FILOSOFIA DOS NÚMEROS: Sincronicidade – XV
Publicação anterior: Sincronicidade XIV
Sincronicidade
A Sincronicidade, desde Paracelso (em se considerando sua seguinte reencarnação como Jung) teria sido um fato conhecido por experiência como inevitável reação, para a tentativa inequívoca em formular seu efeito observado no cotidiano comum na vida das pessoas, ao menos como fator psicológico, pela implantação teórica sobre o assunto, de importância categoricamente comprovada. Com a devida sutileza, a Sincronicidade definida por Jung confere um complemento extensivo sobre a teoria da relatividade de Einstein, ainda que inconclusa, quanto ao seu potencial regulamentar, conforme assim já citado por inúmeras vezes. Pelo confronto novamente entre os dois mapas isso se pode demonstrar:
Como se observa, o Tempo, que se caracteriza pelo número 30 identifica a Casa III de Jung e o Fundo do Céu (Casa IV) para o mapa de Paracelso.
Um estudo correlacionado ao assunto, que propriamente se estende com bases nas atividades do tempo, demonstra na lógica numérica que a relatividade pela teoria de Einstein se explica conforme o número 34 (Familiaridade). De modo simples, isso resulta da relação numérica: (tempo) 174 – 140 (reciprocidade) = 34 (relatividade). A Sincronicidade, conforme já demonstrada se explica melhor em razão do número 94 (Autenticidade ou simultaneidade). Em termos numéricos: (tempo) 174 – 94 (sincronicidade) = 80 (Resignação). O número 80 (Resignação) também se define por “opções”, anexos, contingências, compartilhamento (até mesmo como fator eventual), etc. A essência como fundamento da simultaneidade (94), já foi demonstrada por este estudo, pela situação espacial em que não se constata a equivalência de valores entre as partes, portanto, não constam necessariamente, quaisquer semelhanças de ambos os envolvidos. Como exemplo, isso se constata em função de sua lógica, numa referencial corrida esportiva, em que a pista para os atletas se distribui pela demarcação por raias. Para os observadores em uma disputa, muitas vezes, dois atletas podem ser vistos lado a lado durante o percurso do páreo, cuja visão aparente de empate por similar velocidade não corresponde de fato, em razão de que, apenas um deles, se situa na frente, de acordo com a respectiva raia, determinantemente já mais próxima da chegada. Nisso confere a diferença entre relatividade e sincronicidade, muito embora, para ambas as situações, a mesma importância de tempo se justifique. Parece que, no caso da sicronicidade (ou em razão de simultaneidade), o efeito de reciprocidade (140) ainda prevalece, mas por questões apenas de “ordem simbólica”, no qual o potencial devido ao determinante de uma causa específica, já demonstra ou se apresenta bastante enfraquecida, com tendência a se anular (81: Revogação). Por isso que para efeitos numéricos, condiz pelo Juízo (93) do Tempo a anulação: 174 – 93 = 81 (Revogação).
Novamente de acordo com o mapa de Jung, se constata pela Roda da Fortuna (15º ♏ 22’ ) o número 80. No mapa de Paracelso se nota por complementação do fato o numero 81, condizente com a Casa VI (17º ♊ 21’).
A Sincronicidade proveniente de Paracelso, justamente em seu estado conceitual apenas experimental, primário, condiz basicamente em função dos conhecimentos sobre alquimia, o estudo secreto mais importante de sua época, fundamentalmente. Nisso se inclui evidentemente o básico teor de conhecimento astrológico da época (sem se saber da existência de Urano, Netuno e Plutão), quando as condições de cálculos e as observações espaciais dos planetas, ainda eram demasiadamente precárias, deficientes. Mesmo nestas circunstâncias, os tratamentos médicos principalmente de Paracelso e alguns outros do ramo alquímico, se efetivava também com a inclusão de recursos pela medicina astrológica.
Jung, pela sua definição de sincronicidade, sempre teve para esse direcionamento um impulso pelo menos inconsciente ou não, como tentativa de encontrar nos mistérios da astrologia fatos condizentes aos fenômenos já consumados por observações já caracterizadas, sobre este assunto de sua busca inquietante nesse sentido, cuja influência consistia de incessante continuidade como pesquisa, desde sua reencarnação anterior. Pois, isso consta como interpretação extensiva em razão de uma vida para outra, astrologicamente, pela integração consistente entre esses dois mapas de ordens consecutivas. Não resta dúvida que, pela sua correspondente incerteza em aplicar a astrologia, mesmo significando a principal sistemática em termos de cronologia, Jung titubeou incluindo outros rumos para o direcionamento teórico, embora incertos, ou talvez insignificantes, mas concatenados ao assunto principal sobre a sincronicidade. Com isso, esse conceito permite certa abertura na qual se torna possível até mesmo extrapolar ao surpreender seu real fundamento, que propriamente se define deveras como um comprovado derivado da Relatividade de Einstein, sobre o tempo. Portanto, o fator tempo é básico na Sincronicidade, ao menos, por questão da reciprocidade, que determina a funções de relatividade. Isso é necessário comentar, destacar, pois, muitos teóricos divergem do essencial.
Então há de se constatar o seguinte fato. Vem ao caso o livro dos autores Trish MacGregor e Rob MacGregor, intitulado: “Os 7 Segredos da Sincronicidade”, que não se trata com isso duma pretensão de tentar interferir na modalidade diferente encontrada por eles sobre o assunto, nem mesmo como crítica. O lema do livro é: “um guia para descobrir sentido nos grandes e nos pequenos sinais”. De fato, eles encontram brecha conceitual disponível para instituir o assunto em razão de uma nova linhagem. Para se ter uma ideia do rumo inusitado assim tomado, segue alguns trechos da obra:
❝Uma noite, por exemplo, Rob estava a organizar uma história de sincronicidade que incluía estas linhas: «Boa atmosfera, bons amigos, boa conversa, bom vinho, bons livros e o espaço intermédio.» Parou um momento, enquanto lia a última frase – o espaço intermédio – e depois continuou. Na manhã seguinte, abriu a autobiografia de F. David Peat, Pathways of Chance, na qual o autor falava da sua amizade com o médico David Bohm. A primeira coisa que Rob leu foi: «Independentemente dos nossos encontros e conversas, tinha estado a pensar acerca daquilo a que eu chamava o espaço intermédio. Era uma ideia que podia ser aplicada a muitas áreas, em particular para descrever o que acontece quando se contempla arte ou se lê uma obra literária. É o espaço que existe entre o observador e o observado; é o espaço do ato criativo que dá vida a um poema ou a um quadro. É o espaço onde as sincronicidades nascem. ❞
Enfim, a Sincronicidade engloba muito mais acima do efeito de ordem simbólica, pois fundamentalmente advém da integração temporal por reciprocidade, não como um simples sinal para enlevo da arte criativa, mas pelo cumprimento de causas existências inamovíveis...
(continua)