segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Mitos de Saúde e Persistência

Mitos de Saúde e Persistência II
MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mitos de Saúde e Persistência II



Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo ou de outra característica astrológica.

Mitos de Saúde e Persistência




Penélope

Penélope, esposa de Ulisses, rei de Ítaca, permaneceu – persistentemente – durante cerca de 20 anos aguardando o retorno de seu marido.
Bem antes desse episódio, o interesse de Ulisses com suas reais intenções conjugais, era voltado para Helena, filha de Tíndaro, o qual era irmão de Icário, portanto, tio de Penélope. Como o número de pretendentes por Helena era muito grande, ainda assim persistira na pretensão de sua conquista; lançando um ardil, o qual visava provocar dissidentes entre a maioria dos candidatos. Então, se mostrou como o maior interessado no futuro de Helena, apresentando sua “tese” ao rei de Esparta, que acolheu seu conselho, cujo sentido expressou sob a forma de mandato: “Todo pretendente pela princesa Helena, antes precisa prestar o juramento de lutar e defender o futuro casal,  seja qual for o escolhido”.   
Por conta de sua decepção, todos os príncipes aspirantes aceitaram a proposta, a qual mais tarde, resultaria no acordo que decidiria a invasão de Tróia pelos gregos. 


Sem desistir de seu interesse por Esparta, decidiu concorrer pela posse de Penélope, em cuja façanha, Icário, seu pai, instituíra jogos, ante os quais, o considerado vencedor se consagraria o escolhido; condição que Ulisses celebrou como o tal. Entrementes, veio a guerra, assim Ulisses teve de permanecer longe de Ítaca, durante muitos anos.
Penélope, por sua beleza, atraia a Ítaca inúmeros príncipes da Grécia com intenções de corteja-la, a qual dispensava todas as solicitações através de sua astúcia. 


Seu principal engodo consistia no projeto de tear enorme tecido, diante do qual, declarava aos seus pretendentes que, não poderia contrair novas núpcias antes de concluir sua tecelagem, pois essa deveria resultar no envoltório de seu sogro Laertes por ocasião de sua morte.
Desse modo, por vários anos conseguiu manter esse tipo de pretexto, cuja condição implicava em não permitir que seu trabalho se concluísse; pois, sempre desfazia à noite, sua tecelagem feita durante o dia. Então, bastava para ela apenas "dar ponto sem nó" durante o dia, para desmanchar o tecido com facilidade durante a noite.
Quando fora avisada sobre o retorno de Ulisses, não acreditou no fato, supondo se tratar de uma trama engenhosa dada por seus persistentes admiradores. No entanto, após se assegurar conforme certos sinais indeléveis no corpo de Ulisses, se entregou de forma ardente ao marido com intensa alegria.




Telêmaco

Telêmaco, filho de Ulisses e Penélope, ainda era de berço quando seu pai deixara Ítaca para ir lutar na guerra contra Tróia. Porém, em sua adolescência decidiu viajar, caso necessário fosse, por toda a Grécia, numa tentativa de poder encontrar seu pai.



Por conselho de Palas Atena (Minerva), esse príncipe partiu rumo às cortes de reis que já haviam regressado daquela expedição contra Tróia., obtendo com isso algumas informações (infundadas) sobre o paradeiro de Ulisses; realizando assim buscas infrutíferas, cujas ocorrências – e aventuras – duraram cerca de quatro anos.
Subitamente, essa deusa o alertara que Ulisses finalmente conseguira regressar ao seu reino, fato pelo qual determinou seu retorno para casa. Além do mais, Atena explicou que seu pai, por uma metamorfose realizada por ela própria, se identificava sob a forma de um mendigo; tendo sido acolhido de modo benevolente pelo porqueiro (da corte) Eumeu, o qual – reverentemente – o reconhecera como o próprio rei de Ítaca.


Retornando, antes mesmo de se apresentar na corte, Telêmaco fora ao encontro de Ulisses na casa de Eumeu; e, depois de algum tempo, dado pelo devido reconhecimento, trocas afetivas entre as demais considerações motivadas por tão longo aguardo – entre pai e filho –; lá, os dois passaram a elaborar planos contra os indignos cortejadores de Penélope, de cujo fato insustentável já estavam cientes. Conforme o planejamento – de extermínio – Telêmaco, foi em primeira instância se identificar como o príncipe herdeiro que apenas regressara de longa viagem; encontrando os domicílios da corte sob péssimas condições administrativas. Pois, os indecorosos hóspedes, antes recebidos diplomaticamente, apenas como príncipes pretendentes num sentido de ordens matrimoniais, indescritivelmente, se comportavam como indiscriminados invasores do reino.


No momento certo Ulisses se dirigiu ao seu palácio, sendo reconhecido, apesar de sua estranha mutação em mendigo, por seu velho cão Argos que, de tanta alegria, não resistiu, morrendo ali mesmo em sua frente. Depois disso, vieram os insultos e agressões por parte dos pretendentes, dados como mais um tipo de diversão entre eles, cujas investidas só cessaram, após segura intervenção de Telêmaco e depois da rainha, a qual acolheu o mendigo com hospitalidade. Assim, sob os cuidados de Ericléia, sua antiga ama, Ulisses fora novamente reconhecido por causa de sua cicatriz (persistente) na perna. Desse modo, todos os servidores da corte ficaram cientes do retorno do rei de Ítaca. Por isso, alertados, porem em sigilo se armaram em defesa da corte. Por seqüência exata do fato, Atena inspirou Penélope na aplicação de seu melhor trunfo contra os invasores, o qual consistia no seguinte mandato: “Quem entre os candidatos conseguir armar o arco de Ulisses e atravessar com as flechas atiradas nos doze alvos determinados pela prova, será considerado o príncipe escolhido para o reino de Ítaca”.
Na prova, todos os competidores já haviam falhado – até entre novas chances –, quando o mendigo pediu licença para testar suas forças, sob o maior escárnio entre os príncipes. Por assombro geral, esse distendeu o arco com facilidade, sendo que nesse ínterim, Atena já desfazia sua metamorfose, portanto, lá se encontrava o próprio Ulisses, que iniciou a luta, auxiliado por Telêmaco e os defensores do palácio.
Assim, foi definitivamente reconhecido por Penélope e passou a reinar com tranqüilidade; promovendo ainda imensa alegria ao seu pai Laertes, pelo fato dele ter reencontrado o filho, antes de sua morte.


(continua)