quinta-feira, 24 de maio de 2012

O Sentido da Quadratura II

O Sentido da Quadratura II
ESTUDOS ASTROLÓGICOS: O Sentido da Quadratura II




O Sentido da Quadratura

O próprio texto anterior deve ter suscitado a seguinte questão:
Seria possível sanar – ou pelo menos amenizar – o efeito negativo de uma quadratura?
Isso seria possível, desde que fosse alterado o sentido da quadratura, ou seja, desde que a personalidade pudesse se transformar, mudando antigos hábitos e costumes – indicados pelos elementos (inconvenientes) de sua quarta casa –, como também, considerando o planeta básico da quadratura levada em questão, e o signo no qual se encontra. O planeta básico de uma quadratura é aquele que se encontra a 90 graus desse outro, com o qual forma esse tipo de aspecto. Portanto, esse planeta caracterizado como “base” desse efeito, seria o elemento chave (denominador comum) dessa complexidade de quadratura. Pois, isso deve caracterizar, os maus hábitos, complexos ou condições emocionais negativas (viciosas) implicadas na forma de agir da personalidade, dentro dos conformes de tal aspecto. No entanto, seria preciso observar também o tipo de “trama” que  esse dito planeta poderia estar formando com a quarta casa do mapa; nisso, incluindo os signos envolvidos.
O fato é que, a quarta casa significa o setor dos complexos e das emoções objetivas, sendo portanto a base de todas as quadratura do mapa radical. Daí se deduz que, uma quadratura deve indicar como básico de seu desencadear, a influência de um complexo – da personalidade – instalado em sua quarta casa, ou, definido sob as condições de seus regentes. 
O complexo, poderia ser definido como aquela influência emocional desagradável; como também,  por aquela ´forma  pensamento´ indesejável (incontrolável), capaz de deprimir ou de frustrar. Na realidade, essa forma mental – originada durante os primeiros registros indeléveis na infância – já “crescida” ou desenvolvida, equivale a um componente ativo, capaz de exercer uma influência marcante sobre a personalidade – ao longo de sua existência. E, isso costuma se desencadear justamente no seu ciclo propício, ou seja, quando for acionado em razão de trânsitos ou progressões, como se fosse um fruto amadurecido, o qual precisa ser colhido; se manifestando através dos hábitos e costumes da personalidade.
Portanto, nessa situação, o astrólogo deveria observar a condição da quarta casa, bem como a de seu regente; a casa indicada pelo signo de Câncer; a implicação de algum planeta situado nesse signo; a Lua; e, tudo nos conformes das progressões e trânsitos atuais.
Desse modo, seria possível analisar – e talvez descobrir – a forma ideal para que a pessoa possa obter o comando de suas emoções, evitando assim, efeitos negativos de um aspecto de quadratura qualquer.
Porém, tudo isso precisa ser considerado apenas como uma solução provisória, pois, qualquer tipo de quadratura assinalada no mapa radical, não poderia ser – definitivamente – anulada; vale por toda a vida como um estímulo para o desenvolvimento.
Ampliando a teoria, com um outro sentido para a quadratura, até para significar um esclarecimento melhor, necessário se tornar envolver cada signo do zodíaco, conforme a seguinte definição:

Um signo, representando uma casa qualquer, necessariamente, deverá manter o seu crédito, base ou patrimônio – de ordem geral –, em outro a 90 graus depois dele, ou seja, numa correspondência de ordem crescente.

Conforme essa definição, então, o signo de Áries teria o seu crédito em Câncer, Touro em Leão, Gêmeos em Virgem, etc. Assim, o conhecimento desse sentido universal da quadratura existente entre Áries e Câncer, poderia significar – simbolicamente – a posse da chave do mecanismo psicológico, e, nisso, nem importaria qual a linha de psicologia (nomenclatura) adotada pelo astrólogo em termos de interpretação.  
Diante disso, seria preciso apenas considerar o signo de Áries como representante (ou arquétipo) da Coragem, e Câncer, o da Pureza. De acordo com o próprio sentido dessa quadratura, fácil seria deduzir que, a Pureza gera a Coragem.
A Coragem, em termos humanos representa o componente biológico da personalidade, seu fator de dinamismo e confiança (sentido pessoal).
A Pureza, identifica a qualidade introvertida da personalidade, determinando o temperamento, as condições introspectivas, sensitivas e emocionais.


(continua)

quinta-feira, 17 de maio de 2012

O Princípio Antrópico II

O Princípio Antrópico II
NUMEROLOGIA E FÍSICA TEÓRICA: O Princípio Antrópico II



Este setor implica numa definição – por escolha –, entre vários temas da Física Teórica, com demonstrações, em função da Lógica Relativa ou Natural (determinante de 22 axiomas), desenvolvida conforme a Linguagem da Cruz (dos 144 Números).
As explicações científicas aqui devem se processar sob um grande dilema: sua difusão; pois interessados em física não admitem uma interferência da numerologia (nem por curiosidade) em seus assuntos; e elementos mais ‘espiritualizados’, geralmente, “desdenham” o sentido científico (uma área do conhecimento racional); resultando assim num trabalho sobre textos descritos quase que “ao vento”. Portanto, tentar auxiliar os meios científicos  exige “idealismo” e grande esforço (como numa missão impossível) diante de “poucos frutos”; mas que vale a pena (por sua revelação).

O Princípio Antrópico

Conforme as descrições anteriores ‘o princípio antrópico’ serve de base – sob considerações surpreendentes e inevitáveis – apenas em razão do tipo de coerência (embora combatido por muitos) aplicado no modo acadêmico (científico). A Teoria dos 144 números, nem precisa dessa asserção como embasamento, entretanto, como isso significa o único elo (ainda restante) de sentido existencial (e eterno) para o discernimento em razão da ciência, vale o esforço de se referir ao assunto.
Um aclamado uso desse princípio ocorreu por parte do astrofísico britânico Fred Hoyle, o qual – em outras palavras – chegara a afirmar que: “Somente uma inteligência (cósmica?!) deveras superior (perfeita) poderia ter arquitetado em razão das propriedades dadas ao átomo de carbono, caso contrário, através de uma formação aleatória isso seria impossível”.
De fato, Hoyle, motivado em pesquisar os elementos à partir dos átomos mais leves (como o Hélio e o Hidrogênio) pela formação dos demais, embasado em reações nucleares no interior das estrelas, presumira de modo significativo que o carbono (essencial para a existência da vida) teria sua origem sob essas condições, um tipo de discernimento sustentado em razão do princípio antrópico, cuja confirmação dependia de certa qualidade ressonante – apresentada por esse elemento –, a qual não soubera encontrar.
No entanto, outros cientistas conseguiram identificar tal propriedade, ou seja, o denominado ‘estado de Hoyle’, o qual – de modo geral – consiste numa espécie de passagem intermediária do núcleo de hélio para o de carbono. Se esse estado não existisse, as estrelas seriam deficientes, não só para gerar o carbono, como também em relação aos outros elementos mais pesados, como oxigênio, nitrogênio e ferro.



Estado de Hoyle

O sistema de formação do carbono no interior das estrelas é conhecido como processo triplo alfa, o qual implica em duas partículas como núcleos de hélio, que reagem e formam o berílio 8, em cuja sua reação com outra partícula (alfa) forma o carbono 12; contudo, esse não seria propriamente o tipo de núcleo em seu sentido prático conhecido, seria apenas um estado especial de alta energia, ou estado de hoyle. Isso significa que, sem esse tipo específico de núcleo de carbono, a vida não teria sido possível, e o universo se apresentaria sob o estado gasoso. Para se ter uma idéia mais geral, por analogia, isso funcionaria como uma espécie de sistema heteródino (como em eletrônica) nesse tipo de integração; entretanto o processo seria bem mais complexo.

O carbono

Numa descrição apenas quanto ao essencial, o carbono, cujo número atômico é 6, ligado ao hidrogênio, fundamenta os compostos orgânicos; e com os ‘não metais’ forma produtos moleculares, podendo efetuar entre os mesmos ligações, simples, duplas e triplas. Em  ligação a outro átomo de carbono, forma cadeias que podem ser bastante grandes. O carbono é tetravalente, isto é, mantém sempre 4 elétrons em combinação com outros átomos. Dessa forma, são ilimitadas as possibilidades de se formar uma cadeia carbônica, visto que seus átomos não se ligam exclusivamente numa única direção.



Massa atômica

A massa atômica ou peso de um átomo, por ser inadequado a um aparelho de medida direta dessa massa, o meio de fazer essa avaliação sofreu durante muito tempo em sua organização. Primeiro adotaram o hidrogênio como ‘massa padrão’ 1, por ser o mais leve, o que acarretou em erros.  Então o oxigênio foi escolhido como novo padrão, sendo que para poder manter o hidrogênio com massa 1, o sistema tinha como referência de medida o valor 16. Mas, essa convenção estava gerando confusões, finalmente, para terminar com isso, em 1962, adotaram como novo padrão de peso relativo: o carbono 12.
Curiosamente, os cientistas dividiram esse átomo em 12 partes iguais e consideraram uma dessas partes como sendo a unidade de massa atômica, vale dizer, apresentando por analogia (o átomo de carbono) nesse sistema: o básico padrão do Zodíaco (seria essa mais uma observação “inconsciente” como exigência do princípio antrópico?!).

O número 6

O número 6 determina a hierarquia do Amor representada no Zodíaco pelo signo de Peixes, e, por caracterizar a décima segunda casa, num sentido astrológico significa também  a finalidade ativa (como conclusão do círculo). De modo prático, significa também: ressonância, sintonia, acuidade, etc. Podendo também conforme esta demonstração, significar o próprio carbono.
Esse número é classificado como o primeiro número perfeito, ou seja, 1 + 2 + 3 = 6.
Seu número –B-, ou seja, 6 + 144 = 150; então:
150150 / 143 = (1050) ou  42 – Princípio
150150 / 91 = (1650) ou 66 – Atualidade (“presente”)
150150 / 77 = (1950) ou  78 – Inesquecível (“passado”)
150150 / 13 = (11550) ou  30 – Tempo
150150 / 11 = (13650) ou 114 – Dedicação
150150 / 7 = (21450) ou 138 - Indulgência
Sendo que: 150 “ressonância” – 117 Direito = 33 Semelhança (“equivalência”)
Avaliando esse caso por meio dos considerados sintagmas relativos ao número 6, ou seja, segundo os termos definidos como suas variantes (ressonância, carbono, etc.), simples se torna o entendimento dessa correlação. Aliás, existe aqui um estudo mais "avançado" (para ser postado mais adiante) sobre o número 6, em que se constata por simetria um tipo de entrelaçamento perpetrado pelo mesmo através de sua configuração sob o número 870 (870 = 6 + 144 + . . . + 144). O fato é que, além de outras propriedades, o número 870 serve para comprovar as exatas posições  –  de cada número  –  no Zodíaco.


Legado utilizado como bordão:
“Todo conhecimento que não pode ser expresso por números é de qualidade pobre e insatisfatória” (Lord Kelvin).

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Psicologia Individual - Adler

Psicologia Individual
O Advento da Psicologia XVIII – Psicologia e Astrologia XI: Psicologia Individual



Psicologia Individual - Adler

Carta Natal de Alfred Adler

Alfred Adler nasceu em 07/02/1870 às 14 h 00 – Viena – Áustria.
Sol:  18º 36’ de Aquário (94 Autenticidade)
Lua:  5º 11’ de Touro (30 Tempo)
Mercúrio: 9º 5’ de Aquário (38 Congeneridade)
Vênus: 12º 28’ de Peixes (50 Raridade)
Marte: 25º 48’ de Aquário (121 Independência)
Júpiter: 12º 49’de Touro (69 Ponderação)
Saturno: 25º 50’ de Sagitário (131 Inesperado)
Urano: 18º 47’ de Câncer (93 Juízo)
Netuno: 17º 15’ de Áries (79 Consolação)
Plutão: 16º 2’ de Touro (74 Profundez)
Nodo: 27º 22’ de Câncer (132 Imaginação)
ASC: 14º 8’de Câncer (71 Estabilidade)
Casa II:  1º 9’ de Leão (5 Fidelidade)
Casa III: 20º 41’ de Leão (105 Convicção)
Casa IV: 16º 21’ de Virgem (78 Inesquecível)
Casa V: 22º 25 de Libra (107 Paz)
Casa VI: 6º 39’ de Sagitário (31 Arte)
Casa VII: 14º 8’de Capricórnio (65 Decência)
Casa VIII: 1º 9’ de Aquário (11 Misericórdia)
Casa IX: 20º 41’ de Aquário (99 Maturidade)
Casa X: 16º 21’ de Peixes (84 Higidez)
Casa XI: 22º 25’ de Áries (101 Suficiência)
Casa XII: 6º 39’ de Gêmeos (25 Confiança)

Para ampliar o que foi expresso anteriormente (em Interpretação – Início), dirigido de modo especial aos (aspirantes) astrólogos, quanto ao sentido inicial para se obter uma boa interpretação astrológica; em razão desta carta de Alfred Adler (indicada aos iniciantes), necessário se torna ressaltar uma certa característica deveras simples, cujo significado pode servir de fundamento (base geral), o qual se encontra nessa acentuada distribuição dos planetas acima do horizonte, fato reforçado por questão de Saturno ser o único abaixo (isolado); pois isso pode servir para sintetizar o próprio tema.
Nem seria preciso realizar um estudo de sua biografia para se poder reconhecer (com o mais simples conhecimento sobre sua vida) a enorme significância desse aspecto astrológico em seu mapa. A maioria dos planetas sob essa configuração já indicaria (de modo geral) uma personalidade predisposta (ansiosa) a se sobressair entre seus “semelhantes”;  embasando dessa forma o sentido de seus interesses (pessoais terrenos e existenciais), nos quais poderiam estar incluídos – embora inconscientemente – até aqueles tipos de “propósitos predestinados” em benefício humanitário; conforme de antemão, outros aspectos indicam, em cujas suas qualidades apresentam fatores determinantes – inclusive – para uma análise (mais avançada) de ordem espiritual. Saturno, na sexta casa (abaixo), ou seja, considerado como indicador de consistência, indica um esforço inaudito em função das realizações (válido também como regente do signo solar: Aquário). Urano, no Ascendente (também regente do signo solar) esclarece ainda mais as circunstâncias pessoais conforme foram assim definidas. Esse seria um padrão (de fixidez) definido apenas nos conformes da astrologia comum.
Aliás, para reforçar essa característica básica o próprio sentido de seu nome vale como referência:

Alfred: 46 Popularidade (consoantes: 40 Penitência; vogais: 6 Amor)
Adler: 40 Penitência (consoantes: 34 Familiaridade; vogais: 6 Amor)
Total do nome: 86 Proeminência (consoantes: 74 Profundez; vogais: 12 Graça)

Outra consideração relevante da carta se define em razão dos inúmeros (maioria) aspectos entre o Sol (significador de ego, vontade e centralização); determinando assim um grande predomínio em função desse planeta; o qual ainda se encontra no grau de  ordem zodiacal que expressa a Autenticidade (94 = simultaneidade ou identidade), ou seja, um fator, como já foi descrito, oposto aos termos de equivalência (33 Semelhança; ou igualdade pela comparação de certas qualidades exatas); resumindo, isso pode indicar uma certa dificuldade para aceitar certas analogias definidas através de elementos equiparados; pois isso pode resultar em considerações – quase sempre –  consistentemente diferenciadas.
Saindo um pouco – da linearidade – dessa exposição sobre o Sol, isso até justificaria o fato dessa carta apresentar o eixo Touro / Escorpião “ilhado”. Esclarecendo, um eixo “ilhado” se define em razão de dois signos opostos não constarem como indicadores de suas necessárias cúspides na carta, como neste caso; Touro e Escorpião não demarcam tais fatores, os quais, respectivamente, representariam as casas XII (Touro) e V (Escorpião); e, isso reflete uma lógica importante em termos de uma boa interpretação (conforme uma teoria já divulgada). Redefinindo: isso significa que, uma personalidade sob tal condição, simbolicamente, não conhece e requer – prontamente – poder desvendar (por si própria) as qualidades naturais (inerentes e indispensáveis) determinadas por esse tipo de eixo (faltante).
Nessa situação (de Adler) o tipo de carência, o qual sempre deve se manifestar sob um impulso – irresistível – de busca (do insight), seria quanto ao significado geral (natural e existencial) dado pela redefinição (obrigatória) de valor (Touro / Escorpião) desde seu nível inferior (como se através de uma escala ascendente), cuja contingência poderia implicar em vários anos de indagações (muitas vezes, sem as almejadas conclusões) que pelo esforço, vale como experiência.
Para identificar ainda mais essa situação a segunda casa (um setor análogo a Touro) se encontra em Leão, cujo planeta regente, o Sol, se situa em Aquário, o signo que define a oitava casa (um padrão relativo a Escorpião). Sob essa lógica (de padrão astrológico) se torna congruente (ou analítico) aquilo que o próprio Adler assumiu (com orgulho) como sendo sua melhor teoria, ou seja, o famoso complexo de inferioridade.
Por experiência em termos de interpretação astrológica, o sentido desses aspectos dados até aqui, vale como um tipo de padrão, cuja qualidade seria imprescindível para embasar vários detalhes em razão desse tema.
Voltando aos aspectos (considerandos relevantes) do Sol (94 Identidade):
Conjunção (pouco expressiva em termos de orbe) com Marte (121 Independência); quadratura com Júpiter (69 Ponderação); quincúncio com Urano (93 Juízo); sextil com Netuno (79 Consolação); quadratura com Plutão (74 Profundez); sextil com Lílith  (96 Concórdia) e biquintil  com o ASC (71 Estabilidade); ressaltando que o mesmo rege tanto a segunda com a terceira casa.
Dado ao criterioso sentido dessa configuração seria exaustivo explicações exatas ou em circunstâncias minuciosas (com frases alongadas); portanto, deve ser enfatizado apenas as seguintes características (essenciais):
Como fundamento do tema isso já caracteriza o mecanismo (em parte) daquilo que ele próprio definira como Psicologia Individual; uma denominação claríssima em razão desse circuito planetário; pois, com o Sol nessas condições (ainda regente da segunda e da terceira casa), ele procurava se expressar com precisão (sem omitir valores significativos; até de certa forma ingênua).
Indica também que podia controlar em sigilo (seu sintoma indefinível) que atualmente se define como transtorno; em seu caso relacionado ao pânico. Freud, que já suspeitava dessa situação, depois de sua dissidência do grupo o acusara de paranóico.
Sob tais considerações em que a base já foi estabelecida; no entanto, tudo isso deve valer apenas como resultado analítico de âmbito geral, pois, o tema dessa personalidade pode ser desenvolvido (muito mais).

(continua).


terça-feira, 1 de maio de 2012

Mitos da Voracidade II

Mitos da Voracidade II
MITOLOGIA E ASTROLOGIA: Mitos da Voracidade II

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo ou de outra característica astrológica.

Mitos da Voracidade



Electra e Orestes

O repúdio de Electra em vistas ao adultério de sua mãe – Clitemnestra –, se mostrava sob certa prontidão infamante, visto que, tal amante, Egisto, se constituía no pior inimigo daquele reino (por questões do passado). Orestes era seu irmão caçula, ao qual ela providenciara sua fuga e proteção (em razão das intenções criminosas de Egisto) junto de seu tio Estrófio, rei da Fócida; em cujo reino esse menino cresceu (durante a guerra de Tróia). Após o assassinato de Agamêmnon – seu pai, o qual tinha voltado triunfante de Tróia – praticado por Egisto junto de sua mãe, o ódio de Electra crescera sob a mais inflamada “sede” de vingança (por ser tratada nesse período como escrava). Orestes, já adulto, sob os desígnios do oráculo, se mantinha no dever da desforra, em razão de seu pai ter sido assassinado e seu reino usurpado. 
Orestes, noticiado como morto, por “pura”estratégia, se instalara na casa de sua irmã, tendo assim se “saciado” – como um faminto – com o incontido veneno de Electra,; absorvendo então o pleno sabor do ódio, em cuja ressonância determinara sua mais drástica vingança (de efeitos colaterais em razão de outro mito).
Disso resultou a atitude de Orestes, o qual primeiro trucidou Egisto, tendo depois a fúria de decapitar sua própria mãe; como se fosse apenas (inconscientemente) pelo exato mandato de Electra (autora fundamental desse fato).



Eresícton

Eresícton (ou Erisíchton), filho de Dríops (descrevem alguns como avô materno de Ulisses), era um homem deveras sem escrúpulos que desprezava os deuses. Por acaso, ao adentrar um bosque, o qual – inesperadamente – era consagrado por Demeter (Ceres); cujas árvores serviam de habitação das dríades; esse, dominado pelo encanto, decidiu profanar o seu achado (um recanto natural). 



Impreterivelmente, resolveu iniciar sua ousada “obra”, aplicando seu machado na mais frondosa das árvores, a qual, de imediato se manifestara – de modo inexplicável –, como se pudesse expressar sua dor  diante dos golpes seguidos; cuja qualidade de seus sons (emitidos com coerência) definiam súplicas em termos de piedade; fato que o alegrou ainda mais.



Tristes e abatidas as dríades clamaram a intervenção de Demeter, a qual encarregou a Fome de punir essa impiedade. Assim, em cumprimento de sua missão, essa entidade medonha invadiu os aposentos do desalmado Eresícton, o qual se mantinha adormecido. Dessa forma, impulsionada pelo ritmo de sua respiração, essa criatura indesejável conseguiu adentrar suas veias, impregnando assim o seu sangue com um tipo de veneno – expressamente – pessoal, cujo efeito, no sentido de seus “sonhos” – definidos mais como pesadelos –, passou a determinar sensações de um inesgotável apetite.
No dia seguinte, as condições de sua rotina se modificara em razão da voracidade de seu apetite realmente insano. E, com o passar do tempo, seus gastos com a despensa, que aumentavam a cada dia, se tornaram incontroláveis, cujo único recurso consistia na venda inevitável de seus bens, os quais finalmente também se esgotaram. Sem outra alternativa, apelou pela venda de sua filha Metra, como escrava.


Mas, pelo fato dessa moça ter sido agraciada com a proteção de Poseidon; cujo deus a transmutara no momento exato em trajes de um pescador, condição que permitiu sua fuga do cativeiro; voltando assim  para o seu malfadado lar, sob auspiciosa recepção de seu pai, sempre motivado pelos seus interesses (insaciáveis). Por ingenuidade, Metra fora vendida várias vezes como escrava, sendo porém sempre salva pelo deus através de novas metamorfoses.



Entrementes, numa noite de significado extremamente macabro, Eresícton, por não ter como se servir no jantar, num ataque de loucura, passou a devorar suas próprias partes corporais até o seu derradeiro instante.


A Fome

A Fome era filha da Noite, geralmente, representada na entrada dos Infernos; mas, também podia ser vista arrancando com as unhas a escassa erva de um campo árido, sempre acompanhada do Frio e do Medo; sendo descrita como uma mulher, de extrema magreza, de olhos fundos e pele distendida, ressaltando os ossos.



A Volúpia

A Volúpia era representada sob os traços de uma bela mulher, cujas faces rosadas acusavam o uso artificial  de cor; com seu olhar lânguido expressava moleza e falta de modéstia; tendo sempre ao lado uma bola alada de vidro (indicando leviandade).

Comentário:

O número 48 (Apetecível) caracteriza os fundamentos expressos em função desses mitos, sendo que, conforme a mitologia (geral), inúmeras outras passagens descrevem fatos implicados nessa questão da voracidade; como por exemplo, nas citações sobre Cronos, Zeus, o Minotauro, Medéia e tantos outros mais; entretanto, os aqui escolhidos representam de modo seguro esse sentido, cuja qualidade numérica também poderia significar: apetite, fome, volúpia, vazio, desejo, paixão, incompleto, faltante, fator de exigência, descontrole, instinto, etc. No entanto, não poderia ser definido (ou confundido) como Virtude (89), por se tratar realmente de uma exigência em termos existenciais (Apetecível 192 – 51 Realidade = 141 Reverência); uma das facetas dado ao mito de Eresícton tende a expressar essa característica.

47 Realização / 48 Apetecível / 49 Heroísmo

O Apetecível (48) se expressa como intermediário da capacidade (ou necessidade) de realização com seu potencial de decisão, um fator estimulante e motivador (49); em cujo sentido de sua intercalada função, precisa estabelecer um certo tipo de equilíbrio, pois, seu Meio Ativo (conforme o quadrado da cruz) implica em necessários reajustes em razão de seu fator: 55 Harmonia (característica válida como instrumento desse padrão).
Dessa forma, em condições naturais esse fator poderia ser exaltado como um tipo de benção dado ao seu benefício em todos os percursos em termos existenciais (48 – 32 Naturalidade = 16 Privilégio), pela sua própria natureza, cuja qualidade ideal depende de comando (Regime 76 – 28 Providência = 48 e Prudência 129 – 81 Revogável = 48).
Sem a devida precaução essa “força” poderia se voltar contra o seu próprio “senhor” (Apetecível 192 – 63 Incomensurável = 129 Prudência). Por isso esse número pode ser interpretado também como conceito de livre arbítrio (48 + 144 = 192); e, curiosamente, seu número –B- resulta somente em 48 e 96 (seu dobro), ou seja: 192192 / 143 = 48 . . . 192192 / 7 = 96; quer dizer, implica num fator (de egoísmo) que somente clama por si próprio (48), indicando por outro lado a possibilidade de submissão (96 Concórdia), desde que seja comandado.
Em Píramo e Tisbe, um mito muitas vezes reaproveitado (por adaptação) por alguns romancistas (até atuais), como se esse fato (o suicídio) caracterizasse o amor heróico (49), o qual não se reformula assim, entretanto, sob essa circunstância, sua qualidade essencial (como interpretação), cujo fundamento real se expressa apenas pelo sentido de voracidade (paixão, volúpia e descontrole).
Conforme o processo indicado em ‘Penas Irrevogáveis’, que nesse caso implicaria em 48 + 44 = 92 Arbítrio e 48 + 35 = 83 Fraternidade; ou, traduzido em palavras: o Apetecível (48) não se encontra no direito de acarretar num livre arbítrio  (o qual deve prevalecer sob os desígnios de uma criatura humana) levado aos extremos, cuja mácula afetaria o sentido de Fraternidade; e, nessas circunstâncias a forma de sublimação só seria possível em razão da Higidez (84). Nisso se define todos os males e transgressões humanas; uma decadência espiritual em razão de um predomínio de ordem animal (fisiológico).


Legado utilizado como bordão:
“Todo conhecimento que não pode ser expresso por números é de qualidade pobre e insatisfatória” (Lord Kelvin).