terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Cupido e Psiqué

Cupido e Psiqué
MITOLOGIA E ASTROLOGIA – Mito de Libra: Cupido e Psiqué
Anterior: A Guerra de Troia

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.

Cupido e Psiqué

Este mito, também implicado em beleza, vale «portanto» pela caracterização do signo de Libra (conforme os 144 números), relativo ao número 7 Temperança, o qual prossegue em escala até o 19 Beleza, 31 Arte...


Havia em certo reino um especial deleite por suas três lindas princesas, sendo que a mais jovem, Psiqué, superava de forma extraordinária, não apenas suas irmãs; pois, cortejos de paises vizinhos se dirigiam ao seu palácio para adora-la, como se sob o altar de uma deusa «irradiando candura». Indignada, Afrodite (Vênus) via seus altares desertos, enquanto multidões dirigiam seus louvores para uma simples mortal. Quando sua irritação chegou ao limite, chamou seu filho Eros (Cupido), o qual instruiu para castigar aquela “insolente beleza”. Como ele podia fazer pessoas se apaixonarem, quando feridas por suas setas «pela primeira criatura que vissem»; ordenou para que a paixão daquela moça, fosse pelo mais horrendo entre os homens. Mas, na tentativa de cumprir sua missão, ele também acabou ferido por sua própria flecha, tendo que fugir – em seguida – com o despertar da jovem. Daí por diante, não havia mais vantagens – para a princesa – em razão de seus encantos, passando a ser contemplada apenas como um ente sobrenatural, sem interesses – de outrem – com finalidades matrimoniais.


Com as duas filhas - não assim tão belas – já casadas, Psiqué, se tornou alvo de grande – e inquietante – preocupação familiar. Em consulta ao oráculo, drástica foi sua determinação: “A Jovem, em veste fúnebre, deve ser levada ao alto do monte mais próximo, para contrair núpcias, com o mais horrendo monstro, por questão do sentido de polaridade existencial " (convém salientar, por ela ser a mais bela). Assim – entre lamentações de seus pais e adoradores –, ela foi conduzida em cortejo ao local, conforme estipulava o oráculo (adormecida). Cupido, sem saber por que: não conseguia mais esquecer “aquela formosura”, em cujas reflexões (emocionais), definia como sendo a beleza, que nem o regente (primordial) das “artes” seria capaz de reproduzir em imagem (conforme inspirava sua paixão); por isso, ordenou ao vento Zéfiro, que a transportasse ao seu recanto (da intimidade).


Ao despertar, sobre relva macia, nas proximidades de aprazível riacho, Psiqué, ao ouvir vozes – delicadas –, por curiosidade, obedecia as instruções recebidas, e nessa seqüência, foi se aproximando de um magnífico palácio, onde adentrou – cativada por seu encanto. Daí, passou a ser atendida por esses “seres invisíveis”, os quais a serviram de tudo que necessitava. Mais tarde, tomada pelo sono, ficou fascinada diante do leito, em cujo aposento as “vozes” a encaminharam – parecia a alcova de um “deus” –; imediatamente adormeceu, ou não; parecia vivenciar “toques carinhosos”, se sonhava, nem sabia...


No dia seguinte, tudo ocorreu como anteriormente, sendo cuidada – sempre de modo amável – por seus criados invisíveis; porem, quando se deitou, no escuro do quarto, sentiu a presença de alguém, que logo se identificou como sendo seu próprio esposo, mas tendo desaparecido «misteriosamente» ao amanhecer; e, foram transcorrendo os dias, conforme essa rotina. Mesmo estando habituada com a situação, confessou sentir solidão, pedindo ao esposo para que “se mostrasse”, mas, isso ele não consentia, então, lhe implorou a graça de rever suas irmãs. No outro dia «como que do nada» suas irmãs (ainda “enlutadas”) surgiram  «palácio adentro» (trazidas pelo vento Zéfiro), estampando em seus semblantes a perplexidez, pelos requintes daquela morada (toda em ouro); indo logo perscrutar, como aquilo era possível. Em sua ingenuidade – e pela alegria daquele encontro –, Psique, descreveu todos os acontecimentos, e na despedida, ainda cumulou as duas de jóias. Nessa noite, Cúpido alertou sua esposa sobre a falsa atitude dos invejosos, pois podiam incutir a desconfiança, pela destruição de relacionamentos.


Com permissão do marido (e novo auxílio do vento Zéfiro), ocorreu novo encontro entre as três no palácio. Porem, a intenção das duas invejosas (insatisfeitas em seus lares) era outra, pois, nem tinham comentado aos pais sobre o paradeiro da jovem irmã. Fingindo – diante das iguarias servidas – meiguice, foram instigando suspeitas em Psiqué, quanto ao perfil de seu esposo; que só poderia ser conforme o oráculo havia anunciado. Contaminadas pelo ciúme – daquele destino promissor –, e pelo arremate do sinistro plano, passaram suas instruções, quanto ao que deveria ser executado, ainda naquela noite; sorridentes,  receberam novas prendas valiosas. Resoluta mas em desvario, a moça esbarrou em algo cortante (havia se ferido com uma das flechas de Cupido), não se importando, pois, já tinha (conforme instruções) na mão direita o punhal (para matar o monstro) e na esquerda a candeia, com a qual vislumbrou... perplexa, uma beleza sobrenatural: seu esposo, era como um “anjo”. Nesse lance, deixou cair óleo quente sobre o deus, que acordando assustado, “abriu asas” (cismando ter sido atacado pela esposa). Na tentativa de evitar essa fuga aérea, Psiqué, “despencou” no solo, desacordada. Cupido, voltando, desabafou: – Ingrata! Eu desobedeci minha mãe e te tornei minha esposa, mas me julgastes um monstro, saibas que o amor não admite suspeitas. Assim, voou para não mais voltar.


Psiqué, sob o domínio da paixão tentou as opções que tinha: seguindo a mais rápida (e fatídica) se atirou num rio (próximo), mas as correntezas a repuseram em terra firme; resistindo as dores da aflição decidiu peregrinar em busca do marido, sem obter nenhuma notícia; se valendo da “súplica”, foi atendida por Hera e Demeter, que por temerem a ira de Afrodite, em nada lhe puderam auxiliar; finalmente, por questão da mais drástica alternativa, se submeteu aos caprichos da deusa – mãe de Cupido –, que por castigo, passou a exigir o cumprimento de provas impossíveis. Entretanto, nas três primeiras missões – impraticáveis – recebidas, a moça (de modo inacreditável) obteve êxito, por ter sido auxiliada pelos seres mais simples da natureza. Enfurecida a deusa lhe exigiu: –  Desça aos infernos, e dentro desta caixa, me traga o substrato da beleza imortal de Perséfone! Por auxílio “invisível”, inexplicável, novamente, recebeu preciosos alertas, quanto ao risco de descida ao Hades, como: “levar dois óbolos” (como pagamento de ida e volta, ao barqueiro Caronte); e outras considerações práticas para aquela travessia.


Pelas instruções recebidas, ela não deveria de forma alguma, abrir mais a caixa, após a devolução de Perséfone. Mas, não resistindo «aos apelos da própria caixa que dizia: “me abra”», Psiqué abriu, e em razão do perfume exalado, caiu inerte, sob o “sono dos mortos”; sendo providencialmente socorrida por Cupido, que a colocou diante de Zeus, em cuja Justiça resolvia a questão, não só a salvando, como também decretando o casamento daquele casal apaixonado. Assim, saboreando o néctar e a ambrosia dos deuses, a princesa se tornou imortal; após reconciliação, Afrodite também participou da festa nupcial.



(continua)




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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A Guerra de Troia

A Guerra de Troia

MITOLOGIA E ASTROLOGIA – Mito de Libra: A Guerra de Troia
Anterior: O Pomo da Discórdia

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.




A Guerra de Troia

Nessa guerra, decorreram anos de combate até o momento em que ocorreu a derrota marítima dos troianos. Em vista das desvantagens, Heitor e seus guerreiros  se retiraram, adentrando – providencialmente – o interior das resistentes muralhas.



Logo após os gregos se aglomeraram nas praias de Tróia, onde armaram suas tendas. Mais tarde a cidade foi assaltada sob os terríveis golpes das fundas, que arremessavam pedras enormes.


Postados em suas muralhas e torres, os troianos se defendiam dos aríetes e das tropas que «como por coreografia» atiravam muitas flechas de uma só vez, e isso ocorreu durante meses. Certa manhã porem, o guardião da torre principal anunciou que, no mar não havia mais embarcações, a praia estava deserta, livre de tendas, de cavalarias e infantarias. Catapultas caídas e armas espalhadas indiciavam a possível  retirada dos gregos. Na praia, se sobressaia apenas um estranho e gigantesco boneco – sob a forma de animal.


Os portões foram abertos e quase toda a população  – da cidade – saiu para ver de perto aquele enorme cavalo. Todavia, uma voz aguda ecoou com seu terrível alerta para a multidão; era Cassandra, que gritava: – “Tolos! Queimem isso imediatamente! Pois não passa de uma grande armadilha dos gregos!” A multidão, por um instante, chegou a ficar assustada, porem, após o silêncio, entre murmúrios e risos escarnecedores, um coro – que foi se tornando estridente – entoou com as seguintes palavras: Ela é louca! Ela é louca! Ela é louca! Resolutamente o cavalo foi levado fortaleza adentro, onde a multidão passou a dançar «freneticamente» ao seu redor. Assim, o vinho animou a festa até a extinção de ânimos dos eufóricos troianos. Porem, altas horas da noite, o tinir de armas quebrou o silêncio da cidade, e trancas de madeira rangeram com a abertura do portão «feita por guerreiros saídos do cavalo de pau». Os cidadãos, ainda embriagados, saiam das casas, revendo armas de modo apressado, e acabavam assim tombando sob os golpes mortais dos gregos. O cavalo que serviu de esconderijo aos gregos, se tornara assim o símbolo «histórico» daquele astuto assalto, planejado por Ulisses.


Aquiles lutou furiosamente contra Heitor, até que enfim o matou; inconseqüente, o amarrou em seu carro, para num arrasto em disparada, poder destacar sua façanha «pela cidade»; Andrômaca, Hécuba e outras mulheres, instaladas numa plataforma, gritavam horrorizadas diante do que viam. Entretanto, foi concedido uma trégua aos troianos, em razão dos funerais de Heitor.


Aquiles, cativado por Polixena, filha de Príamo, se valendo desse instante de paz em Tróia, se dirigiu ao rei afim de pedi-la em casamento. Aconteceu porem que, Paris «com isso» ficou encolerizado, ao recordar as ordens de Helena: – Você deve matar Aquiles em minha honra! O fato é que em Esparta «em seu concurso frente aos mais importantes príncipes», Aquiles, alem de não demonstrar qualquer interesse por ela, ainda teve o desplante de proferir em bom tom os termos: – “criatura vil e convencida! Isso para Helena instigou vingança. Daí, Paris atirou uma flecha que atingiu Aquiles, exatamente no calcanhar, única parte vulnerável de seu corpo, conseqüentemente, teve – de imediato – «seu pescoço» atravessado pela flecha atirada por Ulisses, naquele instante de distúrbio geral.



Assim a carnificina teve fim, com Menelau levando de volta Helena, que não se cansava «em suas espúrias reflexões» do júbilo, em vista do que fora feito – durante anos –, exatamente, por causa dela...

(continua)




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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O Pomo da Discórdia

O Pomo da Discórdia

MITOLOGIA E ASTROLOGIA - Mito de Libra: O Pomo da Discórdia
Anterior: Helena e Páris

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.



O Pomo da Discórdia

O terceiro fato que teve envolvimento «de ressonante importância» nesta fábula, aconteceu no casamento da nereida Tétis com Peleu, um dos argonautas. As núpcias se realizaram nos jardins do Olimpo – ato de grande magnificência -, onde todos os deuses foram convidados, com exceção de Éris, a discórdia. Mas, inesperadamente, no meio da festa, a discórdia surgiu sob os olhares dos convidados; que em frações de segundos se mantiveram atônitos «no silêncio de suas lucubrações»; colocando um pomo sobre a mesa dos noivos (maçã de ouro do jardim das Hespérides), apenas disse: - “Para a mais bela!”

Bastou esse lance para que o banquete se transformasse numa movimentada competição de beleza; com a participação de quase todas as deusas; e só se encerrou o magnífico desfile, quando por exclusão, restaram apenas três encantadoras deusas que se equiparavam em beleza, conforme a preferência geral: Hera (Juno), Palas Atena (Minerva) e Afrodite (Vênus); mas, diante de tão importantes – e temíveis – figuras, ninguém mais se atrevia a dar qualquer palpite, para a eleição da mais bela. Então, para resolver a questão, Zeus decretou que o julgamento final seria decidido pelo voto do “mais belo entre todos os mortais.” Assim, sob a responsabilidade de Hermes, as três deusas foram conduzidas ao monte Ida, onde se encontrava Paris, o mais belo entre todos os homens da terra. Hera (Juno), para decidir a contenda – em defesa própria –, se revelou, oferecendo ao moço grandes poderes materiais e ainda o domínio sobre a Ásia. Logo após, Atena lhe prometeu disponibilizar todo o saber eterno, para que ele se tornasse o mais sábio entre os homens; caso ela fosse a escolhida. Afrodite (Vênus), já se apresentou «simplesmente despudorada» arrancando suas vestes, e ao mostrar os encantos de seu corpo, lhe propôs a concessão do poder de fascínio «irresistível» sobre todas as mulheres, pela sua eleição. Desse modo, Afrodite venceu a competição.


Quando Paris soube que na corte de Esparta vivia a mais bela entre todas as mulheres, para lá se dirigiu, se apresentando ao rei Menelau, como sendo um príncipe troiano, em viagem diplomática pela Grécia. Sendo muito bem recebido, passou a conviver com o casal. Então, assim veio o dia em que Paris já se desembarcava em Tróia, no entanto, desta vez, acompanhado por Helena (um fruto de seu inestimável poder de conquista).



Em princípio, censuras e reprovações recaíram sobre Paris, no entanto era tarde demais: das ilhas vizinhas, vinham notícias de que a Grécia já estava fazendo preparativos para atacar o reino do raptor.


Dois anos depois, se iniciou a guerra. Durante dez anos se desencadearam sobre as águas de Tróia, batalhas após batalhas, num extermínio sem tréguas. O rico Agamêmnon, irmão de Menelau, era o líder da guerra por parte dos gregos; sendo muito eficaz no envio de novos reforços como: Aquiles, Ájax, Diomedes, Ulisses e Nestor. Tróia tinha como aliados: Enéias, Glauco e Sarpédon, ambos sob a liderança de Heitor, sua principal figura.



(continua)


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sábado, 11 de dezembro de 2010

Helena e Páris

Helena e Páris

MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mito de Libra: Helena e Páris
Anterior: A Sexta Casa

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.

Libra – o equilíbrio

As descrições mitológicas foram sempre elaboradas num sistema apropriado «com a prudência de sua preservação», onde um fato isolado «de efeito moral particular» podia ser homologado a outro «análogo», permitindo nessa continuidade (como que dando vazão), reflexões mais elevadas, em razão da somatória desses “provérbios”; funcionando como pela determinação de “peças” que se encaixam, exatamente, pela expansão do discernimento (como no jogo infantil de “montagem pela combinação de peças”, conforme a escolha de construção). O signo de Libra mantém como maior propriedade o sentido de “reunir”; portanto, este mito também envolve inúmeros fatos, mas, aqui serão descritos apenas os fundamentais (indispensáveis para a análise desse signo):




Helena

Helena era filha de Zeus e Leda, irmã de Clitenestra e também de Castor e Polux; como já foi descrito no mito relativo a Gêmeos. A maldição de Vênus sobre Tíndaro, se estendeu até Helena, dado a seu dote de fascínio; pois, desde os primeiros anos de vida, sua beleza já era motivo de muito comentário, o que na juventude passou a deslumbrar todos os homens; em vista disso foi raptada por Teseu, só sendo resgatada, conforme providencial intervenção de seus heróicos irmãos: Castor e Polux.


Perante honroso convite – irrecusável -, foi conduzida a Esparta, onde foi cortejada por muitos príncipes. Tíndaro, temendo contrariar algum nobre pretendente «por questão de inevitáveis recusas de Helena», aceitou o perspicaz conselho de Ulisses, em cuja intenção continha – evidentemente – sua enorme admiração pela moça (e interesse). Assim, sua proposta se tornou “decreto”, o qual foi divulgado com a implicação do seguinte juramento (o qual Tíndaro exigia de todos os interessados): “Independente, de quem for o eleito, todos os pretendentes devem assumir o compromisso de defender o “escolhido”, caso ele seja desrespeitado em seu matrimônio.” Todo juraram, mas Menelau foi o escolhido, tendo logo após assumido o trono de Tíndaro. Assim, a felicidade dessa união se passou em seus primeiros anos ...



Páris

Mudando o cenário «sem encerrar o fato»: Tróia, era uma cidade imponente pela sua fortaleza intransponível. Privilegiada pela sua boa posição geográfica, servia de comunicação ao comércio e aos meios de navegação. Príamo era filho de Laomedonte, que reinara durante muitos anos; onde - em seu período – conseguiu cercar a cidade de muralhas tão fortes, que Tróia era considerada uma arquitetura criada pelos deuses: Apolo e Netuno.



Príamo, como novo rei precisou reedificar – em parte – a cidade, porque ficara arrasada em função das investidas de Hércules. Hécuba, esposa de Príamo, teve os seguintes filhos: Heitor, Páris, Deífobo, Polites, Antifolo, Hiponôo, Troilo, Creúsa, Laódice, Políxena e Cassandra «que já foi mencionada no mito de Câncer». Originário de uma tribo de pastores, o povo desse reino era constituído por pacíficos camponeses e mercadores, voltados para a alegria simples da própria terra; um reino muito feliz. Na corte, a vida também transcorria em plena harmonia; apesar dos soberanos terem sido alertados pelo oráculo, acerca de futura catástrofe a ocorrer em Tróia, em conseqüência da má atuação de um dos príncipes. Heitor, esposo de Andrômaca mantinha um forte senso de responsabilidade, e tudo faria por sua pátria. Seus irmãos também tinham bons propósitos e assim a vida prosseguia, levando um após outro ao matrimônio; só Páris permanecia indeciso, mesmo tendo feito duas viagens em busca da mulher amada, sem nenhuma objetividade. Páris não conseguia mais se habituar com a vida em Tróia; e pelas princesas dos reinos vizinhos, não tinha o menor interesse. Muito vaidoso por seus dotes físicos, mantinha um forte senso de independência e não admitia nenhuma interferência em sua vida; por isso, era definitiva aquela resolução, faria sua última viagem pelo mundo e só voltaria a Tróia, caso encontrasse a mulher por quem se afeiçoasse. Na véspera dessa viagem houve uma reunião na corte, onde os conselhos de Príamo e Heitor eram dirigidos a Páris, quando Cassandra – a jovem vidente – se aproximando – com muito seriedade – dirigiu as seguintes palavras: Pobre Tróia! Seu terrível destino está cada vez mais próximo...

Com a partida de Paris a vida em Tróia seguiu seu curso habitual.



(continua)



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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Noções de Inconsciente

O Advento da Psicologia V:  Noções de Inconsciente

Noções de Inconsciente
Anterior: A Psicanálise





Noções de Inconsciente


Antes do prosseguimento – em resumo – desse histórico da psicologia  «sem nenhum desacordo pela sua implantação como recurso contemporâneo», muito embora, aparente descender em sua origem da mais simples noção de inconsciente, como base; pois esse termo  «conforme a lógica formal é de um perfazimento extensivo», não se restringe somente quanto ao fator mental humano; por isso, necessário se faz, certas «outras» observações. Conforme os 144 números a própria criação não pode prescindir de um inconsciente, o qual com sua hierarquia faz parte  «integrante» dos 12 Padrões; e de cuja função (inconsciente) se encontram os fatores de: polarização, separação, classificação, propulsão, mediação e integração em todos os níveis existenciais ( e graus de desenvolvimento); vale dizer, por se constituir nessa obra viva. Essa hierarquia (do inconsciente) é aqui chamada de Silêncio:

2 - Silêncio; 14 – Comunicação; 26 – Congeneridade; 38 – Generalidade; 50 – Raridade; 62 – Explícito; 74 – Profundez; 86 – Proeminência; 98 – Inócuo; 110 – Reversível; 122 – Iminente; 134 – Imunidade.

Silêncio 146 – 123 Liderança = 23 Humildade, que pode ser identificada também com o sentido de “mínimo”. Isso significa que o “mínimo fator existencial” pertence ao conjunto do inconsciente (Humildade 23 – 21 = 2 Inconsciente). Dessa conotação aritmética (com o 123 e o 21) e pelo fato de que: Inconsciente 146 – 102 Conciliação = 44 Prosperidade, se identifica uma lei fundamental (em todos os níveis e sentidos da criação), a qual pode ser chamada de Fundamento da Prosperidade (e se definida em palavras seria como o seguinte): "o mais fraco (pobre, inferior ou mínimo 23) é atraído (magneticamente) pelo mais forte (rico, superior ou de grande magnitude) inevitavelmente «de forma automática»", mesmo porque: Magnetismo 59 – 57 Outorga = 2 Inconsciente. Nesse sentido de “mais forte”, se inclui também “força de vontade” (e outras manifestações positivas), assim, fatores espirituais inconscientes - de todos os níveis existenciais (espécies) -, como “germes vitais” (fagulhas), são estimulados ao próprio desenvolvimento (como num despertar), conforme tal propriedade. Providencialmente, essa lei determina  «na extensão de sua lógica» sentidos coerentes (Inconsciente 146 – 38 Generalidade = 108 Discernimento  (fator comum do entendimento) facilmente observáveis, porém, que extraviariam o assunto principal (a psicologia); portanto, aqui serve apenas para evidenciar o grande poder do fator inconsciente na criação (que ainda deve ser melhor esclarecido em razão de outros temas). Entretanto, esta observação não traz nenhum sentido de crítica, muito pelo contrário, até enaltece «como heróica» a atuação desses “pesquisadores” frente ao sentido apático – de entorpecimento espiritual – da humanidade nessa época (vale dizer, até hoje); pois, nos níveis da alma, a psicologia (apesar das contingências) desenvolveu – tateando – uma ótima linguagem sobre a mente humana.

Prosseguindo nesse histórico: A psicanálise (designada “psicologia profunda” por Bleuler), para se tornar básica na psicologia não seguiu nenhum rumo fácil. Em razão da extensão lógica já citada (de inconsciente), e por questão de episódios inconvenientes contra sua sistematização, paira em “suspeita”, de que Freud foi obrigado a abdicar certas “revelações” «em suas convicções» mais contundentes (as quais preferiu manter em forma velada) sobre sua teoria (base), onde dentro dessa espécie de “lacuna” deveriam gerar “frutos” de outrem (e não apenas os seus). Quanto a isso basta atentar pelo seguinte (conforme as cartas que escreveu ao seu “amigo” Fliess): “sinto o impulso para escrever sobre os sonhos... como você me sugeriu... ninguém tem a mínima noção do que isso representa... pois são a realização de um desejo e não uma tolice”.  Isso soa como acusação quanto a boçalidade humana; ou também como reconhecimento de que “todos” até evitariam (pois encobriam inconscientemente) tal possibilidade «indesejável». Alguns dias depois, após refletir sobre o complexo de Édipo enviou lhe o seguinte: “Os sentimentos rebeldes contra os pais – desejo de que eles morram – também participam das neuroses”. Daí, entrou em “crise intelectual” e sob a forma de lamento escreveu: “cada linha que escrevo é como um grande tormento..”  Isso “transpareceu” (incrivelmente) como se ele houvesse entrado em contacto – discernido(por conta própria e de um “salto”) com a propriedade aritmética do número 127 Antimodelo (morte) em relação ao 17 Criatividade, indicada – aqui – no “Mito de Câncer – Interpretação”; pois, se tornou – para ele - algo conclusivo e de efeito geral para todos (em termos de personalidade «humana»). A divulgação da “psicologia dos sonhos” foi motivo de risos; já a “psicologia da sexualidade” passou a instigar insultos intermináveis. Certa vez, declarou a Jung: “só reconheci o valor de minha obra segundo o grau da resistência oposta a ela e pela indignação”.

Baseado em propriedades simples (concluídas na prática) Freud “implantou” o tipo ideal de inconsciente em função da psicanálise (o que pode ser demonstrado aqui conforme os números):

2 – Silêncio (inconsciente) / 14 – Comunicação / 26 – Congeneridade

O inconsciente (2) se estende até a comunicação (14) e prossegue até o fator “seguinte” – justamente em direção aos elementos análogos e homólogos (26); visto que esse intercâmbio se processa pelo veículo da imaginação: inconsciente 146 – 14 comunicação = 132 Imaginação (essa seqüência pode ser analisada conforme os elementos dessa hierarquia que vai até o número 134 Imunidade). A participação do inconsciente quanto ao equilíbrio mental é algo incontestável (Silêncio 146 – 53 Inexorável = 93 Juízo); visto que em seu potencial se encontra o “passado” «da personalidade» (Silêncio 146 – 68 Fertilidade “potencial” = 78 Inesquecível “passado”), ou melhor, que nesse potencial também está contido o passado; pois, nas profundezas desse conteúdo paira o determinante do equilíbrio/desequilíbrio (o denominado “complexo”: inconsciente 146 – 74 Profundez = 72 Expectativa); esse componente também se desenvolve como a própria personalidade, porque atua em conjunto ou simultaneamente em seu sentido existencial: Inconsciente 146 – 95 Progresso = 51 Realidade (fato que Freud constatou em razão dos mecanismos instintivos de defesa, como uma função paralela); onde poderia ser confirmada a existência da “alma” (inconsciente 146 – 88 Evidência = 58 Intimidade “alma”). Com essa propriedade Freud encontrou – ou determinou - o limite do seu padrão de inconsciente –  que encerrou como noções – ; concedendo uma “abertura” (dando vazão) nessa definição.

(continua)

Legado utilizado como bordão:

“Todo conhecimento que não pode ser expresso por números é de qualidade pobre e insatisfatória” (Lord Kelvin).


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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O Trígono

O Trígono

ESTUDOS ASTROLÓGICOS: Interpretação
Anterior: Definição de Aspectos
O Circuito Astrológico: O Trígono




O Trígono

O trígono vai manifestar uma energia capacitiva e estática (estabilizada), mas disponível dentro de um manancial quase inesgotável, a favor dos planetas em questão.

A explicação é a seguinte: como no trígono existe uma configuração geométrica entre elementos da mesma espécie (água com água, fogo com fogo, etc) matematicamente se assemelha a uma multiplicação.

Por exemplo, um planeta em Áries em trígono com outro em sagitário:

Áries fogo:      quente, seco
Sagitário fogo: quente, seco
2 (fogo) (quente, seco) x 2

Representa uma força multiplicada, ou uma potência intrínseca ao temperamento que condicionar. Temperamento é uma combinação de qualidades assim:

Quente – Seco: fogo - temperamento: Bilioso;

Quente – Úmido: ar - temperamento: Sanguíneo;

Frio – Seco: terra - temperamento: Nervoso;

Quente – Úmido: água - temperamento: Linfático.


Como já foi dito anteriormente, para os elementos de fogo, terra, água e ar não se deve indicar nenhuma palavra – chave, porque representam muita coisa e, o mesmo ocorre com os temperamentos. A síntese de um temperamento vai depender dos signos e outros fatores que deram origem, mas de modo geral pode ser visto da seguinte forma:

O Bilioso tem uma capacidade atuante;

O Linfático tem uma capacidade receptiva;

O Sanguíneo tem uma capacidade contagiante;

O Nervoso tem uma capacidade atenuante.

O trígono então vai ter uma característica de força integrada a outra, de modo que a energia flui reciprocamente, auxiliando, alimentando, apaziguando as dificuldades de um dos pontos. Representa também o sincronismo energético, por isso pode atenuar uma oposição ou quadradura que houver com um dos planetas em questão.

Exemplo:




Áries fogo: quente, seco
Libra ar:    quente, úmido
                 quente      Ø

Um planeta em Áries em trígono com outro em Sagitário, mas em oposição com outro em Libra.

A oposição neste caso iria anular do signo de fogo – de Áries – a qualidade seca, mas o trígono restitui esse valor qualitativo, mantendo o temperamento bilioso na questão. O importante aqui não consiste em interpretar o aspecto em conformidade com as qualidades dos planetas (não importa o significado de cada planeta), e sim – entender – a teoria sobre o trígono pela lógica dos temperamentos. Por analogia, cada tipo de aspecto funciona com se fosse uma espécie de circuito – eletrônico - entre os planetas, em razão do temperamento de cada signo; e o trígono representa o tipo de “conexão” em harmonia (mais bem sucedido).


(continua)