sexta-feira, 30 de julho de 2010

Reminiscências Patogênicas

O Advento da Psicologia
Anterior: Natureza dos Disturbios






Reminiscências Patogênicas


A suposta “autonomia patológica das doenças mentais”, motivou os precursores da psicologia no emprego da reminiscência como instrumento de suas pesquisas. A integração de resultados – de cada um deles – repercutiu numa surpreendente elucidação – de fatos categóricos – da personalidade, até então desconhecidos, ou melhor, ainda não comprovados cientificamente. Deve-se a Charcot a realização mais ousada em pesquisas psiquiátricas; vale dizer, antes dele, a psiquiatria nem estava incluída no currículo de medicina. Então, a descoberta de Mesmer estimulou a prática sistemática da hipnose. A hipnose – ou magnetismo animal como chamava – nem era bem vista, mas como ele era um clínico respeitável, a academia aprovou suas pesquisas. Estava fixado na questão dos histéricos, entre os quais pretendia encontrar o elo psíquico perdido – nos níveis da psiquiatria – pelo significado da histeria e demência precoce.
Na alusão entre ambas as doenças, por reconhecimento seriam semelhantes demais, pelo menos de acordo com a sintomatologia, visto que ainda assim a histeria parecia ser o pólo oposto da demência precoce. Era como se o sintoma (do histérico) reagisse intrinsecamente na preparação para a manifestação do outro efeito (demência precoce). E, nos níveis da letargia profunda – hipnotismo – estava comprovada a presença (tônus) de um fator ressonante da personalidade, inegável, que determinava ambos os tipos sintomáticos. Isso se tornou o grande interesse de Charcot pela histeria, que parecia ser ponto de partida na solução dos mais sérios distúrbios mentais.






As constatações eram baseadas conforme o seguinte:

Semelhanças Entre Histeria e Demência Precoce:

Limitação da consciência

Distúrbios da atenção – distração – preocupação vaga, estados de delírios e alucinações – idéias obsessivas. A fixação afetiva inibindo a associação de idéias – bloqueia o raciocínio.

Tendência a fugir de assuntos em pauta nos relacionamentos sociais.

Sonhos vívidos – os pacientes atribuem realidades aos sonhos.

A autonomia do complexo ressalta a indolência, indecisão, monotonia e cansaço

Automatismo do sistema motor – descontrole físico nervoso.

Diferenças

Fatos nos estados histéricos:

O delírio histérico sempre evidencia o conteúdo do complexo.

Os estados de lucidez são duradouros, mesmo sob condições letárgicas, alucinatórias ou hipnóticas, com maior ou menor manifestação de confusão.

Falta de espontaneidade, ou inibição dos sentimentos normais em situações críticas emocionais. O paciente não se sensibiliza como normalmente deveria. Sentimento de estranheza sobre a realidade de fatos atuais.

Na histeria a psique mantém um complexo que se torna quase insuperável. Isso significa que um forte complexo da personalidade pode levar a estados de histeria.

Fatos Constatados na Demência Precoce

Na demência precoce a alienação se efetiva de modo insuperável, onde a congruência pode surgir apenas de modo súbito, com relevantes períodos de confusão. Na histeria as condições são opostas: os distúrbios ocorrem apenas durante as crises.

A demência precoce se evidencia com o seguinte:

Na sugestão – hipnose – muitos elementos estranhos ressurgem e insurgem contra os assuntos expostos.

A lucidez pode passar instantaneamente, da clareza para a mais autêntica confusão.

O distúrbio da atenção é praticamente constante. A atenção inexiste de modo geral.

O paciente permanece concentrado no complexo autônomo, o qual inibe as demais atividades psíquicas.

Nos diálogos podem ocorrer respostas lúcidas, que são imediatamente substituídas por determinações das mais absurdas.

Se queixam que as idéias se dissolvem, justamente quando querem pensar ou dizer alguma coisa.

Freqüentemente, tornam-se lúcidas, durante doenças fisiológicas, no caso quando se requer de certos cuidados especiais – ou de tratamentos médicos.

O interesse se fixa exclusivamente no complexo insuperável – e autônomo -, que é simbolicamente transparente.






A alienação com a realidade é o seu fator comum – a demência precoce é praticamente incurável.

Com toda essa referência sobre histeria e demência precoce, estava comprovada – já naquele tempo – a autônoma relevância de certa qualidade da personalidade – até então desconhecida -, que exercia inevitável supremacia sobre a mente humana. Muito embora, tenha passado despercebido, através da hipnose, Charcot lidou com o mais autêntico fator da personalidade – sua manifestação mais elevada –: o espírito; que jamais se encontraria para ser confundido com o complexo autônomo.
Por isso, Charcot pode ser considerado o mais ousado dos psiquiatras, como também o mais imprudente de todos. Talvez, foi por isso que Freud – bem mais prudente – abandonou de vez as sistemáticas práticas de hipnose, associando esse “elemento espiritual da personalidade” ao seu teórico superego, o qual por "suspeita" preferiu manter no nível do inconsciente.

Estas descrições históricas de experiências psiquiátricas, talvez não sejam de grande interesse, mas servem para indicar os “moldes” adotados em pesquisas – na época -, quando – tal qual um “vírus acadêmico” – passou a predominar pelo atual – método científico (implantado por Darwin).
Como representava "orgulho", pelo significativo da “moda”, bastava partir dos efeitos – em acirradas observações – para se poder encontrar a causa.
Sem dúvida, foram surpreendentes as conclusões obtidas por esse método, o qual dispensava “bases morais” – inclusive pela falta de noções entre bem e mal -, e até mesmo contra a própria lei de reciprocidade. A razão deste texto também consiste em poder assinalar a época, que deu início a esse predomínio do método acadêmico.


(continua)



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terça-feira, 27 de julho de 2010

A Segunda Casa



MITOLOGIA E ASTROLOGIA: A Segunda Casa
Anterior: Mito de Touro

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.

O Mito de Touro: A Segunda Casa



A Segunda Casa


Toda casa se mantém como “significador” do signo pelo qual está associada; e, essa associação existe em razão daquilo que o próprio princípio de valor condiciona (aquela consistência já esclarecida). Portanto, existem “palavras chave” em função de cada casa – ou cúspide. A segunda casa é representada por Touro – o signo da efetivação. De acordo com as regras do Triângulo, mantém relação com a sexta e a décima casa, com as seguintes palavras chave:

Casa II: ambição – valor – dinheiro – sustento – gastos
Casa VI: trabalho – saúde – capacidade – análise
Casa X: ideal – culminância – renome – capital

Este triângulo se compõe do seguinte fundamento:

Casa X = Casa II   X   Casa VI

Culminância = ambição X Trabalho

A Casa II:

O valor (casa II) = Renome (casa X)  /  Trabalho (casa VI)

Então, a Casa II consegue a efetivação (das coisas) pela Culminância (casa X) em razão do Trabalho - a saúde, etc – (casa VI).

Disso é possível compreender a importância das condições de saúde (casa VI) nas realizações pessoais – materiais (ou objetivas).

O Meio Ativo da Casa II – palavra chave: comunicação (Gêmeos) – a ambição impele a esse sentido pela apresentação - o contacto de modo geral.

Zeus (para ter o controle) se transformou em Touro, pela conquista de Europa. O valor deve ser atraente, senão perde seu sentido. O touro branco raptou Europa – a importância (valor) tem função arrebatadora (função de compra).

A Finalidade Passiva da casa II tem como palavra chave a associação (Libra: representante da casa VI do Ascendente em Touro ) pelo interesse mútuo. Os 5 guerreiros – restantes na batalha – e Cadmo, como 6 elementos (associados), fundaram Tebas; indicando (que o trabalho e a saúde) a casa VI, como setor importante da casa II – um interesse mútuo. O Débito (casa X) da casa II – representada por Aquário – indica a evolução como “ousadia”, pois pode implicar em riscos (diante do progresso).

No triângulo do relacionamento o Crédito do Fim (casa III) está representado pelo signo de Câncer; o Princípio Passivo (casa VII) por Escorpião e o Débito do Meio (Casa XI) por Peixes. Indica envolvimentos quase sempre passionais – como o mito descreve – por ser um triângulo de água. Essas relações estão sujeitas aos reflexos emocionais de desejo e cobiça pela própria característica de Touro: a possessão. Dessa forma, significa que tal ascendente traz exposto o sentido de seu destino nos relacionamentos, instintivos e cármicos. Mesmo porque, precisa da associação afetiva (Libra na casa VI e Escorpião na casa VII) em prol de sua própria condição de saúde. Com Escorpião na casa VII (os associados, o cônjuge) vai ter em suas questões decisivas, elementos incisivos, enérgicos e instigantes. Egeu, induzido por Medéia, quase envenenou seu herdeiro (Teseu). O Triângulo do destino – da casa II – tem no crédito (casa IV) o signo de Leão, no Meio Passivo (casa VIII) Sagitário e como Finalidade Ativa (casa XII), Áries, ou seja, os signos de fogo. O indivíduo se desenvolve (casa IV) sob interesses de nobreza, orgulho e dignidade (brilho na infância). Em certos casos elevados, a pessoa foi agraciada pela escolha da própria família nessa reencarnação (casa IV em Leão). Com Sagitário na casa VIII (casa da transformação) está sujeito a desenvolver atitudes exageradas (grandes acumulações, megalomanias, etc), grandes interesses de expansão – em todos os sentidos. Com Áries na casa XII (significativo de limitações, dissoluções) vai indicar retraimento; tendência a esconder a própria personalidade. Sabem também manter sigilo tanto diante das próprias questões quanto as de outrem. Nisso se justifica uma forte tendência em se aplicar toda a energia pela redenção do carma (casa XII); o que em certos casos pode ocorrer exatamente o contrário, pois essa casa rege também as prisões. O Minotauro, emblema de um delito – inveterado (pois é retroativo; desde o efetivado por Zeus) -, foi enclausurado no labirinto, onde ficou oculto como aberração. Disso, depois resultou o tributo de 7 vítimas (tudo girando em torno do símbolo de Touro).

O Signo de Touro se encontra no Zodíaco sob o regime do Modelo Universal do Respeito, que como hierarquia mantém os seguintes (termos relativos aos números):

8 – Respeito; 20 – Segurança; 32 – Naturalidade; 44 – Prosperidade; 56 – Modéstia; 68 – Fertilidade; 80 – Resignação; 92 – Arbítrio; 104 – Resistência; 116 – Paciência; 128 – Condescendência; 140 – Reciprocidade.


(continua)



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sexta-feira, 23 de julho de 2010

A Polarização dos Elementos

ESTUDOS ASTROLÓGICOS: Interpretação
Anterior: Potencia de Cada Planeta





A Polarização dos Elementos

Em astrologia as chamadas quadruplicidades implicam num profundo estudo; classificado aqui como: a polarização dos elementos. São formadas de acordo com os seguintes termos do triângulo:





A = CARDINAIS (Ação)

B = FIXOS (Estabilidade)

C = MUTÁVEIS (Flexibilidade)



Presente (Signos Cardinais)




Futuro (Signos Fixos)




Passado (Signos Mutáveis




Deve ser considerado como um triângulo de (3) Cruzes, o que se define com (já apresentada) a seguinte fórmula:

A = C / B   ou  C = A x B

A cruz A (cardinais) representa o movimento contínuo que encontra uma resistência (estabilidade) em B (fixos), criando o movimento perpétuo (flexibilidade) pela manifestação de C (mutáveis). Isso tem analogia com a formula de eletricidade (diferença de potencial).


CARDINAIS = tempo presente

MUTÁVEIS = tempo passado

FIXOS = tempo futuro


O presente (cardinais) é a manifestação do movimento contínuo

O passado (mutáveis) é a equalização determinada por adaptação

O futuro (fixos) é a perpétua sustentação – pela resistência ideal.



Os elementos de cada cruz estão – entre si – em quadratura (90 graus) ou em oposição (180 graus).

Conforme as leis de analogia (dadas anteriormente):


1 – Os opostos têm entre si um intermediário resultante exatamente deles.

2 – Os opostos são apenas a concepção em graus diferentes de uma coisa única.


Então, o fogo se polariza com o ar, e a terra com a água.
O fogo encontra sua substância pela ação do ar, sofrendo uma resistência da terra ou restrição pela água.
A terra necessita de água pelo seu sustento, sofrendo uma restrição do fogo e do ar.

Esta é a função encontrada na oposição: polarização e equilíbrio.

O fogo agindo sobre a água faz manifestar o gás (ar). O fogo agindo sobre a terra faz manifestar o líquido (água). O ar sobre a água determina a secura – consistência (terra). E assim por diante numa série toda "alquímica" de analogias, onde se torna notório que a quadratura (90 graus), funciona como um agente transformador. Pois, dois elementos a 90 graus determinam o elemento próprio de seu sustento (fator da oposição). Isso dá a elucidação de quadratura, onde uma necessidade de sustentação encontra a solução pelo atrito (tensão).

Resumindo:

Oposição – é a polarização, onde um elemento vai buscar no outro (180 graus) sua alimentação, tendo de enfrentar forte resistência (90 graus); criando com isso (trabalho) o próprio elemento requerido, ou melhor, aumentando sua potencialidade ( ou fortificando) num movimento contínuo, sofrendo então uma série de transformações.

Quadratura - é o atrito entre elementos antagônicos “não opostos” – ou melhor, de outra espécie -, para a formação de seu oposto, e pelo equilíbrio próprio.



Classificação dos Tempos Elementares:


Presente (Cardinal)

♈ Áries – presente como impulso; presente vital; presente decisão.

 ♋ Câncer – presente oportuno; presente atual; presente latente.

♎ Libra – presente parcial; presente dependente; presente relação.

♑ Capricórnio – presente concreto; presente incisivo; presente diplomático.


Passado (Mutável)

♊ Gêmeos – passado recente; passado prático; passado providencial.

♍ Virgem – passado físico; passado recorrente; passado crítico.

Sagitário – passado louvável; passado indubitável; passado inveterado.

♓ Peixes – passado comunitário; passado compromitente; passado involuntário.


Futuro (Fixos)

♉ Touro – futuro desejo; futuro ambição; futuro físico.

♌ Leão – futuro vontade; futuro poder; futuro prazer.

♏ Escorpião – futuro estratégico; futuro prescrito; futuro inconsciente.

♒ Aquário – futuro evolutivo; futuro desconhecido; futuro contínuo (ficção).



(continua)




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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Mito de Touro


MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mito de Touro
Anterior: Teseu e o Minotauro

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.



O Mito de Touro: Interpretação



O Mito de Touro: Interpretação

Touro – princípio ativo _________________ Escorpião – princípio passivo


Touro como princípio ativo representa em síntese: o valor. A descrição sobre Cadmo expressa o sentido de Touro como o valor gerado em Leão, quinto signo de Zodíaco. Quando a batalha – observada por Cadmo – chegou aos cinco homens restantes, então surgiu a paz. Representando a”fidelidade”, os cinco homens determinaram o limite. Leão, o quinto signo e crédito de Touro, é o fator que padroniza o valor. Indica o padrão da consciência, coerência – os cinco sentidos – como base do valor. Por isso que o princípio passivo de Touro é o Escorpião. Este representa o resíduo – da luta – pela obtenção do valor; o fator do inconsciente. O inconsciente (Escorpião) é o que impele o sentido de valor para o sucesso ou derrocada (isto o mito realça desde o início). Um princípio passivo tem sempre a forma de levar seu princípio ativo a decidir, agir e atuar. O Escorpião indica ao Touro (o valor), a desconfiança, insegurança, “riscos” e receios em relação aos demais. O Escorpião é simbolizado pelo mito de Cadmo e pelo labirinto do Minotauro. O Touro é simbolizado pela “experiência na batalha”; onde teve como base a consciência do Leão, seu crédito. O eixo Touro – Escorpião (ou mesmo casa II – casa VIII) de um mapa astrológico, indica como a pessoa aproveita suas experiências de vida. Indica como e quanto absorve seus valores, bem como, seus resíduos – ou desgastes – pela tomada de valor. O ascendente de Touro atua – quase sempre – como auto defensivo, portanto lento na hora de decidir. Pois, “tais tipos” (seus portadores) vêem nos outros o Escorpião – de seu inconsciente -, como ameaça, armadilha ou “labirinto”. No inconsciente, foi onde se “instalaram” os que sucumbiram na “batalha de Cadmo”; experiência latente em Touro. Regente da boca – e do paladar pela seleção dos alimentos – representa o estado primário de consciência. Esta como o “labirinto”, leva tudo como experiência na tomada de valores. O “estagio oral” de Freud (com Sol em Touro) em relação ao estudo astrológico, se adaptaria na lógica desse eixo Touro – Escorpião. Esse eixo indica que, nos “eventos”, muitos elementos serão reduzidos ao inaproveitável (Escorpião) pela manifestação do valor (Touro). Na própria alimentação (fase oral), pela digestão, separa-se a parte nutritiva da que deve ser excretada. Depois de separado, o “touro do escorpião”, não existe mais retorno; como o próprio mito descreve sobre o labirinto e o Minotauro. Pois, essa tal “parte do escorpião” – separada – só pode servir de “veneno” (analogia do símbolo Escorpião) para o Touro (o valor). Conforme o “estágio oral”, o alimento é o primeiro valor da criança; sua noção (mínima) de responsabilidade; fator psicológico (juízo primitivo) implicado em Respeito – fator básico do signo de Touro.

Princípio: Touro – Meio Ativo: Gêmeos – Finalidade Ativa: Áries

O Princípio de Touro indica o Respeito e a Segurança. É o determinante de controle das coisas - condicionado pela precaução. Nesse mecanismo, qualquer ameaça pode implicar no despertar da consciência – ou no senso de responsabilidade. O labirinto, símbolo de ameaça, revela essa estrutura pela valorização das coisas; o inconsciente (Escorpião) – de cada um – participando na atuação de controle, defesa, respeito e valor. Portanto, o signo de Touro – de um mapa astrológico – é de grande interesse quanto ao sentido psicológico – de uma pessoa. Teseu atuou como um touro – enfrentado tudo – em busca do respeito e do valor. Gêmeos é o Meio Ativo de Touro – todo valor depende das qualidades de Gêmeos como instrumento; cuja função está na habilidade. Como signo dual representa a liberdade, livre arbítrio, raciocínio, comunicação, escrita, estudo e demais meios – como instrumento de Touro (o controle); pois promove a circulação de valores (pelos relacionamentos, contratos e atrações de espécies análogas). O Débito é representado pelo signo de Aquário, pois o valor deve gerar o progresso. O Crédito – em Leão - , tem sentido de autoridade, poder e domínio. Esse eixo – Leão – Aquário - é de grande interesse – ao princípio de Touro -, envolvendo o progresso – a evolução – pela conquista do Respeito (autoridade e segurança). A Finalidade Ativa no signo de Áries – indica a necessidade de se encontrar o dinamismo - na força e confiança – pela vitalidade dos valores. O Crédito do Fim, Câncer, gera Áries. Assim, o que gera a Finalidade de Touro (o valor), é a “feminilidade”, fator em Câncer. Se o Princípio do Valor (Touro), tem como instrumento, Gêmeos – o livre arbítrio -, sua Finalidade Ativa requer do Crédito da Pureza (em Câncer). Câncer – a imaginação, o lar e o alimento -, purifica essa Finalidade Ativa – em Áries – para evitar a formação de valores indevidos – indébitos. Ariadne representa a feminilidade, a própria imaginação de Teseu. Seu auxílio é fundamental na vitória sobre o Minotauro. Depois, essa “feminilidade” foi abandonada na ilha de Naxos - onde se encontrava Baco -, simbolizando a decadência de valores. Na Grécia, o culto de Dionísio (Baco) era contraditório ao de Apolo. Essa oposição representa a dualidade de Gêmeos – Meio Ativo de Touro -, ou as duas colunas do templo – consciência -, onde uma é branca e a outra negra. Dionísio surgiu no início da idolatria como o “deus” da alegria e da embriaguez dos sentidos. Era “venerado” de modo especial, como “deus” do êxtase. Seu “culto” suscitava as orgias nos chamados bacanais. Outro tipo de idolatria era o culto do Minotauro, na ilha de Creta, onde o touro era o símbolo do vigor e da masculinidade. Os sacrifícios ofertados ao Minotauro, serviram para “inexorabilizar” a decadência de grande parte da humanidade. A idolatria não “nasceu” da ingenuidade, mas dos – livres – sentimentos intuitivos; o que se tornou um valor indébito em Touro. Sendo Touro um signo fixo, concebido um valor, tal se torna imutável. Torna-se inexorável em razão de Escorpião (conforme já foi demonstrado) pois: na hora efetiva, elementos se separam, uma parte como autêntico valor (Touro) e a outra como resíduo (Escorpião), e não existe meio termo. Mesmo porque, a Finalidade Ativa de Touro é Áries, isto é, torna-se decisiva (dinâmica). Isso até justifica o Meio Passivo – do princípio do valor - como signo de Sagitário. O Sagitário faz crescer, expandir, pois é o efeito da causa. Como Meio Passivo de Touro – a concepção do valor -, ele é a Justiça, sob o regime da lei de causas e efeitos; e, o fio de Ariadne mantém essa imagem. Tal “fio” indica a própria força e poder do simbolismo; valor símbolo e mito são partes de um Triângulo – e disso é que vem o sustento da consciência. O dinheiro por exemplo, atua como um “fio extensível do tesouro” – aonde se deve encontrar. Ele circula, vai e volta, como se “carregasse a riqueza” através da moeda. Não só o dinheiro controla os valores, mas todo controle é identificado em Touro – um fator de condicionamento. O mesmo ocorre com a “idolatria” – conforme indica o mito -: adquire consistência em Touro. Mundos se interligam – e a própria Terra – através do simbolismo, que é como o fio de Ariadne. Por esse processo autônomo, a vida pode ser conhecida em todo universo. Por isso é que Touro gera Aquário, indicativo de futuro, progresso e regente da astrologia – que emprega os símbolos. O eixo Touro – Escorpião indica que nada é descartável, a sobra – pela obtenção de um valor – , como resíduo em Escorpião deve servir para futuras transformações. Todo planeta – ou cúspide – no signo de Touro indica fator de segurança, persistência, estabilidade e controle. Vênus, regente de Touro determina a qualidade desses valores. O signo em que Vênus se localiza revela onde a “cúspide do signo de Touro” deve buscar sua estabilidade.

(continua)

 

terça-feira, 13 de julho de 2010

Teseu e o Minotauro

Mito de Touro: Teseu e o Minotauro



MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mito de Touro
Anterior: O Minotauro
Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.

Teseu e o Minotauro

Teseu, ainda jovem, teve várias aventuras, chegando a conhecer Hércules, a quem passou a admirar – e até mesmo a imitar – pela sua imensa coragem. Ao chegar em Atenas – como legitimo herdeiro do trono -, Teseu passou a ser ameaçado por Medeia – com seus ardis -, feiticeira fugitiva de Corinto que se tornara esposa de Egeu. Temendo perder seu prestígio junto ao rei, levantou suspeitas sobre aquele “estrangeiro”, induzindo o rei a ofertar uma taça “envenenada” para ele. Felizmente, antes de Teseu levar a taça aos lábios, Egeu, reconhecendo a espada que ele trazia, conseguiu evitar a tragédia. Desmascarada, Medeia fugiu; e Teseu foi declarado legítimo sucessor do trono. Quando soube do sacrifício que era ofertado ao reino de Minos, embora contra a vontade do rei, se ofereceu como uma das vítimas, na intenção de poder enfrentar o Minotauro. Na ocasião do sacrifício, o oráculo foi consultado. Este então revelava que a expedição só teria êxito, se Teseu tomasse por guia o Amor. Assim a embarcação partiu com suas velas negras, as quais seriam substituídas por velas brancas em sinal de um regresso vitorioso. Chegando em Creta, os jovens foram recebidos. Ariadne, filha de Minos, que presenciava a exibição – das vítimas – se apaixonou por Teseu. Assim, no momento certo, entregou lhe um novelo de linha, instruindo como ele poderia encontrar o caminho de volta nesse labirinto. Confiante, entrou no labirinto, percalço que atingiu seu clímax quando enfrentou e matou o Minotauro; conseguindo sair guiado pelo fio – de cujo novelo havia sido desenrolado em seu percurso. Triunfante, a expedição deixou Creta, levando Ariadne; que foi abandonada logo em seguida na ilha de Naxos, enquanto dormia. Quando o barco foi se aproximando de Atenas, ao ser avistado pelos atenienses, implicou em desespero geral, pois ainda mantinha suas velas negras. Teseu, na euforia da vitória, se esquecera de mandar trocar as velas negras por brancas. Frente ao pânico, o rei Egeu se suicidou; portanto, em seu regresso, Teseu assumiu o trono de Atenas. Na ilha de Naxos, Ariadne encontrou Baco – com quem se casou -, tornando-se sua sacerdotiza.

Baco (ou Dionísio, era filho de Júpiter (Zeus) e Semele, princesa tebana, filha de Cadmo. Juno (Hera) se aproximou de Semele - antes que ocorresse tal nascimento – aconselhando a exigir de Júpiter a graça de poder vê-lo em todo o seu esplendor. Júpiter, que havia jurado pelo rio Estige, atender qualquer pedido da moça, estava obrigado a cumpirr tal desejo. Então, apareceu lhe em meio a raios e trovões; visão que nenhum mortal poderia suportar. Seu palácio pegou fogo e a princesa virou cinzas. Júpiter ainda conseguiu salvar a criança, que antes havia sido retirada do ventre, pelas ninfas. Ele foi levado aos campos de Nises, onde recebeu os primeiros cuidados. Quando cresceu, partiu para divulgar – em cortejo – o cultivo da vinha. O séqüito de Baco era sempre numeroso, ninfas, sátiros e pessoas eufóricas, aos gritos tocavam ruidosos instrumentos. Entre eles se encontravam também Sileno e o deus Pã. Era o cortejo de bacantes, cujos festejos eram conhecidos como bacanais. Baco também era representado com cornos, coroados com folhas de hera ou de figueira. Muitas vezes era simbolizado sob a forma de um touro.

Vênus – Afrodite

Vênus - Afrodite

O nascimento de Vênus ocorreu no início da criação, quando Urano o primeiro senhor do universo foi castrado por seu filho Saturno. Da espuma do mar, aquecida pelo sangue de Urano, nasceu a deusa do Amor (Aphoros = espuma). Deusa da beleza e dos prazeres, era casada com Vulcano – o mais feio dos deuses. Mãe de Cupido, das Graças , dos Risos e dos Jogos. Usava um cinto que tinha o poder da atração afetiva, do sorriso encantador, do olhar romântico e da voz doce. A pior ofensa contra ela, seria a falta de oferendas durante um culto aos deuses. Isso ela punia severamente, como no caso de Mirra ou Esmirna, que sofreu uma incestuosa paixão – por não ter se lembrado dela. Certa noite, entrou no quarto do pai e tentou acaricia-lo. Ele acordou furioso e queria mata-la. Em desespero conseguiu fugir e foi suplicar aos deuses; mas acabou se transformando em árvore da mirra. A árvore então se abriu e dela foi retirado Adônis. Vênus, responsabilizada pelo fato, decidiu cria-lo. Certa vez, cuidando de Cupido, acidentalmente feriu-se com uma das flechas – de encantamento da paixão. Antes de curar o ferimento, surgiu Adônis, então, nesse instante ela se apaixonou pelo menino. Apesar dos cuidados de Vênus; Adônis foi morto por um javali. Quando desceu aos infernos, passou a ser amado por Perséfone, que negou devolve-lo. Júpiter, diante da questão decretou que, Adônis passaria 4 meses com Perséfone no Hades, 4 meses com Vênus e os outros 4 meses, aonde quisesse. Adônis preferiu passar os 4 meses restantes, também com Vênus.


(continua)




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quinta-feira, 8 de julho de 2010

O Minotauro

O Mito de Touro: O Minotauro



O Minotauro

MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mito de Touro
Anterior: O Ascendente - Mito de Áries
Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.

O Minotauro

Europa, filha de Agenor, rei da Fenícia, era de uma beleza que fascinava; tanto que Júpiter - por ela – se apaixonou. Certo dia - numa tentativa de poder seduzi-la -, o rei do Olimpo se transformou em um touro. Europa, que brincava na praia com suas amigas, de repente, viu surgir aquele touro, belíssimo. Encantada, serviu-o de ervas e o afagou, resolvendo enfim monta-lo. O touro – com Europa em seu dorso – lançou-se ao mar e nadando alcançou a ilha de Creta. Lá, Europa passou o resto de sua vida, onde teve 3 filhos. Cadmo, seu irmão, desde seu desaparecimento e por ordens de Agenor, visitou terras distantes tentando encontra-la. Certa vez - em plena viagem -, foi atacado por um dragão que - para sua defesa - felizmente conseguiu derrotar. Quando já estava para abandonar o monstro ouviu – sem saber de onde – uma voz, ordenando-lhe para arrancar, e depois semear os dentes do dragão. Depois das ordens cumpridas – com grande esforço -, da terra, pontas de lanças alcançaram superfície acima, a seguir elmos, após ombros, e por fim, eram homens armados que do solo brotaram. Cadmo já se punha em guarda – para a defesa – quando um deles gritou: - Ninguém deve intervir em nossa própria guerra! Em seguida, caiu atravessado pela espada de outro guerreiro. Os soldados lutaram até que, ao restarem apenas cinco, um deles se desfez da espada, gritando repetidamente: - Que se faça a paz! Assim, os cinco unidos a Cadmo fundaram a cidade de Tebas.

Minos, filho de Europa, tendo que disputar a coroa com dois irmãos, implorou sua vitória a Netuno. Como resposta – caso fosse atendido –, solicitava também para que do mar surgisse um touro, o qual prometia sacrificar, em agradecimento pela conquista do trono. Assim, para a satisfação de Minos, do mar saiu um touro branco de raríssima beleza. Em seu esplendor, Minos resolveu ficar com o touro e sacrificar outro em seu lugar. O castigo de Netuno foi imediato, conforme o ocorrido com Pasifaé, esposa de Minos: estava irremediavelmente apaixonada pelo touro branco. Desse relacionamento nasceu um monstro: o Minotauro; corpo de homem e cabeça de touro. Para esconder o monstro, Minos mandou construir um labirinto; obra de Dédalo, um habilidoso arquiteto.



A construção era composta por inúmeros corredores, o que parecia não ter começo e nem fim. Caso alguém lá entrasse, jamais seria capaz de sair, e inevitavelmente cairia na boca do monstro, que se alimentava de carne humana.

Certa vez, Androgeu, filho de Minos, participou dos jogos olímpicos e teve a glória de vencer em todas as competições. No entanto, o invejoso Egeu, rei de Atenas, mandou mata-lo. Por vingança, Minos tentou atacar a cidade de Atenas; mas nessa investida acabou fracassando. Inconformado, clamou por justiça aos deuses, e daí, uma peste assolou a cidade de Atenas. Egeu, em consulta ao oráculo obteve por resposta que: sete moças e sete rapazes atenienses deveriam ser sacrificados – pelo Minotauro - , todos os anos, para poder aplacar a maldição.

Aquilo que se tornara um tributo – exigido por Minos – iria completar seu terceiro ano – de novos sacrifícios – quando estava para chegar em Atenas, Teseu, o herdeiro do trono. Teseu, nasceu em Trezen, onde foi educado por sua mãe Etra, na corte de Pitéu, seu avô. Egeu havia se separado de Etra, antes do nascimento de Teseu. Porém, havia colocado espada e sandálias sob uma enorme pedra, ordenando que, quando aquele filho de Etra, fosse capaz de levanta-la – para poder resgatar espada e sandálias -; deveria se dirigir a Atenas, como legítimo herdeiro do trono. Na idade apropriada, Teseu removeu a pedra – até que com certa facilidade – e tomou posse da espada e das sandálias, deixando o lar materno.



(continua): Mito de Touro - Teseu e o Minotauro

sábado, 3 de julho de 2010

O Quadrado e o Triângulo

O Quadrado e o Triângulo

Anterior: O Quadrado da Cruz


O Quadrado e o Triângulo
Este recurso pode ser útil em pesquisas avançadas de: ciência, filosofia e demais temas (como um depurador de leis universais).

O uso do “Quadrado da Cruz” – até aqui – foi demonstrado apenas em sua forma estática; que possui as seguintes propriedades:
A soma dos quadrados dos números: 1 (Princípio Ativo), 8 (Meio Ativo) e 6 (Finalidade Ativa) é igual à soma dos relativos ao 9 (Princípio Passivo), 2 (Meio Passivo) 4 (Finalidade Passiva), pois: 1 + 64 + 36 = 81 + 4 + 16 = 101.
O mesmo ocorre entre os números: 8 (Meio Ativo), 3 (Crédito), 4 (Finalidade Passiva) que também se igualam aos dos termos: 6 (Finalidade Ativa), 7 (Débito) e 2 (Meio Passivo), ou seja: 64 + 9 + 16 = 36 + 49 + 4 = 89.
Isso é uma propriedade, pois ocorre em qualquer seqüência (de números em progressão) de 9 termos. Como na seqüência: 6, 18, 30, 42, 54, 66, 78, 90 e 102. Aliás, esta é uma outra forma de interpretar um número em sua própria hierarquia (neste caso a seqüência tem o 6 (Amor) como Princípio Ativo.

Mas existe também uma forma dinâmica que auxilia (ou pode ampliar) nas interpretações. De acordo com o triângulo, ou forma da Liberdade (demonstrado em: Fundamentos Qualitativos do Triângulo), torna-se possível empregar um “artifício” (vale dizer, em dois recursos) para se obter essa função acional.

Se o Quadrado da Cruz serve de recurso estático (nas interpretações), o Triângulo pode ser aplicado em função de um entendimento “mais extensivo”, conforme as propriedades:
Isso significa que: 1 + 6 + 8 + 2 = 1 + 9 + 4 + 3 = 2 + 7 + 5 + 3 = 17. O mesmo ocorre com o segundo triângulo cuja soma é igual a 20. Demonstra também que os números nas pontas dos triângulos (no primeiro: 1, 2 e 3; no segundo: 5, 2 e 8) são fixos, mas os entre os lados são móveis pois (tanto faz): 1 + 6 + 8 + 2 = 17; ou 1 + 8 + 6 + 2 = 17, e assim por diante (desde que os posicionados em cada ponta não sejam deslocados). E, como os triângulos enfatizam os mesmos números (progressivos) do Quadrado da Cruz, estes, se tornam recursos “artificiais” de mobilidade (dos números inscritos nos lados dos mesmos).

Para ampliar essa lógica é preciso observar o seguinte:

A----------------C----------B

Nessa reta, quanto mais o C se aproxima de B, mais se distancia de A. Simultaneamente, a distância AC se estende e a distância BC se retrai. Pela lei de atração, C representa um análogo de B. Nos triângulos, pode ser observado como exemplo (um dos lados do Triângulo 1) o seguinte:

2-------7-------5-------3

Os elementos 2 e 3 são fixos e 7 e 5 são moveis – suas posições aceitam uma inversão – sem alterar as somas. O que isto significa como recurso?

Triângulo 1

2 (Meio Passivo) + 7 (Débito) + 5 (Centro) + 3 (Crédito) = 17;

2 (Meio Passivo) + 8 (Meio Ativo) + 6 (Finalidade Ativa) + 1 (Princípio Ativo) = 17;

3 (Crédito) + 4 (Finalidade Passiva + 9 (Princípio Passivo) + 1 (Princípio Ativo) = 17.

Como extensão de recursos é preciso discernir o seguinte:

No triângulo 1 o Meio Passivo (2) e o Crédito (3) são fixos. O Débito (7) e o Centro (5 ), são móveis, podem trocar de posições. Na posição em que se encontram, pela lógica (qualitativa) o Débito (7) é análogo ao Meio Passivo (2) e o Centro (5) se relaciona ao Crédito (3). Esta posição parece ideal (em quase todos os casos), pois o Débito permanece longe do Crédito e o Meio Passivo do Centro (Padrão). Só que exige do Crédito reciprocidade (indicado pelo Centro). Essa forma de escolher torna-se válida também nos dois casos restantes (que ainda não foram interpretados).
Triângulo 2

2 (Meio Passivo) + 9 (Princípio Passivo) + 1 (Princípio Ativo) + 8 (Meio Ativo) = 20;

2 (Meio Passivo) + 6 (Finalidade Ativa) + 7 (Débito) + 5 (Centro) = 20;

8 (Meio Ativo + 4 (Finalidade Passiva) + 3 (Crédito) + 5 (Centro) = 20.

O triângulo 2 facilita o esclarecimento com os seguintes termos:

Conforme se encontram acima O Princípio Passivo (9) está mais próximo do Meio Passivo (2) e o Princípio Ativo (1) do Meio Ativo (8). Por analogia, esta seria uma relação de rivalidade entre Princípio Ativo (1) e Princípio Passivo (9). Pois, com a troca de posições a analogia também muda; indica que um vai ter maior “atenção” pelo Meio (instrumento de ação) do outro, numa ocorrência simultânea. Com essas mudanças é possível descobrir certas leis que algumas vezes “se encaixam” para certos números, e para outros não, e assim por diante.

Como exemplo de interpretação o número 24 (Predileção) se torna o mais apropriado, pois representa - de modo geral – escolha (que é o tema deste texto como novo recurso).

24 - Predileção

Uma escolha (24) (em geral) depende de sua natureza (32), ou espécie; pois é determinada por elementos análogos (26). Saber escolher é uma Arte (31), cujo resultado pode ser excelente (29) ou não (o 29 significa também sorte; inspiração). Conforme o caso pode implicar em conseqüências temporais (o 30 como Débito). Mesmo porque, a Confiança (25) se torna apenas um fator inconsciente (Meio Passivo), quer dizer, exige a sensibilidade (27). Tudo isso gira em torno da Providência(28), que é o padrão, o fator de reciprocidade. A soma (entre grupos) indica a Higidez (84) como fato. Nesse dilema (24) o ato deve resultar em algo saudável (84). A saúde se compõe de escolhas (84 – 60 Compostura = 24).

Triângulo 1

A soma salienta a Esperança (109)

25 (Meio Passivo) + 30 (Débito) + 28 (Centro) + 26 (Crédito) = 109;

25 (Meio Passivo) + 31 (Meio Ativo) + 29 (Finalidade Ativa) + 24 (Princípio Ativo) = 109;

26 (Crédito) + 27 (Finalidade Passiva) + 32 (Princípio Passivo) + 24(Princípio Ativo) = 109.


25 (Meio Passivo) + 30 (Débito) + 28 (Centro) + 26 (Crédito) = 109

O primeiro termo: a Confiança (25) junto ao Tempo (30) coloca a Providência (28) em função de elementos análogos (26). Esta opção pode ser boa, dependendo da espécie de escolha. Mas a Confiança (25) em função da Providência (28), e o Tempo (30) como condutor de fatores correlacionados (26), também pode ser válido; conforme o caso.

25 (Meio Passivo) + 31 (Meio Ativo) + 29 (Finalidade Ativa) + 24 (Princípio Ativo) = 109

O segundo termo: a Confiança (25) prescrita pela Arte (31) implica na ideal (29) escolha (24), parece ser a forma correta; pois em caso contrário (24 + 144 = 168 – 31 = 137 Mensurável), o ato estaria dependente de probabilidades (loteria); e seria preciso confiar (25) na sorte (29).

26 (Crédito) + 27 (Finalidade Passiva) + 32 (Princípio Passivo) + 24(Princípio Ativo) = 109.

O terceiro termo: indica que a opção ideal pode estar na troca, ou seja, aplicando na escolha (24) a própria sensibilidade; permitindo assim que análogos (26) sejam atraídos naturalmente (32).

Triângulo 2

A soma salienta a Excelência ou regência (112)

25 (Meio Passivo) + 32 (Princípio Passivo) + 24 (Princípio Ativo) + 31 (Meio Ativo) = 112;

25 (Meio Passivo) + 29 (Finalidade Ativa) + 30 (Débito) + 28 (Centro) = 112;

31 (Meio Ativo + 27 (Finalidade Passiva) + 26 (Crédito) + 28 (Centro) = 112.

No primeiro termo é preferível manter a Confiança(25) como um fator natural (32).

No segundo termo: a sorte (29) com a Providência (28).

No terceiro termo: a Arte (31) com a Sensibilidade (27) e a atração entre análogos (26) por conta da Providência (28).

Para não se estender em demasia, a técnica em suma e esta.

Vale consultar:
Fundamentos Qualitativos do Triângulo
Significadores Numéricos



Legado utilizado como bordão:
“Todo conhecimento que não pode ser expresso por números é de qualidade pobre e insatisfatória” (Lord Kelvin).



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quinta-feira, 1 de julho de 2010

A Potência de cada Planeta

ESTUDOS ASTROLÓGICOS: Interpretação





A Potência de Cada Planeta


A situação negativa ou positiva de uma casa não depende só dos planetas (caso existam) nela situados, mas também da situação e estado dos regentes dessa mesma casa.
Uma casa com planetas (nela situados) é devedora ao signo ou casa que indica o domicílio desses mesmos planetas. Terá também que “ir buscar” nas casas (onde estão seus regentes) seu crédito, sua ação, porém, sob as influências ou situações relativas das mesmas.
Resumindo, vale dizer que, uma casa com planetas (nela) situados, possui um débito – de influências – nas casas de domicílio desses planetas, e um crédito onde estão situados seus regentes.
As casas são “moradas” de assuntos intrínsecos aos significadores autônomos das mesmas – por classificação da espécie.
Por esse motivo se torna imprescindível ao astrólogo decorar a tabela de Dignidades Planetárias:







Os signos das cúspides (casas) são “portas” dessas casas e os planetas, seus regentes são chaves dessas portas.
Onde está o regente da casa, é onde está a chave de sua porta. É onde se vai buscar condições para a manifestação de seus próprios assuntos.
Este princípio de interpretação simbólica é baseado no signo de Gêmeos e no planeta Mercúrio. Gêmeos é o princípio da lógica; é a porta do Zodíaco que se abre para entrada do entendimento. Mercúrio, seu regente, é a chave dessa porta. Por isso, a casa III e - algumas vezes – a situação do signo de Gêmeos – ou mesmo do planeta Mercúrio – tem condições de auxiliar nas dificuldades encontradas no tema. Isso acontece porque estão relacionados com essa analogia sobre a “porta”.
Fica assim evidenciado também a grande importância do domicílio de um planeta.

Domicílio

É a situação em que uma “força planetária”encontra sua fonte – ou potencial. Um planeta em seu domicílio se encontra em sua própria casa, a chave está na porta e os assuntos da casa podem ser expressos em qualquer direção. A comunicação com as outras casas faz com que se assemelhe – embora por analogia – com as funções de Gêmeos; pois pode auxiliar, pela sua força e lógica em todas as questões. Mercúrio (que é o símbolo original da chave), onde quer que esteja no mapa recebe fortes influências desse planeta domiciliado. Os assuntos relativos desse planeta domiciliado também serão marcantes na atuação intelectual da pessoa.

Exaltação

Um planeta nesta situação possui um grande poder energético, porque se dirige para o alto. Representa que está dignificado como um “rei”em um trono que conquistou, e não só influi na casa onde se encontra mas a domina – e a possui - , levando com isso um ótimo crédito para sua própria casa de domicílio.
A diferença entre o poder de Exaltação e o de Domicílio é que estando exaltado o planeta está honrosamente forte; e pode agir nesses domínios, bem como em seu domicílio com grande autoridade; ao passo que estando só em domicílio tem “os seus pés firmes no chão”, podendo caminhar ou servir de ancoragem – ou recursos para quase todas as outras casas -; e os planetas com os quais esteja em aspecto recebem sua ajuda, sua hospedagem e auxílio.

Queda

É uma força que se dirige para baixo, sofre uma certa debilidade nesse caso terá que se utilizar como defesa o “reflexo”a que está condicionado, pois está à mercê de espécies contraditórias a seus próprios assuntos ou meios de ação ( o signo em que se encontra não é análogo, nem homólogo ao seu modo de ser ou agir).
A casa com o planeta regente em queda tem sua chave sob o risco dos inimigos de seus assuntos inerentes ou naturais. É claro que possui um crédito com a dita casa mas é algo duvidoso, e aquelas influências contrárias podem agir e inclusive leva-la a cair num engodo em tais assuntos.

Exílio

É a situação em que a força planetária se encontra longe de seu lugar familiar, encontrando o desconhecido por estar longe de sua fronteira. A comunicação se torna difícil porque a linguagem intrínseca à sua espécie é diferente daquela onde está situado.
A casa que possui seu regente no exílio tem que buscar sua chave além de sua fronteira e necessita do auxílio de outras casas.
Manifesta independente do signo – que lhe é peculiar – uma necessidade de adaptação, recebendo com isso certas influências. Os planetas nela situados são altamente auxiliadores e influentes, embora possua um crédito longe de seu lar; só o relacionamento e a comunicação podem trazer as condições satisfatórias para a sua atuação.
Os planetas situados em casa com o regente de sua cúspide no exílio podem não cederem o crédito que suas próprias casas de domicílio teriam; porque estão habitando uma casa despojada (ou abandonada), estando numa condição de isolamento.
Entretanto, estas situações são altamente sutis; é preciso estudar todo o tema para encontrar o significado; pois no caso de um planeta estar numa casa onde o regente da mesma está exilado, mas ele próprio se encontra exaltado nesse signo, então tudo muda de figura. Isso é um fato lógico porque a exaltação é uma força muito poderosa – em astrologia.

(continua)