segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O Significado das Casas III

O Significado das Casas III
ESTUDOS ASTROLÓGICOS: O Significado das Casas III



O Significado das Casas

Pela continuidade deste tema:

Terceira Casa – Crédito do Fim

A terceira casa também atua como base particular – ou crédito especial – pela avaliação da décima segunda casa ou finalidade ativa.
Essa base pode ser interpretada como um fator de ordem mental – ou racional num sentido objetivo –, o qual deve servir para embasar a décima segunda casa, para poder organiza-la ou conferir a esse setor uma integração especial. Conflitos mentais geralmente estão associados a essas duas casas, nas quais os fatores conscientes se integram aos de ordens inconscientes.
De modo prático representa:
Os irmãos, sobrinhos, tios, primos, vizinhos, colegas, as relações de parentesco, as relações íntimas, próximas, o meio ambiente próximo, as pequenas viagens, a linguagem, os meios de comunicação, os transportes, a locomoção, as estradas, as entradas, os jornais, as publicações, correspondências, telefones, recados, o intelecto prático, o aprendizado, o movimento, os gestos e a comunicação em geral; é a casa do  signo de Gêmeos regido por Mercúrio.

Quinta Casa – Crédito do Meio Ativo

O crédito do meio é que determina os padrões gerais da personalidade – em termos de medidas –; por isso significa a base da segunda casa. É na segunda casa que se manifesta o sentido de auto-suficiência, a convicção e os valores morais da personalidade, os quais foram padronizados pela quinta casa.
De modo prático indica:
A vida sentimental, a atuação anímica, os filhos, as criações artísticas, as obras realizadas, o eu sentimental, o eu instintivo, a criatividade, a vontade, a independência, a individualização, o egocentrismo, a alegria de viver, as recreações, os amantes e a casa do signo de Leão, regido pelo Sol (o sentido centralizador).

Resumindo os tipos de créditos:
O crédito da quarta casa determina a base dos temperamentos, reflete o sentido psicológico e as condições anímicas.
O crédito da terceira casa – crédito do fim – determina a base dos fatores mentais, intelectuais e lógicos.
O crédito da quinta casa – crédito do meio – determina a base dos fatores espirituais, a vontade legítima do ser, suas condições morais, seus padrões e convicções.

Décima Casa – Débito

O Débito representa os resultados das atuações de um determinado princípio ativo – o Ascendente. A décima casa tem sentido de débito porque representa um fator de responsabilidade, as disponibilidades sociais e as elevações da personalidade.
Assim como o crédito, o débito também se manifesta através de três casas: décima casa – débito –, nona casa – débito do fim – e décima primeira casa – débito do meio.

Nona casa – débito do fim

O débito do fim – que tem como base a décima segunda casaou finalidade ativa –, representa as elevações da personalidade num sentido filosófico, de crença, de expansão e de grandeza espiritual. A condição dessa casa depende das resoluções, soluções e da libertação em razão da décima segunda casa.

Décima primeira casa – débito do meio

Essa casa indica as elevações sociais da personalidade em termos de capacidade expressiva, liberação pessoal, senso criativo e fraternidade. Evidentemente, esse setor depende das condições da segunda casa.

Sétima Casa – princípio passivo

De acordo com a própria lei do movimento, tudo deve se apresentar de modo dual, ou seja, polarizado. Disso se deduz que, das ações do princípio ativo devem surgir reações determinadas pelo princípio passivo. Então, esse setor representa as reações tanto de outrem quanto as do próprio Ascendente. Dessa forma, a sétima casa deve servir de complemento ao Ascendente. Em suma, o princípio ativo e o passivo indicam elementos análogos e homólogos.

Oitava casa – Meio Passivo

Representa os fatores inconscientes e compulsivos da personalidade. O meio passivo equivale ao complemento do meio ativo – segunda casa.

Sexta casa – finalidade passiva

É a casa que determina a higidez da personalidade. Nela se encontra o potencial de equilíbrio tanto físico quanto mental. Equivale também ao complemento da finalidade ativa.

Portanto, esse seria o significado dado por integração em razão das doze casas astrológicas, conforme este estudo.


Este tema sobre as casas define o mecanismo do sistema, ou seja, a integração existente entre uma com as outras; portanto não segue exatamente a seqüência das mesmas.
Para saber sobre as Casas Astrológicas de forma individual consulte: Mitologia e Astrologia.
O significado de cada casa (seqüencialmente) se encontra também em: Casas Terrestres.





segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O Tempo Relativo IV

O Tempo Relativo IV
NUMEROLOGIA E FÍSICA TEÓRICA: O Tempo Relativo IV



Este setor implica numa definição – por escolha –, entre vários temas da Física Teórica, com demonstrações, em função da Lógica Relativa ou Natural (determinante de 22 axiomas), desenvolvida conforme a Linguagem da Cruz (dos 144 Números).
As explicações científicas aqui devem se processar sob um grande dilema: sua difusão; pois interessados em física não admitem uma interferência da numerologia (nem por curiosidade) em seus assuntos; e elementos mais ‘espiritualizados’, geralmente, “desdenham” o sentido científico (uma área do conhecimento racional); resultando assim num trabalho sobre textos descritos quase que “ao vento”. Portanto, tentar auxiliar os meios científicos  exige “idealismo” e grande esforço (como numa missão impossível) diante de “poucos frutos”; mas que vale a pena (por sua revelação).







O Tempo Relativo

Conforme conceitos de ordens gerais (da relatividade), os telescópios então seriam instrumentos os quais não só revelam as 3 dimensões espaciais assim como também o sentido de uma quarta relativa ao tempo; por causa da relação matemática implicada nessa unificação; dada em função da constante velocidade da luz; assim considerada pela contextura exata do universo (será?). Assim, quanto mais distante a percepção (humana) pode se aprofundar no espaço, tanto maior deve se processar seu recuo no tempo (Tempo 174 – 74 Profundez = 100 Opinião). A imagem celeste recebida pelo telescópio, seria aquela mostrada (percebida) daquela galáxia conforme ainda se constituía  em razão de 2 milhões de anos passados – como por exemplo –, para nesse lapso de tempo – implicado na velocidade da luz –, pudesse se efetivar como visão em tal instrumento (especial de observação espacial). Sob as mesmas considerações desse fato, outras estrelas teriam sido formadas, apresentando suas fases de emissões luminosas, cujo tipo de fenômeno ainda não seria visível na terra; fato intransponível o qual precisa ser aceito como real por questão de espaço e tempo (sendo que: Tempo 174 – 123 Liderança = 51 Realidade), ou seja, para a realidade – da coerência humana científica – tais eventos ainda não existem (embora estejam acontecendo). Dessa forma, um determinado instante poderia representar – ao mesmo tempo – presente, passado e futuro, na dependência apenas da posição relativa de cada observador do evento. E, pelo esclarecimento (de modo prático) dessa asserção, seriam necessários 4 corpos siderais (dados no espaços) sob a seguinte suposição:



A = um planeta habitado (por suposição) distante 2 ‘anos luz’ de B;
B = uma estrela que se distancia 10 ‘anos luz’ de C (a terra);
C = a terra, que dista 5 ‘anos luz’de D;
D = um outro planeta supostamente habitado.

Evidentemente esse tipo de simulação seria incabível em termos de realidade – principalmente em razão das distâncias –, servindo apenas – para facilitar o entendimento – como exemplo (noção dada por Euclides Bordignon).

Supondo que neste instante um observador terrestre – posicionado em C – ao examinar com seu telescópio a dita estrela (definida por B), em cuja imagem constate o momento de sua explosão, para esse pesquisador esse fenômeno seria classificado (aqui) como um acontecimento no presente. Para um habitante do planeta dado por A, esse evento – da estrela em B – já seria um fato constatado 8 anos atrás (10 – 2 = 8). Portanto, se esse suposto astrônomo – em C – soubesse que 5 ‘anos luz’ seria a distância da terra em relação ao planeta em D, poderia assegurar (num cálculo simples) que tais habitantes do mesmo só teriam conhecimento desse fenômeno após o transcorrer de 5 anos, ou seja, no futuro. Pois, pela ‘lógica espacial’ um tipo de futuro também já se expressa por questão de um ‘instante do tempo’, pelo menos para os habitantes do planeta em D.
Talvez seja por essa razão que na prática o número 54 (Infinito) também pode representar tanto o “espaço” quanto o “futuro”. Esse exemplo hipotético se apresenta de modo lógico e fácil de se entender, sem ser preciso conhecer a teoria da relatividade num nível avançado (sem necessidade de empreender cálculos complexos). E, além disso, esse modelo simples ainda serve para elucidar aquilo que parecia ocasionar certa confusão em termos numéricos (conforme os 144 números). 
Pois, em razão desse “modelo espacial simples” se esclarece – matematicamente – o motivo (sem mistérios) da seguinte harmonização numérica:

66 (presente)
78 (passado)     +
54 (futuro)
___________________
198 (resulta em espaço)

Quer dizer, pela propriedade “infinita de espaço”, a qual só assim se constitui por causa desse fator de “vanguarda” (o porvir), ou seja, por essa manifestação temporal: presente, passado e futuro que se dimensionam em termos espaciais. 
No entanto, isso até contradiz um conceito de ordem básica – sólida, usual e “corriqueira”, que nem exige mais “reflexões” –, o qual define espaço pelas dimensões de: comprimento, altura e largura.
Assim se encontram os fatores polêmicos que o mais simples embasamento dado pela relatividade suscita; neste caso, sem nem ao menos ter anulado o conceito (condicionador) antigo (implicando apenas num tipo de ampliação desse sentido).
Conforme a lógica numérica e também de acordo com esse “modelo espacial” apresentado, o ‘tempo presente’ em relação ao espaço, seria apenas uma condição de sentido imaginário: espaço 198 – 66 presente = 132 “tempo imaginário”.
Como tipos de vestígios dados sobre o assunto: o transcorrer de ordem temporal em razão do fator eternidade também procede sob a forma (ou condição) de sentido imaginário: Eternidade (18) 162 – 30 Tempo = Imaginário, ou seja, no já concebido – pela física – ‘tempo imaginário’ (132). Sendo que, esse dito ‘tempo imaginário’ apenas procede em função de razões eternas: 132 – 114 Dedicação = 18; até porque: 114 + 30 = 144, ou seja, 30 e 114 são fatores complementares (numericamente).
Fato também que se amplia com o seguinte: o ‘tempo real’ começa (se inicia) no ‘tempo imaginário’, ou seja, naquele mesmo “ponto temporal” em que a eternidade se expressa (como período). Em outros termos Eternidade (18) e Tempo (30) se cruzam (perpendicularmente), em cujo ponto de encontro se definem em razão de suas próprias categorias ou tipos de manifestações.
Considerando que: no ‘tempo imaginário’ o presente seria o próprio ‘presente real’ (66 + 66 = 132); enquanto que o passado representa o futuro ou o futuro o passado (passado 78 + 54 futuro = 132 ‘tempo imaginário’.
E esse fato inclusive foi constatado pelo físico Ilya Prigigine (prêmio Nobel de 1977) ao afirmar:

O grupo unitário de evolução temporal se cinde em dois semigrupos, um para o futuro e outro para o passado.

Sendo que, esse tipo de propriedade só poderia existir em função de um ‘tempo imaginário’ (132), ou seja, aquele dado em razão da Eternidade (18).

(continua)

Legado utilizado como bordão:
“Todo conhecimento que não pode ser expresso por números é de qualidade pobre e insatisfatória” (Lord Kelvin).

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Vestígios Indeléveis

Vestígios Indeléveis
ESTUDOS DE NUMEROLOGIA: Vestígios Indeléveis



Esses estudos visam expor temas relativos aos 144 números, ou melhor, sobre a Linguagem da Cruz, de modo prático (objetivo); sem precisar de considerações filosóficas mais profundas como ocorre no caso do setor denominado Filosofia dos Números.

Vestígios Indeléveis - Apresentação

Este tema se dirige apenas em razão daqueles que almejam obter em suas questões (de ordens quaisquer) a forma ideal para que possam habilitar determinada pesquisa, ou dar uma qualidade satisfatória (decisiva) em cada tipo de opinião sob um resultado pelo menos razoável. De maneira geral o essencial já foi dado; como teoria no estudo de ‘Lógica Relativa’ (uma ampliação da lógica formal), cuja síntese se encontra em: ‘Os 22 Axiomas’ e o sentido prático em ‘Numeral’; fora os inúmeros exemplos (de interpretação) apresentados nas postagens, as quais podem ser localizadas em seus devidos setores de numerologia, astrologia, psicologia, física teórica, etc.
Conforme os próprios exemplos dados (como modelos) para cada tipo de interpretação através dos 144 números, parece ter tornado claro que: um elemento (simbólico, como número, etc.) isolado não poderia caracterizar uma ‘informação’ de qualidade satisfatória num sentido conclusivo (exato); pois, por questão disso, a própria ‘unidade’ (sob quaisquer considerações) só se define (se reafirma) pelo menos em razão da ‘trindade’ (propriedade do triângulo).
A própria lógica formal (aplicada por todos), embora configurada sob considerações insuficientes perante a coerência  dada pelos 144 números, também não admite esse tipo de expressão isolada (unívoca) como fator de qualidade informal  conclusiva (objetiva).
Portanto, para uma razoável interpretação seria preciso empregar – pelo menos – o mínimo de correlação permitida conforme exige este método, sobre quaisquer tipos de pesquisas.
Pois, ‘vestígios indeléveis’ se encontram em função de relações, simultaneidade = 94 Autenticidade; como se pela montagem de um “quebra-cabeças” que se define por fatores de ordens coincidentes (correspondentes).
Pela ampliação desse sistema dado para as interpretações, ideais se mostram os exemplos:

Alfred Adler, tem em seu mapa o Nodo Lunar Norte (Ω) situado no grau relativo ao número 132 (Imaginação). Para encontrar possíveis relações desse fator com outros elementos, seria preciso passar a subtrair de 132 em razão dos outros números pela busca de um ‘par compatível’, ou seja, o qual pudesse perfazer esse valor. Nessa prática se encontravam os seguintes:

38 + 94 = 132 – par relacionado com Mercúrio e Sol
31 + 101 = 132 – par relacionado com as casas: VI e XI
11 + 121 = 132 – par relacionado com a casa VIII e Marte
86 + 46 = 132 – par relacionado com os nomes: Alfred Adler + Adler

Por essas qualificações foi possível compor – em parte – as interpretações desse mapa, logicamente, sob confirmações obtidas em razão de outros aspectos do mesmo.
Por definição – lógica – esses resultados obtidos indicam apenas correlações (qualitativamente numéricas), o que – por isso – não poderia ser aceito (inescrupulosamente) como se fosse a mais exata expressão da verdade (mas funcionam como importantes vestígios da mesma). Portanto, esse método serve para revelar “pistas de uma investigação”, oferecendo sugestões em prol de uma boa interpretação (como um tipo de incremento que aguça a qualidade intuitiva por sua própria simetria). Dessa forma, vale como um fator de harmonia em função de seus especiais tipos de “acordes” (ou qualidades simultâneas).
 E, essa técnica pode ser aplicada sobre quaisquer tipos de assuntos, caracterizados por números tomados isoladamente, apesar disso ser possível apenas sob a coerência dos 144 números (não existe nada conhecido que possa se adaptar ou servir de substituto em prol de tais buscas). Como por exemplo, o sobrenome Adler: 40 + 144 = 184; é um número que coincide com o par: 79 + 105 = 184; o qual implica – respectivamente – nas posições de Netuno (79) e da casa III (105), em relação ao mapa astrológico dessa personalidade.
Aliás, Jung, sequioso – pelo encontro de qualidades ideais em prol de uma boa interpretação –, de certa forma conseguiu se aproximar dessa propriedade, ao ressaltar o que definira como “sincronicidade”.
A Autenticidade (94) que também se amplia sob o termo “simultaneidade”, uma lógica essencial em termos existenciais (eternos), se expressa apenas em função do simbolismo; caracterizando dessa forma a linguagem ideal de qualidade universal.
Como 33 “equivalência” + 94 “simultaneidade” = 127 antiforma; ou seja, a condição dessa propriedade consiste em diferenciar os valores equivalentes (concorrentes, adversários, etc.), valendo apenas como um fator de ordem participativa (incluso num fato apenas por identidade); isso significa também que se manifesta como um tipo de “fruto temporal”, o qual se identifica no tempo presente como – imprescindível – complemento (informativo).   
Voltando ao caso da sincronicidade, uma teoria embasada nessa propriedade (embora de forma inconclusa), vale relatar que, Pauli (prêmio Nobel) também participara dessas impressões – pesquisas – junto de Jung. Estranhamente, esse cientista importante (considerável gênio),  nem tentara – pelo menos como sugestão – expor essa qualificada propriedade como fator de relevância em defesa ou ampliação do Princípio Antrópico (único elo entre ciência e sentido existencial); apesar dos livros que os dois publicaram juntos.  
Outras técnicas de interpretação devem ser apresentadas aqui, com exemplos relevantes as quais devem salientar (comprovadamente) esse recurso.

(continua)

Legado utilizado como bordão:
“Todo conhecimento que não pode ser expresso por números é de qualidade pobre e insatisfatória” (Lord Kelvin).


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Mitos da Piedade

Mitos da Piedade
MITOLOGIA E ASTROLOGIA:Mitos da Piedade


Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo ou de outra característica astrológica.

Baucis e Filêmon



Zeus, por sua própria função como Juiz do Universo, se preocupara em conhecer na prática a qualidade interior dos mortais, quanto ao que nesse sentido: sentiam, cuidavam (intimamente) e praticavam sob os valores expressos do (padrão) senso de Piedade. Mas, para obter o resultado correto – dessa questão –, a pesquisa deveria ser feita pessoalmente, não como diante de um deus, senão os homens poderiam reagir de forma insensata. Resoluto, decidiu visitar a Frigia na companhia de Hermes (Mercúrio), o qual não podia mostrar suas “asas”, pelo fato de que ambos sob disfarces, simulavam dois indigentes em função do próprio plano. Assim desceram naquele determinado setor de ordem terrena.
Após longas caminhadas pelos bosques da região, finalmente os dois encontraram um local dado para habitações humanas (povoado), no qual havia até um modesto burgo. No entanto, aquele tipo de teste (humano) exigia extrema seriedade; tanto é que os dois deuses – sob formas humanas, como peregrinos –, se sentiram fatigados, sedentos e famintos, cuja alternativa consistia em buscar – rapidamente – um providencial auxílio na mais próxima moradia; sendo entretanto, rechaçados como tipos inoportunos de mendigos. E a reação humana foi sempre a mesma diante de suas visitas (como peregrinos) subseqüentes.
Descrentes do menor sinal de benevolência humana, os dois deixaram o povoado e logo avistaram uma cabana; para onde se dirigiram. Era a casa de um casal de idosos, Baucis, e seu marido Filêmon, unidos desde a juventude até a velhice, que juntos abriram a porta com simpatia e extrema cordialidade – frente aos peregrinos.


Dentro da choupana, conforme os hóspedes celestiais constataram, tudo só se expressava sob a mais plena humildade, sem contudo deixar de se caracterizar num ambiente muito bem cuidado, deveras asseado. Como se sob um tipo de prontidão –  ou já aguardando por aquele momento –, o casal se apressou para poder atender seus estranhos visitantes o quanto antes.  Por isso, Filêmon correu (desajeitado pela própria velhice) em direção de sua horta em busca do que tinham para servir naquela refeição improvisada; enquanto Baucis se apressava nos preparos da cozinha.
Após inauditos esforços, eles conseguiram oferecer um delicioso repasto aos simulados peregrinos. Filêmon, benevolente chegou até a colocar sobre a mesa o pouco de vinho que lhe restara, o qual preservava somente para uma ocasião especial (solene).


Enquanto a refeição prosseguia, os anfitriões notaram algo de estranho: o vinho embora sendo consumido normalmente se renovava no jarro. Assim, ao reconhecerem seus hóspedes como deuses, caíram de joelhos pedindo perdão pela pobreza no acolhimento; e ainda ofereceram em sacrifício o único ganso – de estimação – que tinham, por louvor aos mesmos; o qual foi rejeitado.

   
Pois, Zeus queria apenas que o seguissem até o alto de uma montanha próxima, e os dois prontamente obedeceram. A parada de Zeus, a qual indicava o fim do percurso – feito com dificuldade pelos anciões –, despertava um desejo de olhar para baixo, cuja visão era entristecedora: a região tinha sido alagada. Mas – de cima –, observando melhor, parecia que a cabana  de Baucis e Filêmon “flutuava”, ou melhor, permanecia elevada sobre a enchente. Alem disso, raios de luzes foram surgindo sobre a mesma, que em poucos instantes, sob uma espantosa transmutação se constituíra num magnífico templo.  
Depois disso, Zeus se prontificou em realizar quaisquer desejos do casal. Os dois desejaram apenas que nada os separassem; e assim se tornaram os guardiões do templo. 


Certa ocasião, – juntos – diante do templo, inesperadamente, Filêmon notou que Baucis estava se metamorfoseando em árvore, a qual em poucos instante se identificava como uma bela tília; ela por sua vez, no mesmo instante percebera a mesma transformação de seu esposo num imenso carvalho.




A Piedade

A deusa da Piedade era representada pela figura de uma mulher coberta por um longo véu, a qual mantinha na destra uma cornucópia, ao lado de uma criança, tendo aos seus pés uma cegonha. Pois, indicava a ternura dos pais pelos filhos e a afeição humana em razão de seus semelhantes. Essa deusa recebia sacrifícios por parte dos atenienses; e também foi muito venerada em Roma.

Comentário:

A imagem grega (e romana) dada pela representação da Piedade (106), apesar de muito simples expressa com clareza seu primordial significado (não somente por este aspecto): Piedade 106 – 49 Heroísmo = 57 Outorga; isso caracteriza o impulso – imediato – de doação (de modo genérico); lembrando também que o número 57 define a qualidade maternal em todos os sentidos; acentuando dessa forma o quadro deixado por esses povos antigos pela caracterização dessa deusa, ou melhor, em razão desse valor (106). Aliás, nisso também já se embasava entre os gregos a necessária valorização – em termos humanos – do real sentimento de amor ao próximo (sob uma qualidade fundamental: Piedade 106 – 83 Fraternidade = 23 Humildade), condição imprescindível quanto ao sentido em que a humanidade deveria se manter; conforme o mito de Baucis e Filêmon tende a informar.
Ampliando o comentário em bases numéricas: A Piedade (106) como padrão, não quer e nem precisa se mostrar (apesar de seu valor inestimável em termos de evolução humana) como Virtude, que em verdade nem poderia se caracterizar como tal, pois: Piedade 106 – 17 Criatividade = 89 Virtude; para o bom entendedor nisso se configura incompatibilidade; cada virtude apenas se enaltece como um tipo de valor prescrito de modo especial (89 + 144 = 233 – 133 Gratidão = 100 Opinião), ou seja, torna se ciente apenas em razão do quanto as considerações alheias a definiram; a Piedade já equivale a um conceito de amor (106 – 100 = 6 Amor). 

105 – Convicção / 106 – Piedade / 107 – Paz

Numa observação mais avançada isso significa que a Piedade (106) tomada por “continuidade” se encontra entre o risco de “repleção” (105) e o sentido de “igualdade” (107); quer dizer, se ocupa com um tipo de atividade muito elevada: Piedade 106 – 88 Evidência = 18 Eternidade. Mesmo porque (em razão da hierarquia da Pureza):

94 – “simultaneidade” / 106 – Piedade / 118 – Sensatez 

E como: Piedade 106 – 84 Higidez = 22 Intransponível (“intransferível”); isso significa que esse padrão implica numa atitude de ordem pessoal (como evolução real). O mito grego tenta salientar tudo isso configurado pelo casal de idosos, cujo fundo simbólico indicaria a exata condição de qualificação íntima entre: corpo – intelecto –, alma – sensibilidade – pela expressão do espírito; como determinante para classificar – sinceramente – o padrão da Piedade (106).


Legado utilizado como bordão:
“Todo conhecimento que não pode ser expresso por números é de qualidade pobre e insatisfatória” (Lord Kelvin).