terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Cupido e Psiqué

Cupido e Psiqué
MITOLOGIA E ASTROLOGIA – Mito de Libra: Cupido e Psiqué
Anterior: A Guerra de Troia

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.

Cupido e Psiqué

Este mito, também implicado em beleza, vale «portanto» pela caracterização do signo de Libra (conforme os 144 números), relativo ao número 7 Temperança, o qual prossegue em escala até o 19 Beleza, 31 Arte...


Havia em certo reino um especial deleite por suas três lindas princesas, sendo que a mais jovem, Psiqué, superava de forma extraordinária, não apenas suas irmãs; pois, cortejos de paises vizinhos se dirigiam ao seu palácio para adora-la, como se sob o altar de uma deusa «irradiando candura». Indignada, Afrodite (Vênus) via seus altares desertos, enquanto multidões dirigiam seus louvores para uma simples mortal. Quando sua irritação chegou ao limite, chamou seu filho Eros (Cupido), o qual instruiu para castigar aquela “insolente beleza”. Como ele podia fazer pessoas se apaixonarem, quando feridas por suas setas «pela primeira criatura que vissem»; ordenou para que a paixão daquela moça, fosse pelo mais horrendo entre os homens. Mas, na tentativa de cumprir sua missão, ele também acabou ferido por sua própria flecha, tendo que fugir – em seguida – com o despertar da jovem. Daí por diante, não havia mais vantagens – para a princesa – em razão de seus encantos, passando a ser contemplada apenas como um ente sobrenatural, sem interesses – de outrem – com finalidades matrimoniais.


Com as duas filhas - não assim tão belas – já casadas, Psiqué, se tornou alvo de grande – e inquietante – preocupação familiar. Em consulta ao oráculo, drástica foi sua determinação: “A Jovem, em veste fúnebre, deve ser levada ao alto do monte mais próximo, para contrair núpcias, com o mais horrendo monstro, por questão do sentido de polaridade existencial " (convém salientar, por ela ser a mais bela). Assim – entre lamentações de seus pais e adoradores –, ela foi conduzida em cortejo ao local, conforme estipulava o oráculo (adormecida). Cupido, sem saber por que: não conseguia mais esquecer “aquela formosura”, em cujas reflexões (emocionais), definia como sendo a beleza, que nem o regente (primordial) das “artes” seria capaz de reproduzir em imagem (conforme inspirava sua paixão); por isso, ordenou ao vento Zéfiro, que a transportasse ao seu recanto (da intimidade).


Ao despertar, sobre relva macia, nas proximidades de aprazível riacho, Psiqué, ao ouvir vozes – delicadas –, por curiosidade, obedecia as instruções recebidas, e nessa seqüência, foi se aproximando de um magnífico palácio, onde adentrou – cativada por seu encanto. Daí, passou a ser atendida por esses “seres invisíveis”, os quais a serviram de tudo que necessitava. Mais tarde, tomada pelo sono, ficou fascinada diante do leito, em cujo aposento as “vozes” a encaminharam – parecia a alcova de um “deus” –; imediatamente adormeceu, ou não; parecia vivenciar “toques carinhosos”, se sonhava, nem sabia...


No dia seguinte, tudo ocorreu como anteriormente, sendo cuidada – sempre de modo amável – por seus criados invisíveis; porem, quando se deitou, no escuro do quarto, sentiu a presença de alguém, que logo se identificou como sendo seu próprio esposo, mas tendo desaparecido «misteriosamente» ao amanhecer; e, foram transcorrendo os dias, conforme essa rotina. Mesmo estando habituada com a situação, confessou sentir solidão, pedindo ao esposo para que “se mostrasse”, mas, isso ele não consentia, então, lhe implorou a graça de rever suas irmãs. No outro dia «como que do nada» suas irmãs (ainda “enlutadas”) surgiram  «palácio adentro» (trazidas pelo vento Zéfiro), estampando em seus semblantes a perplexidez, pelos requintes daquela morada (toda em ouro); indo logo perscrutar, como aquilo era possível. Em sua ingenuidade – e pela alegria daquele encontro –, Psique, descreveu todos os acontecimentos, e na despedida, ainda cumulou as duas de jóias. Nessa noite, Cúpido alertou sua esposa sobre a falsa atitude dos invejosos, pois podiam incutir a desconfiança, pela destruição de relacionamentos.


Com permissão do marido (e novo auxílio do vento Zéfiro), ocorreu novo encontro entre as três no palácio. Porem, a intenção das duas invejosas (insatisfeitas em seus lares) era outra, pois, nem tinham comentado aos pais sobre o paradeiro da jovem irmã. Fingindo – diante das iguarias servidas – meiguice, foram instigando suspeitas em Psiqué, quanto ao perfil de seu esposo; que só poderia ser conforme o oráculo havia anunciado. Contaminadas pelo ciúme – daquele destino promissor –, e pelo arremate do sinistro plano, passaram suas instruções, quanto ao que deveria ser executado, ainda naquela noite; sorridentes,  receberam novas prendas valiosas. Resoluta mas em desvario, a moça esbarrou em algo cortante (havia se ferido com uma das flechas de Cupido), não se importando, pois, já tinha (conforme instruções) na mão direita o punhal (para matar o monstro) e na esquerda a candeia, com a qual vislumbrou... perplexa, uma beleza sobrenatural: seu esposo, era como um “anjo”. Nesse lance, deixou cair óleo quente sobre o deus, que acordando assustado, “abriu asas” (cismando ter sido atacado pela esposa). Na tentativa de evitar essa fuga aérea, Psiqué, “despencou” no solo, desacordada. Cupido, voltando, desabafou: – Ingrata! Eu desobedeci minha mãe e te tornei minha esposa, mas me julgastes um monstro, saibas que o amor não admite suspeitas. Assim, voou para não mais voltar.


Psiqué, sob o domínio da paixão tentou as opções que tinha: seguindo a mais rápida (e fatídica) se atirou num rio (próximo), mas as correntezas a repuseram em terra firme; resistindo as dores da aflição decidiu peregrinar em busca do marido, sem obter nenhuma notícia; se valendo da “súplica”, foi atendida por Hera e Demeter, que por temerem a ira de Afrodite, em nada lhe puderam auxiliar; finalmente, por questão da mais drástica alternativa, se submeteu aos caprichos da deusa – mãe de Cupido –, que por castigo, passou a exigir o cumprimento de provas impossíveis. Entretanto, nas três primeiras missões – impraticáveis – recebidas, a moça (de modo inacreditável) obteve êxito, por ter sido auxiliada pelos seres mais simples da natureza. Enfurecida a deusa lhe exigiu: –  Desça aos infernos, e dentro desta caixa, me traga o substrato da beleza imortal de Perséfone! Por auxílio “invisível”, inexplicável, novamente, recebeu preciosos alertas, quanto ao risco de descida ao Hades, como: “levar dois óbolos” (como pagamento de ida e volta, ao barqueiro Caronte); e outras considerações práticas para aquela travessia.


Pelas instruções recebidas, ela não deveria de forma alguma, abrir mais a caixa, após a devolução de Perséfone. Mas, não resistindo «aos apelos da própria caixa que dizia: “me abra”», Psiqué abriu, e em razão do perfume exalado, caiu inerte, sob o “sono dos mortos”; sendo providencialmente socorrida por Cupido, que a colocou diante de Zeus, em cuja Justiça resolvia a questão, não só a salvando, como também decretando o casamento daquele casal apaixonado. Assim, saboreando o néctar e a ambrosia dos deuses, a princesa se tornou imortal; após reconciliação, Afrodite também participou da festa nupcial.



(continua)




.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A Guerra de Troia

A Guerra de Troia

MITOLOGIA E ASTROLOGIA – Mito de Libra: A Guerra de Troia
Anterior: O Pomo da Discórdia

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.




A Guerra de Troia

Nessa guerra, decorreram anos de combate até o momento em que ocorreu a derrota marítima dos troianos. Em vista das desvantagens, Heitor e seus guerreiros  se retiraram, adentrando – providencialmente – o interior das resistentes muralhas.



Logo após os gregos se aglomeraram nas praias de Tróia, onde armaram suas tendas. Mais tarde a cidade foi assaltada sob os terríveis golpes das fundas, que arremessavam pedras enormes.


Postados em suas muralhas e torres, os troianos se defendiam dos aríetes e das tropas que «como por coreografia» atiravam muitas flechas de uma só vez, e isso ocorreu durante meses. Certa manhã porem, o guardião da torre principal anunciou que, no mar não havia mais embarcações, a praia estava deserta, livre de tendas, de cavalarias e infantarias. Catapultas caídas e armas espalhadas indiciavam a possível  retirada dos gregos. Na praia, se sobressaia apenas um estranho e gigantesco boneco – sob a forma de animal.


Os portões foram abertos e quase toda a população  – da cidade – saiu para ver de perto aquele enorme cavalo. Todavia, uma voz aguda ecoou com seu terrível alerta para a multidão; era Cassandra, que gritava: – “Tolos! Queimem isso imediatamente! Pois não passa de uma grande armadilha dos gregos!” A multidão, por um instante, chegou a ficar assustada, porem, após o silêncio, entre murmúrios e risos escarnecedores, um coro – que foi se tornando estridente – entoou com as seguintes palavras: Ela é louca! Ela é louca! Ela é louca! Resolutamente o cavalo foi levado fortaleza adentro, onde a multidão passou a dançar «freneticamente» ao seu redor. Assim, o vinho animou a festa até a extinção de ânimos dos eufóricos troianos. Porem, altas horas da noite, o tinir de armas quebrou o silêncio da cidade, e trancas de madeira rangeram com a abertura do portão «feita por guerreiros saídos do cavalo de pau». Os cidadãos, ainda embriagados, saiam das casas, revendo armas de modo apressado, e acabavam assim tombando sob os golpes mortais dos gregos. O cavalo que serviu de esconderijo aos gregos, se tornara assim o símbolo «histórico» daquele astuto assalto, planejado por Ulisses.


Aquiles lutou furiosamente contra Heitor, até que enfim o matou; inconseqüente, o amarrou em seu carro, para num arrasto em disparada, poder destacar sua façanha «pela cidade»; Andrômaca, Hécuba e outras mulheres, instaladas numa plataforma, gritavam horrorizadas diante do que viam. Entretanto, foi concedido uma trégua aos troianos, em razão dos funerais de Heitor.


Aquiles, cativado por Polixena, filha de Príamo, se valendo desse instante de paz em Tróia, se dirigiu ao rei afim de pedi-la em casamento. Aconteceu porem que, Paris «com isso» ficou encolerizado, ao recordar as ordens de Helena: – Você deve matar Aquiles em minha honra! O fato é que em Esparta «em seu concurso frente aos mais importantes príncipes», Aquiles, alem de não demonstrar qualquer interesse por ela, ainda teve o desplante de proferir em bom tom os termos: – “criatura vil e convencida! Isso para Helena instigou vingança. Daí, Paris atirou uma flecha que atingiu Aquiles, exatamente no calcanhar, única parte vulnerável de seu corpo, conseqüentemente, teve – de imediato – «seu pescoço» atravessado pela flecha atirada por Ulisses, naquele instante de distúrbio geral.



Assim a carnificina teve fim, com Menelau levando de volta Helena, que não se cansava «em suas espúrias reflexões» do júbilo, em vista do que fora feito – durante anos –, exatamente, por causa dela...

(continua)




.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O Pomo da Discórdia

O Pomo da Discórdia

MITOLOGIA E ASTROLOGIA - Mito de Libra: O Pomo da Discórdia
Anterior: Helena e Páris

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.



O Pomo da Discórdia

O terceiro fato que teve envolvimento «de ressonante importância» nesta fábula, aconteceu no casamento da nereida Tétis com Peleu, um dos argonautas. As núpcias se realizaram nos jardins do Olimpo – ato de grande magnificência -, onde todos os deuses foram convidados, com exceção de Éris, a discórdia. Mas, inesperadamente, no meio da festa, a discórdia surgiu sob os olhares dos convidados; que em frações de segundos se mantiveram atônitos «no silêncio de suas lucubrações»; colocando um pomo sobre a mesa dos noivos (maçã de ouro do jardim das Hespérides), apenas disse: - “Para a mais bela!”

Bastou esse lance para que o banquete se transformasse numa movimentada competição de beleza; com a participação de quase todas as deusas; e só se encerrou o magnífico desfile, quando por exclusão, restaram apenas três encantadoras deusas que se equiparavam em beleza, conforme a preferência geral: Hera (Juno), Palas Atena (Minerva) e Afrodite (Vênus); mas, diante de tão importantes – e temíveis – figuras, ninguém mais se atrevia a dar qualquer palpite, para a eleição da mais bela. Então, para resolver a questão, Zeus decretou que o julgamento final seria decidido pelo voto do “mais belo entre todos os mortais.” Assim, sob a responsabilidade de Hermes, as três deusas foram conduzidas ao monte Ida, onde se encontrava Paris, o mais belo entre todos os homens da terra. Hera (Juno), para decidir a contenda – em defesa própria –, se revelou, oferecendo ao moço grandes poderes materiais e ainda o domínio sobre a Ásia. Logo após, Atena lhe prometeu disponibilizar todo o saber eterno, para que ele se tornasse o mais sábio entre os homens; caso ela fosse a escolhida. Afrodite (Vênus), já se apresentou «simplesmente despudorada» arrancando suas vestes, e ao mostrar os encantos de seu corpo, lhe propôs a concessão do poder de fascínio «irresistível» sobre todas as mulheres, pela sua eleição. Desse modo, Afrodite venceu a competição.


Quando Paris soube que na corte de Esparta vivia a mais bela entre todas as mulheres, para lá se dirigiu, se apresentando ao rei Menelau, como sendo um príncipe troiano, em viagem diplomática pela Grécia. Sendo muito bem recebido, passou a conviver com o casal. Então, assim veio o dia em que Paris já se desembarcava em Tróia, no entanto, desta vez, acompanhado por Helena (um fruto de seu inestimável poder de conquista).



Em princípio, censuras e reprovações recaíram sobre Paris, no entanto era tarde demais: das ilhas vizinhas, vinham notícias de que a Grécia já estava fazendo preparativos para atacar o reino do raptor.


Dois anos depois, se iniciou a guerra. Durante dez anos se desencadearam sobre as águas de Tróia, batalhas após batalhas, num extermínio sem tréguas. O rico Agamêmnon, irmão de Menelau, era o líder da guerra por parte dos gregos; sendo muito eficaz no envio de novos reforços como: Aquiles, Ájax, Diomedes, Ulisses e Nestor. Tróia tinha como aliados: Enéias, Glauco e Sarpédon, ambos sob a liderança de Heitor, sua principal figura.



(continua)


.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Helena e Páris

Helena e Páris

MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mito de Libra: Helena e Páris
Anterior: A Sexta Casa

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.

Libra – o equilíbrio

As descrições mitológicas foram sempre elaboradas num sistema apropriado «com a prudência de sua preservação», onde um fato isolado «de efeito moral particular» podia ser homologado a outro «análogo», permitindo nessa continuidade (como que dando vazão), reflexões mais elevadas, em razão da somatória desses “provérbios”; funcionando como pela determinação de “peças” que se encaixam, exatamente, pela expansão do discernimento (como no jogo infantil de “montagem pela combinação de peças”, conforme a escolha de construção). O signo de Libra mantém como maior propriedade o sentido de “reunir”; portanto, este mito também envolve inúmeros fatos, mas, aqui serão descritos apenas os fundamentais (indispensáveis para a análise desse signo):




Helena

Helena era filha de Zeus e Leda, irmã de Clitenestra e também de Castor e Polux; como já foi descrito no mito relativo a Gêmeos. A maldição de Vênus sobre Tíndaro, se estendeu até Helena, dado a seu dote de fascínio; pois, desde os primeiros anos de vida, sua beleza já era motivo de muito comentário, o que na juventude passou a deslumbrar todos os homens; em vista disso foi raptada por Teseu, só sendo resgatada, conforme providencial intervenção de seus heróicos irmãos: Castor e Polux.


Perante honroso convite – irrecusável -, foi conduzida a Esparta, onde foi cortejada por muitos príncipes. Tíndaro, temendo contrariar algum nobre pretendente «por questão de inevitáveis recusas de Helena», aceitou o perspicaz conselho de Ulisses, em cuja intenção continha – evidentemente – sua enorme admiração pela moça (e interesse). Assim, sua proposta se tornou “decreto”, o qual foi divulgado com a implicação do seguinte juramento (o qual Tíndaro exigia de todos os interessados): “Independente, de quem for o eleito, todos os pretendentes devem assumir o compromisso de defender o “escolhido”, caso ele seja desrespeitado em seu matrimônio.” Todo juraram, mas Menelau foi o escolhido, tendo logo após assumido o trono de Tíndaro. Assim, a felicidade dessa união se passou em seus primeiros anos ...



Páris

Mudando o cenário «sem encerrar o fato»: Tróia, era uma cidade imponente pela sua fortaleza intransponível. Privilegiada pela sua boa posição geográfica, servia de comunicação ao comércio e aos meios de navegação. Príamo era filho de Laomedonte, que reinara durante muitos anos; onde - em seu período – conseguiu cercar a cidade de muralhas tão fortes, que Tróia era considerada uma arquitetura criada pelos deuses: Apolo e Netuno.



Príamo, como novo rei precisou reedificar – em parte – a cidade, porque ficara arrasada em função das investidas de Hércules. Hécuba, esposa de Príamo, teve os seguintes filhos: Heitor, Páris, Deífobo, Polites, Antifolo, Hiponôo, Troilo, Creúsa, Laódice, Políxena e Cassandra «que já foi mencionada no mito de Câncer». Originário de uma tribo de pastores, o povo desse reino era constituído por pacíficos camponeses e mercadores, voltados para a alegria simples da própria terra; um reino muito feliz. Na corte, a vida também transcorria em plena harmonia; apesar dos soberanos terem sido alertados pelo oráculo, acerca de futura catástrofe a ocorrer em Tróia, em conseqüência da má atuação de um dos príncipes. Heitor, esposo de Andrômaca mantinha um forte senso de responsabilidade, e tudo faria por sua pátria. Seus irmãos também tinham bons propósitos e assim a vida prosseguia, levando um após outro ao matrimônio; só Páris permanecia indeciso, mesmo tendo feito duas viagens em busca da mulher amada, sem nenhuma objetividade. Páris não conseguia mais se habituar com a vida em Tróia; e pelas princesas dos reinos vizinhos, não tinha o menor interesse. Muito vaidoso por seus dotes físicos, mantinha um forte senso de independência e não admitia nenhuma interferência em sua vida; por isso, era definitiva aquela resolução, faria sua última viagem pelo mundo e só voltaria a Tróia, caso encontrasse a mulher por quem se afeiçoasse. Na véspera dessa viagem houve uma reunião na corte, onde os conselhos de Príamo e Heitor eram dirigidos a Páris, quando Cassandra – a jovem vidente – se aproximando – com muito seriedade – dirigiu as seguintes palavras: Pobre Tróia! Seu terrível destino está cada vez mais próximo...

Com a partida de Paris a vida em Tróia seguiu seu curso habitual.



(continua)



.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Noções de Inconsciente

O Advento da Psicologia V:  Noções de Inconsciente

Noções de Inconsciente
Anterior: A Psicanálise





Noções de Inconsciente


Antes do prosseguimento – em resumo – desse histórico da psicologia  «sem nenhum desacordo pela sua implantação como recurso contemporâneo», muito embora, aparente descender em sua origem da mais simples noção de inconsciente, como base; pois esse termo  «conforme a lógica formal é de um perfazimento extensivo», não se restringe somente quanto ao fator mental humano; por isso, necessário se faz, certas «outras» observações. Conforme os 144 números a própria criação não pode prescindir de um inconsciente, o qual com sua hierarquia faz parte  «integrante» dos 12 Padrões; e de cuja função (inconsciente) se encontram os fatores de: polarização, separação, classificação, propulsão, mediação e integração em todos os níveis existenciais ( e graus de desenvolvimento); vale dizer, por se constituir nessa obra viva. Essa hierarquia (do inconsciente) é aqui chamada de Silêncio:

2 - Silêncio; 14 – Comunicação; 26 – Congeneridade; 38 – Generalidade; 50 – Raridade; 62 – Explícito; 74 – Profundez; 86 – Proeminência; 98 – Inócuo; 110 – Reversível; 122 – Iminente; 134 – Imunidade.

Silêncio 146 – 123 Liderança = 23 Humildade, que pode ser identificada também com o sentido de “mínimo”. Isso significa que o “mínimo fator existencial” pertence ao conjunto do inconsciente (Humildade 23 – 21 = 2 Inconsciente). Dessa conotação aritmética (com o 123 e o 21) e pelo fato de que: Inconsciente 146 – 102 Conciliação = 44 Prosperidade, se identifica uma lei fundamental (em todos os níveis e sentidos da criação), a qual pode ser chamada de Fundamento da Prosperidade (e se definida em palavras seria como o seguinte): "o mais fraco (pobre, inferior ou mínimo 23) é atraído (magneticamente) pelo mais forte (rico, superior ou de grande magnitude) inevitavelmente «de forma automática»", mesmo porque: Magnetismo 59 – 57 Outorga = 2 Inconsciente. Nesse sentido de “mais forte”, se inclui também “força de vontade” (e outras manifestações positivas), assim, fatores espirituais inconscientes - de todos os níveis existenciais (espécies) -, como “germes vitais” (fagulhas), são estimulados ao próprio desenvolvimento (como num despertar), conforme tal propriedade. Providencialmente, essa lei determina  «na extensão de sua lógica» sentidos coerentes (Inconsciente 146 – 38 Generalidade = 108 Discernimento  (fator comum do entendimento) facilmente observáveis, porém, que extraviariam o assunto principal (a psicologia); portanto, aqui serve apenas para evidenciar o grande poder do fator inconsciente na criação (que ainda deve ser melhor esclarecido em razão de outros temas). Entretanto, esta observação não traz nenhum sentido de crítica, muito pelo contrário, até enaltece «como heróica» a atuação desses “pesquisadores” frente ao sentido apático – de entorpecimento espiritual – da humanidade nessa época (vale dizer, até hoje); pois, nos níveis da alma, a psicologia (apesar das contingências) desenvolveu – tateando – uma ótima linguagem sobre a mente humana.

Prosseguindo nesse histórico: A psicanálise (designada “psicologia profunda” por Bleuler), para se tornar básica na psicologia não seguiu nenhum rumo fácil. Em razão da extensão lógica já citada (de inconsciente), e por questão de episódios inconvenientes contra sua sistematização, paira em “suspeita”, de que Freud foi obrigado a abdicar certas “revelações” «em suas convicções» mais contundentes (as quais preferiu manter em forma velada) sobre sua teoria (base), onde dentro dessa espécie de “lacuna” deveriam gerar “frutos” de outrem (e não apenas os seus). Quanto a isso basta atentar pelo seguinte (conforme as cartas que escreveu ao seu “amigo” Fliess): “sinto o impulso para escrever sobre os sonhos... como você me sugeriu... ninguém tem a mínima noção do que isso representa... pois são a realização de um desejo e não uma tolice”.  Isso soa como acusação quanto a boçalidade humana; ou também como reconhecimento de que “todos” até evitariam (pois encobriam inconscientemente) tal possibilidade «indesejável». Alguns dias depois, após refletir sobre o complexo de Édipo enviou lhe o seguinte: “Os sentimentos rebeldes contra os pais – desejo de que eles morram – também participam das neuroses”. Daí, entrou em “crise intelectual” e sob a forma de lamento escreveu: “cada linha que escrevo é como um grande tormento..”  Isso “transpareceu” (incrivelmente) como se ele houvesse entrado em contacto – discernido(por conta própria e de um “salto”) com a propriedade aritmética do número 127 Antimodelo (morte) em relação ao 17 Criatividade, indicada – aqui – no “Mito de Câncer – Interpretação”; pois, se tornou – para ele - algo conclusivo e de efeito geral para todos (em termos de personalidade «humana»). A divulgação da “psicologia dos sonhos” foi motivo de risos; já a “psicologia da sexualidade” passou a instigar insultos intermináveis. Certa vez, declarou a Jung: “só reconheci o valor de minha obra segundo o grau da resistência oposta a ela e pela indignação”.

Baseado em propriedades simples (concluídas na prática) Freud “implantou” o tipo ideal de inconsciente em função da psicanálise (o que pode ser demonstrado aqui conforme os números):

2 – Silêncio (inconsciente) / 14 – Comunicação / 26 – Congeneridade

O inconsciente (2) se estende até a comunicação (14) e prossegue até o fator “seguinte” – justamente em direção aos elementos análogos e homólogos (26); visto que esse intercâmbio se processa pelo veículo da imaginação: inconsciente 146 – 14 comunicação = 132 Imaginação (essa seqüência pode ser analisada conforme os elementos dessa hierarquia que vai até o número 134 Imunidade). A participação do inconsciente quanto ao equilíbrio mental é algo incontestável (Silêncio 146 – 53 Inexorável = 93 Juízo); visto que em seu potencial se encontra o “passado” «da personalidade» (Silêncio 146 – 68 Fertilidade “potencial” = 78 Inesquecível “passado”), ou melhor, que nesse potencial também está contido o passado; pois, nas profundezas desse conteúdo paira o determinante do equilíbrio/desequilíbrio (o denominado “complexo”: inconsciente 146 – 74 Profundez = 72 Expectativa); esse componente também se desenvolve como a própria personalidade, porque atua em conjunto ou simultaneamente em seu sentido existencial: Inconsciente 146 – 95 Progresso = 51 Realidade (fato que Freud constatou em razão dos mecanismos instintivos de defesa, como uma função paralela); onde poderia ser confirmada a existência da “alma” (inconsciente 146 – 88 Evidência = 58 Intimidade “alma”). Com essa propriedade Freud encontrou – ou determinou - o limite do seu padrão de inconsciente –  que encerrou como noções – ; concedendo uma “abertura” (dando vazão) nessa definição.

(continua)

Legado utilizado como bordão:

“Todo conhecimento que não pode ser expresso por números é de qualidade pobre e insatisfatória” (Lord Kelvin).


.








quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O Trígono

O Trígono

ESTUDOS ASTROLÓGICOS: Interpretação
Anterior: Definição de Aspectos
O Circuito Astrológico: O Trígono




O Trígono

O trígono vai manifestar uma energia capacitiva e estática (estabilizada), mas disponível dentro de um manancial quase inesgotável, a favor dos planetas em questão.

A explicação é a seguinte: como no trígono existe uma configuração geométrica entre elementos da mesma espécie (água com água, fogo com fogo, etc) matematicamente se assemelha a uma multiplicação.

Por exemplo, um planeta em Áries em trígono com outro em sagitário:

Áries fogo:      quente, seco
Sagitário fogo: quente, seco
2 (fogo) (quente, seco) x 2

Representa uma força multiplicada, ou uma potência intrínseca ao temperamento que condicionar. Temperamento é uma combinação de qualidades assim:

Quente – Seco: fogo - temperamento: Bilioso;

Quente – Úmido: ar - temperamento: Sanguíneo;

Frio – Seco: terra - temperamento: Nervoso;

Quente – Úmido: água - temperamento: Linfático.


Como já foi dito anteriormente, para os elementos de fogo, terra, água e ar não se deve indicar nenhuma palavra – chave, porque representam muita coisa e, o mesmo ocorre com os temperamentos. A síntese de um temperamento vai depender dos signos e outros fatores que deram origem, mas de modo geral pode ser visto da seguinte forma:

O Bilioso tem uma capacidade atuante;

O Linfático tem uma capacidade receptiva;

O Sanguíneo tem uma capacidade contagiante;

O Nervoso tem uma capacidade atenuante.

O trígono então vai ter uma característica de força integrada a outra, de modo que a energia flui reciprocamente, auxiliando, alimentando, apaziguando as dificuldades de um dos pontos. Representa também o sincronismo energético, por isso pode atenuar uma oposição ou quadradura que houver com um dos planetas em questão.

Exemplo:




Áries fogo: quente, seco
Libra ar:    quente, úmido
                 quente      Ø

Um planeta em Áries em trígono com outro em Sagitário, mas em oposição com outro em Libra.

A oposição neste caso iria anular do signo de fogo – de Áries – a qualidade seca, mas o trígono restitui esse valor qualitativo, mantendo o temperamento bilioso na questão. O importante aqui não consiste em interpretar o aspecto em conformidade com as qualidades dos planetas (não importa o significado de cada planeta), e sim – entender – a teoria sobre o trígono pela lógica dos temperamentos. Por analogia, cada tipo de aspecto funciona com se fosse uma espécie de circuito – eletrônico - entre os planetas, em razão do temperamento de cada signo; e o trígono representa o tipo de “conexão” em harmonia (mais bem sucedido).


(continua)

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A Sexta Casa

Mito de Virgem: A Sexta Casa

MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mito de Virgem: A Sexta Casa
Anterior: Mito de Virgem - Interpretação


Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.


A Sexta Casa

O Triângulo que personaliza a sexta casa:

A = Virgem; B = Capricórnio; C = Touro

Por intermédio da sexta casa é possível analisar e encontrar soluções relativas de saúde, capacidade e esforço – trabalho – da personalidade de um tema. Sua principal característica tem fundamento no signo de Virgem, onde “purificação” é a tônica de todas as analogias. Na criação todas as formas são vivas, e tudo que é vivo requer um refrescamento para manter o movimento contínuo; portanto, não são estáticas, implicadas assim em purificação. Virgem é crítico, minucioso e incansável, que tudo purifica – nos mínimos detalhes – para a manutenção perfeita das formas. A sexta casa então representa: a saúde – ou doença -, a capacidade física e psíquica, bem como os utensílios auxiliares e a análise categórica e objetiva; é nesse signo que se desfaz as impurezas para a entrada na segunda metade do Zodíaco – em Libra -, onde o equilíbrio deve ser perfeito. Virgem não dissolve nem transforma, mas coloca tudo em seu estado primordial, claro, limpo e objetivo.

B = Capricórnio – O livre atuar da sexta casa tem sentido de décima casa, ou seja, para se alcançar o objetivo, o ideal ou alta posição, “todo esforço é pouco” – nada se consegue sem o trabalho -, indicando também que a saúde depende do fator fidelidade para com os ideais, vocações ou capacidade natural para o trabalho. Ninguém deve trabalhar simplesmente pelo sustento – ou manutenção da vida -, nem só pelos ganhos; mas, fazendo aquilo que lhe agrade, que o impele para a satisfação, por ser útil.

C = Touro – A essência da saúde está na segunda casa, que tem sentido de “boca”, estando associada com a “seleção dos alimentos”; a alma do trabalho se justifica nesse signo, o senso de valor.

O triângulo objetivo da sexta casa: A = Libra; B = Aquário e C = Gêmeos.

A sexta casa tem seus desejos na sétima casa (Libra): O espírito humano realiza um grande esforço, no desejo de sustentar sua consciência, buscando a evolução; com isso descobre nos seus semelhantes, influências necessárias para a movimentação de suas potencialidades – vê nos outros a própria semelhança -; e sente que a união pode lhe proporcionar a complementação; daí surgem os grupos de elementos da mesma espécie; pois isso os impelem ao sentido da lei universal de atração entre análogos e homólogos; o mesmo ocorrendo com a saúde – ou doença – que tem sua iniciação – ou produção -, por associação (Libra); onde surge a condição da aura, de aceitar ou não, os chamados germes ou vírus, destruidores da saúde.

B = Aquário – O esforço tem como capacidade (saúde) a décima primeira casa: reforçando aqui que o fator capacidade física, está estritamente relacionado com a condição da aura (Aquário).

C = Gêmeos – A capacidade tem seu apogeu na terceira casa (Gêmeos): o trabalho tem seu ponto máximo, na comunicação, no cotidiano, no aprendizado e na habilitação; pode ser dito também que a doença tem sua culminância no contágio, nas ruas, no uso errado das potencialidades; o trabalho encontra sua magnitude na comunicação, onde a produção cresce ou decresce, dependente dos contatos de oferta e procura.

O triângulo de Relacionamento da sexta casa: A = Escorpião; B = Peixes e C = Câncer.

A = Escorpião – O meio de comunicação, a linguagem ou potencial de saúde (capacidade física) é a oitava casa: Isso significa que é possível conhecer a saúde – ou doença – de alguém pela transformação (aparência) por ela apresentada; até existem métodos para detectar os estados de saúde, como por exemplo: pela íris dos olhos, linhas da mão, brilho dos cabelos ou pele, cuja mudança desses traços podem indicar – de forma natural – as condições orgânicas.

B = Peixes – Os vínculos (e até mesmo os rivais declarados) da capacidade estão na décima segunda casa: a saúde associada a fatores inconscientes, ocultos (desconhecidos pela ciência médica) podem produzir a doença; indicando também que a saúde está presa a fatores cármicos, ou seja, associada aos elementos – atuantes – provenientes de outras encarnações (conforme o próprio sentido do mito das “Parcas e Horas” indica).

C = Câncer – A saúde tem como amigo a quarta casa: a saúde, a capacidade (e demais características da sexta casa) é beneficiada (amiga) por sua origem, oportunidade, família, infância, fator emocional, vale dizer, pelo ventre; na infância se adquire a complexidade psicológica, condições de aprimoramento, etc.

O triângulo do Destino da sexta casa: A = Sagitário; B = Áries e C = Leão.

A = Sagitário – A origem da saúde – ou doença – está na nona casa: o limiar da saúde está na missão, graduação da alma ou na condição superior – evolutiva – da pessoa do tema; isso implica também em que a origem da doença pode ser uma escolha da alma, como experiência na expectativa de obter o comando de seu ascendente; daí pode ser aventado também que as condições maléficas do organismo, nem sempre tiveram origem na matéria orgânica – exclusivamente -, mas em outro setor – mais tênue -, astral ou mental – nos níveis da complexidade do homem encarnado.

B = Áries – A transformação da sexta casa está no físico, quer dizer, o organismo é que se ressente em razão de seu estado; a doença tendo sua origem na alma (ou corpo astral) que é sutil, adquire gradativamente a densidade (por causa das altas vibrações do corpo etéreo) atingindo de forma inevitável o lado físico (corpo denso). Isso comprova o valor terapêutico da homeopatia (ou florais) que atua mais no plano etéreo do elemento; o corpo físico – foco das descargas positivas ou negativas -, deve refletir – ou tentar atenuar – condições energéticas desse campo (etéreo), por ser a parte mais densa – grosseira – no sistema humano.

C = Leão – A sexta casa tem seu carma, sua prisão ou seu sofrimento na quinta casa: isso significa que o livre arbítrio, a livre escolha de viver ou a atuação consciente pela satisfação – excessos – na vida terrena, tem grande implicação na doença – ou saúde -; indicando também que a capacidade física (saúde) também “se prende” ao fator centralizador – determinante de coerência da personalidade – (Leão).

Em síntese, Virgem representa o sentido existencial grosseiro – terreno –, mas implicado em muito mais: A Graça acima de todo o sentido material é determinada pelos – invisíveis – (assim denominados) “Servidores Naturais do Universo” – elementos estes –, acima da razão sobre todas as virtudes (como foi descrito neste mito).

O Signo de Virgem se encontra no Zodíaco sob o regime do Modelo Universal da Graça, que como hierarquia mantém os seguintes (termos relativos aos números):

12Graça; 24 – Predileção; 36 – Saciedade; 48 – Apetecível; 60 – Compostura; 72 – Expectativa; 84 – Higidez; 96 – Concórdia; 108 – Discernível; 120 – Disciplina; 132 – Imaginação e 144 – Revelação: base da aritmética qualitativa – ou lógica natural – dos 144 números.



(continua)





sábado, 20 de novembro de 2010

Mito de Virgem

Mito de Virgem: Interpretação

MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mito de Virgem: Interpretação
Anterior: Mito de Virgem - As Graças


Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.



Virgem como Princípio Ativo

O signo de Virgem em seu Princípio Ativo rege o “definido” – como marco -, desenvolvido entre e teoria e a prática. A lei básica desse signo se revela na sustentação de fatores consistentes – de confirmação assegurada -, antes de aceitar qualquer outra – nova – manifestação posterior; considerando primeiro os elementos fundamentais, justamente por causa de suas características virginais ou naturais – pelo menos teoricamente -, mesmo porque, qualquer definição extrapolada – desse sentido -, não pertence mais ao gênero do mesmo. E, isso é reforçado em razão de sua oposição a Peixes, que rege o sonho, o nebuloso, a fé e as coisas baseadas no universo fantástico da imaginação. Virgem é o princípio do limite, incluindo a limitação: o limite determinado pela ciência como fator básico; e a limitação em razão da técnica aplicada no trabalho; pois, tanto um como o outro explicam o “por que” da existência das coisas. Ceres, que presidia a terra cultivada concedeu ao signo o senso para o trabalho, como  impreterível solução diante das necessidades. Ela estava tão associada ao trabalho que com o desaparecimento de sua filha (Perséfone), não teve outra opção, constituindo, quem sabe, o primeiro ato de “greve”. O sentido “terra cultivada” – praticamente – define tudo (para Virgem) em termos de lógica, enfim, tudo é proveniente da mesma. Palas Atena preside a cultura do ar, que tem como produto a sabedoria; dela adveio o conhecimento das virtudes, como padrão da ciência. Héstia, soberana do fogo determina os limites com base na lei do movimento – que inclui a freqüência vibratória – como fator de consistência. Assim, a personalidade de Virgem pode optar pelos seus 3 tipos básicos, como característica ascendente desse signo (relacionados com as 3 deusas). O tipo Ceres é caracterizado pelo trabalhador árduo condicionado pelas necessidades – como a própria deusa que faria tudo pela filha -, tipo classificado como: o caráter do ventre, que se relaciona com a mente prática – ligação com a terra. O tipo Atena tem como base a mente científica – ligada ao conhecimento -; identificado como: o caráter do peito, que encontra no fator social a influência para suas atividades. O tipo Vesta implica numa mente determinada pela sensibilidade, onde os dotes naturais se desenvolvem como virtudes ou através do exercício, formando homens de grandes habilidades, ou seja, artistas, artesãos, artífices, virtuoses e outros; seria o caráter da cabeça – levemente associado ao coração – implicado em sutilezas.

O Princípio Passivo – Peixes – indica que Virgem tende a se iludir frente aos outros, por isso pode desenvolver em seu caráter a desconfiança. O Meio Ativo de Virgem é Libra: a lei do equilíbrio como meio – empregado por Virgem em seu atuar -, equivale a ciência, lógica, matemática e física - ou outras matérias exatas – em sua coerência; o trabalho como virtude também requer do fator social como motivação – em sua atividade. Pois, para Virgem, tudo se justifica em Libra; e quando isso não ocorre o que deve prevalecer é seu Meio Passivo. Áries – como Meio Passivo – vale como último recurso – pois sem o fator social de Libra -, o trabalho fica por conta da individualidade; isso indica também que o Ascendente de Virgem deve ter um grande potencial – interior – latente; mas, a forte tendência ao ceticismo pode bloquear esse recurso (Áries); talvez, isso até seja providencial para determinadas personalidades com esse ascendente (quem sabe?). O Crédito do Fim – tendo como signo o Escorpião deve explicar tudo isso: O meio de comunicação de Virgem está marcado por grande força inconsciente; o que dá – a esse ascendente – uma destacada capacidade de improvisação nesse setor; por outro lado, implica numa tendência natural de deixar transparecer seu lado interior – indiretamente tende a revelar seus segredos. No Débito do Fim – assinalado por Touro: o princípio do valor -, indica um certo sentido ambicioso – de poder alcançar a expansão de imediato – de modo intenso -, que pode refletir numa forma “ingênua” de se comunicar (Escorpião), válido também como percalço – armadilha - em certos momentos (inexperientes); portanto, a modéstia e a humildade deveriam prevalecer nesse setor. Sagitário é o Crédito – Virgem tende a nascer em família exagerada em algum sentido: pode ser numerosa e amante do conforto – de posse -, ou abastada, mas preocupada com a boa educação e estudos dos filhos – ambição em razão de seus descendentes -; por vezes, deve promover grande oportunidade em termos de reencarnação. Em outros casos representa uma família ambiciosa, pela qual a personalidade espiritual (descendente) foi atraída – conforme o que foi cultivado em outras vidas -, e agora deve receber a educação – formação – desses elementos afins; embora estivesse aspirando outras metas (vale dizer: deve seguir o interesse dos pais). Nessas condições – com Escorpião na terceira casa – pode ser possível realizar as “transformações” – aspirações – através de estudos (experiências). O Débito – com o signo de Gêmeos – indica que a dívida de Virgem – para sua encarnação atual – vai depender das realizações efetivadas na terceira casa (reforçando o que já foi descrito); pois esse ascendente (que gera Gêmeos) quase sempre acaba gerando um fator de duas faces – duas opções como solução – nos assuntos de grande importância. O Crédito do Meio – em Capricórnio – pode determinar um padrão – do foco central – de um teor frio, realista e consistente. A “voz interior” (quinta casa) pode ser um tanto quanto “abafada” – em transcendência -; o fator intuitivo pode se expressar “nebuloso”, por questão do ceticismo desse signo prático; no entanto, Sagitário na quarta casa, pode se tornar um ótimo fator – como gerador de bom humor – de alívio (por isso, é também um signo de “fé”); pois esse Crédito do Meio (em Capricórnio), poderia implicar em falta de entusiasmo e de esperança. O Débito do Meio – em Câncer – indica que o bom uso de Libra – como Meio Ativo – pode determinar “familiaridade” - intimidade - em termos de amizade; o que pode servir para transmutar seu carma familiar, realizando novas afinidades para futuras reencarnações. A Finalidade Ativa (em Leão) segue ao encontro – e pelo despertar – da “centelha espiritual -, quando se trata de níveis elevados; nos casos inferiores essa tendência visa mais o poder, a confiança, o domínio e a autoridade, ou seja, a ambição resoluta. Caso não consiga realizar sua Finalidade Ativa passa para a Finalidade Passiva – tendo Aquário como signo -, quer dizer, deixa esse encargo para uma próxima oportunidade. Pois, como conceito geral Virgem é tudo aquilo que pode ser posto em movimento ou ser aproveitado para o trabalho ou para alguma Finalidade – de forma – Passiva; porque sintetiza a sexta casa (Finalidade Passiva).
 Num mapa astrológico, tudo que está em Virgem, seja um planeta ou uma cúspide, representa um fator definido, crítico e minucioso, que se purifica, mas exige esforço e dedicação. O planeta Mercúrio – como regente de Virgem – tem mais sentido de Palas Atena, ou seja, está associado a um saber livre das “astúcias” do raciocínio; pois implica na responsabilidade do trabalho, como lógica das realizações.

(continua)



.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

As Graças

MITOLOGIA E ASTROLOGIA - Mito de Virgem: As Graças
Anterior: O Olimpo


Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.



As Graças

Os gregos tinham como “as Graças”: Aglaé, o brilho, Tália, o humor e Eufrosina, a eloqüência, pelos encantos e atrativos da vida. Na realidade, todos os seres portadores de virtudes naturais, devem ser classificados como “Graças da Criação”; o sentido universal do signo de Virgem, que pode ser interpretado como “a graça existencial”. Pois é essa Graça – do sentido de Virgem – que gera a Liberdade; sendo por isso originada pela Justiça (conforme tem sido apresentado aqui pela figura do Zodíaco). As Graças – de todas as entidades guardiãs das virtudes naturais da Criação, se classificam conforme os quatro elementos:

As Graças do Fogo

O grande Senhor do Fogo é Vulcano, um titã; e como servidores existem os gigantes e os ciclopes, que atuam no interior incandescente da terra, o raio também pode ser associado a esses elementos. As salamandras são as pequenas portadoras dessa virtude; atuando na transformação das irradiações (Héstia já foi descrita em sua atividade).

As Graças da Terra

São simplesmente incontáveis os povos elementares ao serviço da terra. De modo geral são classificados em gigantes, gnomos, elfos, faunos, silvanos, fadas e muitos outros mais, sem contar os guias superiores como: Diana e Ceres. Os gigantes são responsáveis pela estrutura das montanhas e por todas as grandes transformações terrestres; implicam também nos fenômenos de terremotos e maremotos. As atividades dos gnomos são bem variadas, sendo a principal associada ao trabalho de transformação no interior da terra. Os silvanos são guias dos elfos, que cuidam das plantas e habitam nas árvores. Pã, um fauno, aparece em vários mitos, sempre com sua flauta. Ligados ao elemento terra existem também as minúsculas fadas das flores; e muitos outros como: os centauros, que atuam como guias das manadas de cavalos.

As Graças do Ar

O titã Urano é o grande guia das radiações eletromagnéticas da atmosfera terrestre. Os silfos são os entes que atuam na composição do ar; entre eles se encontram os elementos dos ventos, que provocam as reações atmosféricas; dirigem as tempestades, furacões e outros fenômenos. Existem também outros entes como guias das aves – nas migrações de pássaros.

As Graças do mar e das águas

Netuno é o soberano do mar e das águas, e a soberana é Anfitrite. Entre os servidores existem as nereidas, como protetoras do fundo dos oceanos; as ondinas, seres femininos, e os tritões, seres masculinos, são guias dos animais aquáticos. Mas, a variedade existente entre as Graças da água é inumerável.

Entes em ligação com as atividades humanas

Naturalmente, todas as graças ou entes servidores da criação deveriam manter relações com a criatura humana; pois, quem se afastou desses elementos foi o homem – que se tornou cada vez mais arrogante em sua suposta independência –, com seu livre arbítrio exacerbado. Com isso, grande parte da Criação se tornou apenas um “mundo invisível”; circundado por uma obscura crosta de formas de pensamentos nefastos – criados pela vontade humana. Mas, certos entes estão indissoluvelmente associados com as atividades humanas, como segue:

As Musas

Filhas de Zeus e Minemósine ou Memória; eram as deusas que presidiam os talentos e distribuíam as vibrações para todo gênero de beleza. Como padrões de suas atribuições, cada uma das 9 musas «com seu séqüito inumerável de auxiliares menores»:

Clio, significando fama ou glória, era a musa da história, conhecida também como inventora da guitarra. Euterpe, com o atributo de agradar, presidia a música, sendo a inventora da flauta. Tália, indicando o florescer, regia a comédia e seu instrumento era o clarim. Melpómene, o cantar, era a musa da tragédia. Terpsícore, musa da dança, sendo seu instrumento a harpa. Erato, o amor, regia a poesia lírica. Polímnia, representando o mito e a canção; musa da retórica. Urânia, o céu, presidia a astronomia. Calíope, significado de belo rosto, musa da poesia heróica e da eloqüência. De modo geral as musas estão associadas ao fenômeno da inspiração, consonância do pensamento e ao dom da criatividade – artística e de talento.


As Parcas e as Horas

As Parcas, deusas da sorte humana, eram filhas de Zeus e Temis. Atuando com as Horas – na região do Olimpo -, dirigiam os destinos dos homens e o movimento das esferas celestes. Sempre se apresentavam segurando um fio – simbolizando o curso da vida que ninguém pode aplacar –, por seus desígnios imutáveis. As 3 Parcas principais – pois cada uma era seguida por seu séqüito inumerável de auxiliares -, pela regência dos destinos: Cloto, deusa portadora do fio – dos destinos humanos -, indicativo de “fiar”, se apresentando vestida com roupa de variadas cores; segurando uma roca – entre o céu e a terra. Laquesis, com o dom de colocar o fio no fuso; representando o ato de tirar a sorte. Átropos, responsável pelo corte do fio que mede a vida humana – de forma inexorável -; regendo também o nascimento dos homens. As Horas eram as porteiras do céu, encarregadas pelo fechamento das portas do Tempo – tornando irrevogável o curso da vida.

Refletindo: o homem é senhor absoluto de seu destino; pois, o fio de seu curso é colocado – na roca – exatamente em conformidade com a vontade humana; o restante do processo segue por conta – dos efeitos – dessa vontade (como causa). As Parcas são as fiandeiras do plano dos modelos; onde todos os pensamentos, palavras e ações – como embriões no plano mental ou astral -, serão tecidos de acordo com a eficiência da vontade humana. Aliás, cada animal, cada planta e cada “coisa”, tem que ter seu correspondente modelo no plano mental e astral; e cada forma pensamento – como habitante desse plano – se encontra incondicionalmente aderida ao elemento humano que a gerou. Dessa forma, se cumpre os destinos humanos através desses fios – com a propriedade de atrair elementos análogos -, que implicam na condensação do pensamento original, até ocorrer o instante do arremate final. Pois essa engrenagem é viva – como num único jato de luz e som que perpassa toda a Criação -, pelo atuar da mais plena Justiça; e isso perfaz seu sentido nesse atuar dos Entes do Destino – arraigados nas atividades humanas.


(continua)



.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O Olimpo

Mito de Virgem: O Olimpo

MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mito de Virgem: O Olimpo
Anterior: Mito de Virgem - Deusas


Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.

Ceres

Ceres, filha de Saturno era a deusa da agricultura, do cereal (de Ceres). Ensinou ao homem o cultivo da terra, tanto no semear quanto no colher. Teve com Zeus, Perséfone (ou Proserpina); quando Plutão raptou sua filha, partiu numa busca inconsolável – de país em país; sem que ninguém soubesse lhe dar notícias dela. Chegando a Elêusis, disfarçada de velha, obteve hospitalidade no palácio, onde se tornou ama do príncipe. Para compensar os favores recebidos, ensinava ao pequeno a arte da agricultura, o qual – nesse desenvolvimento – se incumbiu de levar aos homens o cultivo do trigo. Prosseguindo em sua peregrinação – pelo mundo -, obteve da ninfa Aretusa a informação de que Perséfone se tornara esposa de Plutão, rei dos infernos. Desconsolada, decretou – como Senhora da Agricultura – que a terra ficaria estéril, enquanto ela não tivesse sua filha de volta. Como isso não poderia continuar assim – uma desgraça para todos -, houve um acordo: Perséfone viveria 6 meses nos infernos – junto de Plutão – e os outros 6 meses – na terra – junto de sua mãe. Ceres, apesar de ter concebido uma filha era considerada virgem; justamente por causa de sua atividade junto da terra cultivada. A terra como conglomerado de várias espécies e qualidades, tem perfeita analogia com o caos (como já foi descrito no início deste trabalho), que era uma espécie de miscelânea - indefinida – que permitiu a formação da matéria. Como nada se perde nesta criação – tudo se desenvolve -, deve manter por analogia seu determinante de origem; pois, o caos – propriamente dito – deixou de existir, mas a terra passou a reger suas qualidades. A semente, envolta pela terra, pode germinar através daquilo que dela se pode extrair. Do conglomerado da terra, as coisas são concebidas pela força vital, a qual seleciona e absorve suas riquezas. Portanto, o cereal que brota – através das atividades da deusa Ceres – é sempre virgem. Por isso, o pão – com um dos principais produtos de Ceres -, foi sempre considerado um alimento sagrado.

O Signo de Virgem

O signo de Virgem está associado a Astréia, a deusa da justiça, filha de Temis e Júpiter. Vinda do Céu na idade do ouro, abandonou a terra horrorizada com os crimes humanos. Virgo como sexto signo, tem a qualidade de permear o fator pessoal com a impessoalidade, que se manifesta em Libra. Se o signo de Leão rege a vontade, a coerência, a força seletora da individualidade e o impulso para todas as realizações pessoais; Virgem rege a virtude de todos os elementos que implicam na naturalidade, através de entidades vivas que atuam por detrás dos bastidores da vida – pelo funcionamento de suas engrenagens. Estes são os servidores naturais que atuam de acordo com suas virtudes, por uma simples questão de fidelidade devotada ao sentido existencial. O homem, dotado de livre arbítrio, se apresenta como um simples “hóspede” – na criação – diante dessas entidades. Portanto, é imenso o que pode ser identificado como gênero do signo de Virgem; e, para classificar tudo com o que está associado, seria preciso incluir toda a atividade elemental, desde o Olimpo até o ponto mais denso da matéria. Por intermédio da ciência mítica dos gregos, vai ser descrito aqui, apenas aquilo que for possível.



O Olimpo

O Olimpo se situa na dimensão mais elevada e sutil da materialidade, vale dizer, permeia como se fosse uma “estação” – intercalada -; permitindo o intercâmbio irradiante do nível espiritual com o sentido material, que vai se condensando cada vez mais, para baixo. Zeus e Hera, são os soberanos do Olimpo, como ponto de partida das radiações já condensadas – que promovem o desenvolvimento da criação material. Deles se originaram todos os guias, guardiões e servidores inumeráveis da natureza e de todos os astros. Pode ser dito que o Olimpo é como um imenso castelo, onde vivem e atuam os principais servidores e protetores das sete partes do universo. É preciso considerar que, à partir de Zeus existe uma infinidade de servidores de diferentes categorias, espécies, tamanhos e finalidades. O certo seria separar os servidores básicos, ou seja, aqueles que regem específicas radiações de forma global, em razão dos servidores auxiliares, ou daqueles que apenas executam, contribuem e distribuem os elementos – numa diversidade cada vez mais detalhada -, em termos de condensação material. Em síntese, todos podem ser classificados de acordo com as qualidades do fogo, da terra, do ar e da água. Por exemplo, o elemento do Ar tem como pequenos elementais, os silfos, a Água, as ninfas, a Terra, os gnomos e o Fogo, as salamandras. Mas, são simplesmente incontáveis as espécies e funções desses elementos, que realmente não seria possível uma descrição detalhada. O fato é que o Olimpo é o ponto de partida das forças elementares.



O Jardim das Hespérides

As Hespérides são fadas maiores acompanhadas de suas auxiliares menores, pela proteção e cultivo dos imensos jardins que circundam o Olimpo. Nesses jardins se desenvolvem as inumeráveis espécies elementares da vida; incluindo os seres ainda embriões, que são protegidos pelos cálices das flores. Quem compreendeu a analogia do elemento Terra como ventre das “origens”, pode ter uma visão mais correta desse processo; pois, até a espécie humana, antes tem que se desenvolver nesse jardim. O espírito humano – originário do plano espiritual -, também recebe – em seu desenvolvimento – a proteção do cálice de uma flor – que se fecha -, para que ocorra o amadurecimento necessário daquele corpo embrionário. As pétalas aderidas ao fator espiritual passam a valer de invólucro do novo ser humano, que à partir daí - dotado de um corpo elemental -, será encaminhado para as regiões mais densas; onde será envolvido por outros processos de condensação. A geração dos entes servidores elementais, também ocorre mais ou menos dentro desse processo. Aliás, a geração ou nascimento no plano do Olimpo, não se efetiva de acordo com o processo de procriação – conhecido na matéria densa -, ou seja, não, da forma em que os mitos gregos levam a entender, quanto aos relacionamentos amorosos de Zeus com outras deusas. Tal processo se efetiva com a ligação (magnética) de uma irradiação positiva liberada à partir de Zeus, por exemplo, que atrai e se une com a irradiação negativa de uma deusa, no consentâneo receptáculo de uma flor do jardim das Hespérides. Tal flor deve ter similitude com as qualidades irradiantes do casal e com a equivalência das forças siderais (do Tempo), que influem naquele instante da concepção; e isso está sempre na dependência do trabalho zeloso das Hespérides. Além da beleza indescritível desse jardim, pode se dizer que lá se realiza o fenômeno de todas as combinações e concepções naturais, sintetizadas pelo reino vegetal, como precípuo invólucro da vida na matéria.

(continua)



.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Deusas

MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mito de Virgem: Deusas
Anterior: Mito de Leão - Quinta Casa


Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.



Deusas


Entre as 6 maiores deusas do Olimpo 3 entre elas eram virgens: Artemis (Diana), Héstia (Vesta) e Palas Atena (Minerva). A atividade de cada uma justificava o – motivo – sentido disso. Artemis - que já foi descrita no signo de Câncer -, por exemplo, mantinha esse desígnio porque regia o reino animal, a naturalidade das emoções e as qualidades do universo feminino, o qual deveria permanecer imaculado 

Héstia

A virgem Héstia, filha mais velha de Saturno e Rea era a deusa do fogo; a personalização do fogo caseiro no centro do altar doméstico, assim como do consagrado no altar da cidade e inclusive o central da própria terra. Apesar dos interesses de Apolo e Poseidon, Zeus lhe outorgou o dom da perpétua virgindade. Em todas as casas e em todos os templos – de todos os deuses -, antes de mais nada, era realizado um culto especial em sua honra, pois era respeitada por todos e seu culto era muito antigo. Na Grécia, era muito venerada em Tróia; em todas as lareiras – ela – era o ponto central; assim como também era o centro purificador no Olimpo, onde havia um “foco” fixo para sua consagração. Em Roma, sob o nome de Vesta, seu culto consistia simplesmente em alimentar o fogo sagrado - e impedir que ele se apagasse -, pois sendo sagrado, devia arder de forma ininterrupta no templo das “vestais”, o que representava uma grande calamidade sua extinção. Acaso se apagasse, só podia ser reacendido pelos raios do sol através de um espelho. Mesmo que não se extinguisse, era renovado todos os anos, no primeiro dia do mês de Março. As vestais – como guardiãs do fogo sagrado -, eram eleitas apenas até aos 10 anos; e faziam votos de castidade até aos 30 anos – período em que durava esse sacerdócio -, tendo depois a permissão de contrair matrimônio. Caso deixassem o fogo se apagar ou traíssem o voto de castidade eram severamente punidas – e algumas vezes, até enterradas vivas. Porém, eram agraciadas por um grande privilégio público e por uma série da “vantagens” – que se estendiam até aos poderes do estado. Com a decadência do culto de Vesta, as vestais podiam dar seus passeios em deslumbrantes liteiras, guiadas por numeroso séqüito de escravos. Nem seria preciso justificar a virgindade de Héstia; mas, o fogo como elemento purificador, energético e vivificador, por si só implicaria nessa qualidade, em sua – ininterrupta – forma de renovação. Portanto, é a caracterização da própria lei do movimento – em toda a criação -, em cuja atuação constante tudo se renova; assim, tudo que surgir à partir do fogo terá sempre um sentido virginal. Nisso se constata a grande importância – dessa manifestação natural – do fogo, que com a propriedade do calor determina a purificação.

Palas Atena (Minerva)

Atena, filha de Zeus era a deusa da sabedoria, da guerra e das ciências. Quando Zeus se relacionou com Métis, o oráculo profetizou que a criança gerada por esse casal haveria de superar o próprio pai. Inconformado, o deus do Olimpo – para se livrar desse presságio -, engoliu Métis, a Prudência. Logo após, foi acometido por terríveis dores de cabeça, que nada conseguia apaziguar. Desesperado – pois nem um deus poderia suportar uma dor interminável dessa –, ordenou ao deus ferreiro, Vulcano, para que desse um golpe de machado em sua cabeça. Vulcano – num só lance – conseguiu romper o crânio do deus, de onde saltou Atena; completamente armada, jovem e bela. Essa deusa – saída da cabeça do pai -, permaneceu virgem para estar sempre presente, onde houvesse necessidade de uma sabedoria prática; se tornando a protetora dos grandes heróis gregos, como: Hércules, Ulisses, Aquiles e outros; pois, se destacava pela grande inteligência, bom senso, capacidade profética e eficiência como conselheira. Foi ela que arquitetou o navio dos argonautas e quem teceu a maioria das vestes – de deusas - , incluindo a própria roupa – e manto – de Juno. Presidia as artes marciais – construções das barcas -, artesanais – os artesões de metais -, fiação e tecelagem – e os trabalhos femininos. Muitas vezes, aparecia junto de Hermes (Mercúrio) pela proteção de um mesmo herói; se Hermes concebia as resoluções através de uma sabedoria “clandestina”, Atena era serena e clara em suas asserções lógicas. A cidade de Atenas recebeu seu nome e proteção, por causa de uma competição que realizou com Poseidon (Netuno): ficava decidido que quem – entre os dois – realizasse a obra mais útil para a cidade; teria a honra de lhe dar o nome. Poseidon, então bateu seu tridente e fez sair da terra um cavalo; Minerva fez surgir uma oliveira e ainda domou o cavalo – para que fosse útil -, obtendo assim a vitória. A virgindade de Atena se justifica – justamente – em razão da própria sabedoria: que é um fator eterno (inesperado) o qual surge em razão de uma conseqüente naturalidade; portanto, sempre virgem em sua constante renovação, por ser viva.



(continua)

.