feitas quando se transferem conhecimentos de um domínio para outro, a fim de empregá-los de maneira prática.
Quantos achados não teriam ocorrido se os raios X deixassem de ser utilizados em medicina, por serem uma descoberta da física!

Em se sabendo quem Jung significou outrora, por sua reencarnação anterior, o conteúdo deste seu texto soa realmente como uma confissão, em que ele assume e revela suas reais decisões nesta vida, cujo fundamental propósito seria de dar continuidade de um projeto já iniciado, como se afirmasse estar ciente do fato, embora não deixe de representar vindo de um nível inconsciente, no qual se integra passado em sincronia com projetos futuros, que devem ser realizados no presente.  





Conforme já foi notificado, ainda que seja possível explicar em detalhes este processo astrológico em pesquisa, sempre deve ser considerado como focal, sintético, analiticamente, o aspecto de Saturno que para a situação especialmente de Jung, indica o número 116 [Paciência] acentuando seu propósito ideal de médico, ou melhor, principalmente como terapeuta em psicanálise e psicologia.


(continua)