segunda-feira, 25 de abril de 2011

Aspectos Menores

Aspectos Menores

ESTUDOS ASTROLÓGICOS: Interpretação
O Circuito Astrológico – definição dos Aspectos: Aspectos Menores
Anterior: A conjunção







Aspectos Menores



O Quincúncio   

O Quincúncio representa um aspecto sutil de transformação, por processo indireto, onde o meio ambiente implica numa condição de reforma, quase imperceptível pela consciência. Se a Oposição divide o Zodíaco em duas partes o Quincúncio “oscila” num parâmetro que permeia cada uma dessas partes. A premissa é tida pelo fato de um signo estar em oposição a um outro específico e, em quincúncio com dois outros vizinhos ao oposto. Exemplo: Áries é oposto a Libra, se encontra  em quincúncio com Virgem, de um lado, e de outro, com Escorpião. Em outras palavras, o quincúncio se assemelha a um pêndulo que oscila, tendo como centro uma oposição. Matematicamente, seria representado assim:

Áries – Quente e Seco – Bilioso – Cardinal

Virgem – Frio e Seco – Nervoso – Mutável
               2 x seco         quadratura - trígono


Áries – Quente e Seco – Bilioso – Cardinal

Escorpião  –  Frio e Úmido - Linfático – Fixo
                     Ø              quadratura -  trígono


Como se pode notar algebricamente vai ter semelhança em alguns casos com o sextil, com a quadratura e com o trígono. Quando há analogia com as qualidades de úmido ou seco, tem semelhança com a oposição e com o sextil; por temperamentos com a quadratura e por fase com o trígono; por isso é que representa um aspecto de transformação. Pelo fato do quincúncio ter uma influência indireta, implica sempre numa atitude arbitrária da pessoa, quer dizer, numa reforma requerida, embora de livre escolha da personalidade.

Existem dois tipos de quincúncio; um que libera a qualidade de seco ou úmido e, outra que anula todas as qualidades. Exemplo:

Áries Bilioso      –      Quente e Seco

Virgem – Nervoso   –     Frio e Seco
                                        + Seco

Áries – Bilioso     –     Quente e Seco

Escorpião – Linfático – Frio e Úmido
                                            Ø

O Quincúncio que libera uma das qualidades de seco ou úmido pode ser trabalhado, pelo aproveitamento dessas características, quer dizer, tem o poder de transformar uma situação, utilizando o senso de conservação (seco) ou o da distribuição (úmido). O outro tipo de quincúncio também não é negativo e pode representar um estímulo que vai depender da evolução pessoal.


O Semi Sextil


O Semi Sextil é um aspecto de atuação variável, dependente sempre, da configuração geral dos planetas. Pode atuar como um “ponto” de apoio ou estratégico que vai influir na relação energética de um sextil, de uma quadratura, de um trígono ou de uma oposição. Para interpretar esse aspecto, antes de tudo é preciso analisar o “circuito planetário”.

Circuito Planetário é o relacionamento energético realizado por todos os planetas entre si, ou seja, na realidade qualquer planeta está ligado a outro, mesmo que não haja aspecto simples. O fato é que cada um deles recebe uma energia proveniente da mesma fonte, dentro de um sistema planetário comum. O sistema planetário é coeso e forma um todo, assim como um átomo, uma célula, etc. O circuito planetário funciona por analogia como um conjunto de baterias elétricas, ligadas entre si, umas em série outras em paralelo e ainda outras tantas, impondo resistência, atenuando a fluência energética mas, gerando calor e trabalho.





Por exemplo: supondo o Sol em Touro em sextil com Saturno em Câncer. Eles por analogia formam uma bateria em série, onde a energia de um, assim como a energia do outro vão resultar numa adjunção de valores de efeito (estímulo) mútuo. Agora, acrescentando, por exemplo, Plutão em Leão, em quadratura com esse mesmo Sol, isso vai representar uma resistência, uma "fricção" ou defasagem, mas o sextil com Saturno também vai entrar no circuito, cooperando de forma energética. Se esse mesmo Saturno estiver em semi sextil com esse mesmo Plutão, então se torna possível ampliar essa análise, com o seguinte raciocínio: Existe uma tensão energética entre o Sol e Plutão, por uma questão de defasagem (quadratura), mas Saturno em fase com o Sol (sextil) atenuará o choque, porque está em semi sextil com Plutão; o semi sextil, neste caso, funciona como um ponto de apoio ou estratégico. Essa pessoa em questão poderá ter um temperamento arrogante (Sol em quadratura com Plutão) mas diante de uma situação emocional difícil, se controla para evitar “grandes desastres”. Pela observação desse 'circuito planetário' global de um tema astral, é possível encontrar semi sextis nos mais estratégicos pontos, ora auxiliando uma quadratura ou oposição e por vezes impondo resistência a um trígono de forma bastante sutil e imperceptível.


(continua)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Valor Real das Coisas

O Valor Real das Coisas

FILOSOFIA DOS NÚMEROS: Setor em que o autor expressa sua opinião; talvez ou muitas vezes não condizente com a própria opinião de algum outro leitor.
Anterior: O Valor Real das Coisas - 1 - 2 -

Uma nova série em substituição – mais eficiente – do tema: A Palavra e a Cruz; pois se desenvolve em razão da suposta parábola: Quo Vadis.



O Valor Real das Coisas

Primeiro é preciso salientar a relação entre Valor e Preço, pois, entre um e outro existe uma diferenciação. O Valor em seu sentido existencial se constitui – por composição – em razão de “interesses” do Livre Arbítrio (Valor 152 – 60 Compostura = 92 Arbítrio); portanto, um fator (bem determinado) quase sempre sob a contingência da vontade humana, que é portadora desse privilégio, embora, apenas em sua limitação; entretanto, de grande influência na formação de muitas coisas. Evidentemente, em toda determinação de um valor – em razão do livre arbítrio – se encontra o sentido da Reciprocidade (Nº 140) como Finalidade Ativa desse fator (observar ilustração).




Hierarquia do Respeito = Valor – Conhecendo o indicativo de cada Número, fácil se torna interpretar essa hierarquia conforme a representação de cada Casa do Circulo Zodiacal. Vale ressaltar também que, em termos de Valor: o fato se torna «o 8 (Ascendente) ou o 80 (Descendente)» – como se diz popularmente.

Em síntese, o inconsciente (fator oculto) de cada Valor (termo com o potencial de cobrança) se encontra no Livre Arbítrio (Nº 92) de “quem for capaz”, como portador dessa virtude; para se tornar responsável por tal “manipulação” (de implantação existencial). Pois, tudo se constitui em “espírito”, conforme os vários níveis existentes – ou determinados – na escala infinita desse fator (o que justifica suas inúmeras espécies). Logicamente, no exercício desse mecanismo – pelo privilégio do livre arbítrio –, não poderia deixar de se expressar o elemento “Preço”, mesmo porque (como já foi acentuado), a Finalidade Ativa de cada Valor (seja lá do que for) é sempre no sentido da Reciprocidade (Nº 140). Alguns “integrantes” da humanidade (que nem sabem ainda até quando, serão?!) criticam a Criação Existencial (em seus indébitos “deleites” intelectuais), quanto ao sentido da Realidade Absoluta (por questão da Verdade e Justiça), ou melhor, pela permissão – ou existência – de um chamado “inferno” (existente para o após morte de “incorretos”, como penalidade); uma definição que os mesmos nem sempre admitem; sendo no entanto, apenas uma condição criada em função do livre arbítrio humano (limitado, mas influente). Ora! Isso não passa de uma forma indigna de se redimir da Responsabilidade (Nº 37) Existencial; mecanismo muito bem “manipulado” pela espécie humana, a qual desdenha até em saber, no que implica realmente a  lógica da inamovível Eternidade.

O Preço, já se define em razão de um valor determinado por uma condição social ou, em função de conjunto; pois se conclui apenas pelo mecanismo natural (lei) da Oferta e da Procura. Portanto, equivale a uma Responsabilidade de porte coletivo. Disso se conclui que o Preço também implica em valor, no entanto, de modo inevitável. Se a humanidade enaltecer em demasia “esportistas” ou profissionais do “lazer”, em detrimento das atividades espirituais, ninguém será capaz de impedir (embora isso seja um horror) a difusão da obscuridade. A escolha pessoal já se deflagra como autêntico Valor Existencial.

Escolha e Necessidade – Para se encontrar o justo Valor das coisas: não deve haver escolhas, aonde não existirem ofertas (escolher = ter opções); assim como,  também não deve haver procura daquilo que não se necessita (procurar = dom espiritual); isso vale num sentido moral – de bom senso –; influência nefasta que os meios (terrenos) procuram impor (incutir). Entretanto, nem por isso seria um crime usufruir as dádivas da criação (nem mesmo as opulentas riquezas terrenas).

Quo Vadis

Quo = 53 Inexorável (consoantes = 17 Criatividade; vogais = 36 Saciedade)

Vadis = 55 Harmonia (consoantes = 45 Legalidade; vogais = 10 Pureza)

Geral = 108 Discernível (consoantes = 62 Explícito; vogais = 46 Popularidade)

A parábola (se for aceita como tal) expressa tudo isso e segue além, indicando o caminho correto (de modo exigente) como alerta, num sentido existencial (eterno), embora, também como “ultimato” (em termos contemporâneos: por isso só agora está sendo interpretada ou revelada).

Quo – Como alerta, determina algo de fundamental importância aos seus “seguidores”: a existência humana (definida pela ciência como princípio antrópico) se constitui apenas de (parte) uma obra (por dádiva) e isso deve ser retido (Nº 53) como “pedra fundamental” (pelo próprio sangue) entre os sinceros pesquisadores em suas reflexões (ou lucubrações?!). Vale salientar, ninguém deve tomar decisões abruptas sem antes assumir (ou relembrar) sua própria origem: como sendo a de uma simples parte (semelhante a um ponto) de uma obra incomensurável – muito embora, natural, perfeita e maravilhosa. A humanidade também precisa se acostumar a reconhecer em cada personalidade (ou celebridade, como em certos casos arbitrários denominam), se tratar sobretudo de uma criatura humana, e como tal com Respeito (Nº 8); uns não são melhores que outrem, nem mesmo em razão de funções especiais.

Vadis – Apresenta também uma exigência voltada aos dirigentes (políticos, religiosos, etc): as leis (Nº 45) devem ser dotadas das mais lhanas qualidades de Justiça (possíveis); se a humanidade realmente almeja alcançar a Harmonia (Nº 55) entre os povos. O fato é que (conforme ilustração), a 10ª Casa da Hierarquia do Valor (que torna explicito os dirigentes da sociedade), ressalta a Paciência (um significador de “pacientes”), ou Nº 116, um certo indicativo também de “doença”; acusando assim os mesmos, em suas atuações (em razão de melhores “sanidades mentais”); portanto, propensos a se tornarem “culpados” num sentido existencial (eterno). A Mensagem, revela um rumo existencial obrigatório (Nº 53) por questão da Harmonia (Nº 55); realizável em função do conhecimento de todos (Nº 46) – sobre a Criação –; como única opção (em termos contemporâneos): onde cada um deve personalizar seu próprio caminho pelo saber (com naturalidade). Num sentido lógico (entre os números), Quo Vadis, implica na Opinião – ou noção – de cada um (Nº 100 Opinião) sobre o Valor (Nº 8) Real das Coisas; exigindo portanto, convicção em função desse percurso – perfeitamente delineado. Se Pedro (de modo vacilante), não voltasse à Roma para – também – ser crucificado (conforme o sentido literal da parábola), na certa, teria servido apenas como paradigma (por ter sido discípulo) da “fé”, sem expressar (por destemor) sua convicção, necessária em razão do que indica a mensagem. Assim, de modo explícito (Nº 62) aos pesquisadores espiritualizados, isso vale muito mais do que aquela frase: “Ser ou Não Ser...”, tão decantada – e idolatrada – pela racionalidade durante séculos; muito embora, Quo Vadis, em sua interpretação, não seja assim de porte muito simples, dada a sua extensão (conteúdo).
(continua)


Legado utilizado como bordão:

“Todo conhecimento que não pode ser expresso por números é de qualidade pobre e insatisfatória” (Lord Kelvin).

domingo, 17 de abril de 2011

A Décima Primeira Casa

A Décima Primeira Casa

MITOLOGIA E ASTROLOGIA - Mito de Aquário: A Décima Primeira Casa
Anterior: Mito de Aquário – Interpretação
Interpretação baseada em: Triângulos na Astrologia

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.



A Décima Primeira Casa

Conforme a sistemática aplicada em análises anteriores, a 11ª Casa tem como característica os seguintes termos: A = Aquário; B = Gêmeos e C = Libra.

A = Aquário – A 11ª Casa representa os vínculos universais, as amizades, as associações fraternas, bem como o magnetismo, a aura e as criações com finalidades coletivas ou filantrópicas; revelando o plano intuitivo que como dádiva promove a inspiração. Em termos existenciais (espirituais): é a cúspide de maior significado, pois mantém como instrumento (ou possibilidade de manipulação) o sentido do carma pessoal, o qual se apresenta sob a forma intuitiva como missão; e onde se sofre a censura, quando se tenta intervir em auxílio num sentido humanitário (muitas vezes de ordem geral), sendo reprimido exatamente por essa questão.
B = Gêmeos – A livre escolha da 11ª Casa se define na 3ª Casa. São nos relacionamentos comuns – do dia a dia –, no dom de comunicação ou na atuação racional que se expressa: a originalidade, o poder da aura, o magnetismo pessoal e a inspiração. A manifestação autêntica de amizade também promove o auspício da chamada “voz interior” (num auscultar espiritual) como doação ao próximo (conselhos leais); não importa de que forma (até mesmo quando ocorre entre mentes “levianas” e indignas, desde que em função do bem); pois só se expressa pela sensatez; se revertendo portanto num sentido evolutivo pessoal.
C = Libra – A expansão da 11ª Casa ocorre através da 7ª Casa. A missão da 11ª Casa se constitui numa realização de interesse mútuo; o magnetismo da aura, a amizade ou a fraternidade tem por interesse proporcionar o equilíbrio (Libra) tanto individual como social. A Amizade como fator de expressiva consolidação da pureza existencial, implica na oportunidade de “troca” entre elementos análogos e homólogos; pois deve haver a recíproca de “favores” (sob a condição de cada disponibilidade); no entanto, conforme a própria característica do equilíbrio (Libra), mas nunca em razão de cobrança.

O triângulo da objetividade da 11ª Casa mantém os seguintes elementos: A = Peixes; B = Câncer e C = Escorpião.

A = Peixes – Os recursos da 11ª Casa (amizade) dependem da 12ª Casa (carma). Os anseios de realização filantrópica estão associados ao carma da personalidade; condição apropriada para definir destino e livre arbítrio: O carma ou destino se constitui de uma programação arbitrária do espírito que, tenta redimir os erros do passado, pelo desenvolvimento do senso de fraternidade e para a sua ascensão. A criatura humana (terrestre) costuma se "embaralhar"  em suas reflexões (em razão de qualquer “tropeço”), sempre acusando – como numa espécie de “birra” – sua qualidade existencial (contemporânea); apesar de ser o único portador da possibilidade de manipulação de seu próprio destino; conforme indica o Meio Ativo de sua 11ª Casa, um recurso providencial, indicador de todas as soluções (inclusive em termos de coletividade); cuja palavra chave indicada seria: Humildade.
B = Câncer – A 6ª Casa da 11ª Casa se desenvolve na 4ª Casa. Nascida, necessariamente em determinada família, cada pessoa obtém por hereditariedade, costumes, hábitos, educação (inclusive psicologicamente) e sua qualidade vital (aura) em conformidade com seu próprio grau de desenvolvimento existencial; o que deveras inclui seu sentido humanitário.
C = Escorpião – O MC (10a Casa) da 11ª Casa vale como 8ª Casa. O renome ou culminância do grau de fraternidade, se alcança nesta vida terrena, pela transformação dos desejos inconscientes, condicionados em vidas passadas. Este setor em termos de propósito espiritual, se identifica com um tipo de alerta em razão da 11ª Casa, cuja lógica expressa o seguinte: aquele que não desenvolveu em sua atuação contemporânea a qualidade humanitária (como diluente do carma), deveras não viveu (pelo menos, com seu devido proveito), por mais anos de consistência terrena tenha conseguido; pois esse fator (astrológico) poderia até ser denominado como: a resolutiva cúspide das “causas impossíveis”; e mantida como palavra chave: Disponibilidade (recursos).

O triângulo do relacionamento da 11ª Casa se estende nos seguintes elementos: A = Áries; B = Leão e C = Sagitário.

A = Áries – A 3ª Casa da 11ª Casa depende da 1ª Casa (Ascendente). A comunicação de ordem magnética, intuitiva ou inspiradora se expressa pelo – correto – comando do corpo físico; ou nos conformes de um temperamento refinado. O potencial da 11ª Casa em sua manifestação, vai depender de um certo aprimoramento físico (orgânico), pois se encontra apenas de forma latente como virtude; valendo portanto só como uma possibilidade de manipulação; o que poderia ser identificado pela palavra chave: Oportunidade.
B = Leão – A 7ª Casa da 11ª Casa depende da 5ª Casa. A relação do magnetismo só ocorre espontaneamente (sob um livre arbítrio), numa implicação de alegria e satisfação. A amizade – legítima – só se define incondicionalmente; fato que pode ocorrer até entre um ser humano e um animal; pois, envolve apenas simpatia, sinceridade, sensatez e “casta adjunção” coerente de harmonia; fator de alto valor evolutivo; cuja palavra chave é: Fraternidade.
C = Sagitário – A 11ª Casa representante dela própria (11ª Cúspide) perfaz a 9ª Casa. O senso de fraternidade é um conteúdo da alma; os amigos da aura são as formas pensamentos associadas ao plano mental (filosofia). A síntese do fator humanitário (fraternal) se constitui por um padrão de Justiça, consolidado pelo senso (cada vez mais aprimorado) em plena expansão existencial; por isso indicado pela palavra chave: Inesperado.

O triângulo do destino contem os seguintes elementos: A = Touro; B = Virgem e C = Capricórnio.

A = Touro – A 4ª Casa da 11ª Casa se sustenta pela 2ª Casa. A inspiração (intuição ou potencial magnético da aura) desabrocha em função da qualidade (valor ou importância) emocional, ou seja, em razão de fatores endócrinos. A prosperidade do fator humanitário (fraternidade) depende – quase que exclusivamente – dos padrões adotados em termos familiares constitucionais (genéricos), ou seja, quanto aos valores outorgados aos filhos; cuja função estaria implicada nessa carência (disfunção) de ordem coletiva.
B = Virgem – A 8ª Casa da 11ª Casa se revela na 6ª Casa. A transformação da aura inclui o metabolismo de ordem fisiológica (condição psicossomática) em razão da harmonia. Na realidade não existem anomalias da alma (ou do espírito), e sim, em razão da personalidade (elemento sob a função de conjunto), a qual se estropia por questão de sua estultícia existencial, fato expressado pela “indiferença”, quanto aos recursos disponíveis pelo padrão da higidez; ato estúpido que, poderá determinar um fúnebre e “eterno” estado de entorpecimento espiritual (por esse desprezo aos valores da 11ª Casa); cuja lógica apresenta a palavra chave: Progresso.
C = Capricórnio – A 12ª Casa da 11ª Casa visa a 10ª Casa (MC). O Carma humanitário implica na culminância do indivíduo; portanto, a dificuldade das fraternidades – num sentido de evolução coletiva – se encontra no fator de condicionamento: determinado pelos interesses (econômicos) das sociedades terrenas. Infelizmente, todo elemento de ordem humanitária – como autêntico representante da 11ª Casa – depende desse fator (avanço) de ápice social; pois só assim, se torna possível difundir uma opinião de auxílio (divulgação de um recurso efetivado pela boa vontade); disso resulta como palavra chave: a Súplica (um dos mais fortes meios da providência eterna, desde que haja a sensatez).

O Signo de Aquário (representante da 11ª Casa) se encontra no Zodíaco sob o regime do Modelo Universal da Misericórdia, que como hierarquia mantém os seguintes (termos relativos aos números):

11 – Misericórdia; 23 – Humildade; 35 – Oportunidade; 47 – Realizável; 59 – Magnetismo; 71 – Estabilidade; 83 – Fraternidade; 95 – Progresso; 107 – Paz; 119 – Disponível; 131 – Inesperado; 143 – Súplica.



(continua)

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Mito de Aquário

Mito de Aquário

MITOLOGIA E ASTROLOGIA - Mito de Aquário: Interpretação
Anterior: Aquiles

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.




Aquário como Princípio Ativo

O símbolo  ––  de Aquário   sendo composto pelo duplo grafismo egípcio da água, pode indicar o seguinte princípio: A Unidade discerne sua validade (lógica) por questão da dualidade, outorgando assim valor ao sentido de conjunto entre suas próprias unidades (partículas); e isso seria uma analogia através do simbolismo da água, caso a gota fosse aplicada como um simples elemento de reflexão (unitária). Isso define simultaneidade em termos da lei do movimento; por isso o Aquário, apesar de ser um signo fixo, rege o novo (mutável), a evolução e o futuro. A Característica dessa fixidez (diferenciada em razão de outros signos fixos) remonta – em definição – o fundamento essencial da criação, ou seja, a lei do movimento, a qual está implicada – pela sua complementação – no sentido de conjunto; fato a ser discernido apenas por questão do perfazimento de uma progressão eterna; pois, conforme essa função indica: se tornaria impossível um termo (finalização); ou seja, não poderia haver repleção existencial, porque tudo assim se organiza em razão do infinito; e nisso se encontra a dificuldade de compreensão desse signo. No mito, Epimeteu criou as formas de seres terrestres nos 'conformes' desse padrão: todos os animais; de acordo com o fator de progressão entre as irradiações (como paradigmas) existenciais ou primordiais. Prometeu, entretanto, como supervisor, notou que faltava – pelo desfecho dessa obra – uma espécie de ser capacitado, em razão de uma continuidade deveras necessária, quanto a sustentação desse princípio; por isso, idealizou a criatura humana (criada da forma mais ínfima: do barro); que para seu perfazimento requeria o poder do fogo (espírito). Determinava assim um elo indestrutível entre a matéria (reino terrestre) e os planos superiores através da criatura humana: um elemento válido como “observador” existencial (do mundo), como simples “hóspede”; fato já constatado pela física sob a definição de: Princípio Antrópico, o qual poderia até ser denominado: Princípio de Prometeu. Esse signo, regente do magnetismo, que tem certa semelhança com a fraternidade, faz atuar a lei de atração pela lógica de coesão – em termos universais – podendo por isso, implicar em “sobrecarga” (pessoal), em razão de estar – dessa forma – propondo a adjunção de tudo num único ponto; do mesmo modo como Prometeu reagiu, pela idealização de sua criatura imprescindível, a qual deveria portar as qualidades existências de tudo, entretanto, coerentes, como num reverso do caos. O homem isolado ou desarraigado se ajusta – por integração – com a humanidade, conforme essa recíproca de acuidade em razão do conjunto; no entanto, nem por isso perde sua identidade (ou seu livre arbítrio), pois apenas evolui ao revogar seu egoísmo, para poder – gradativamente – ir atingindo a consciência cósmica, a qual condiciona o sentido espiritual de fraternidade universal. Deucalião e Pirra conseguem determinar uma nova humanidade através das pedras que são atiradas para trás; pois o Aquário vale como resgate do que ficou perdido por causa da cegueira no passado, implicando assim em nova visão do futuro, um propósito para as futuras gerações; indicando também a passagem da racionalidade humana para o sentimento intuitivo, como promissora qualidade espiritual, porque disso resulta o senso filantrópico – o altruísmo. Entretanto, quando o senso de conjunto é negativo sua qualidade pode evidenciar: rebeldia, utopia, competitividade, traição, conspiração, etc. Aquiles expressou crueldade em sua vitória sobre Heitor. Tendo Leão como Princípio Passivo – Indica que quem deve brilhar é o outro; pois o “tu” vale como fator de centralização; e ademais, este elemento é reconhecido – e aceito – como estando ainda sob a condição de racionalidade (por causa  do Meio Passivo em Virgem), ao contrário de seu Meio Ativo, indicado em Peixes. Esse setor pode indicar também tendência ao enfretamento em razão de autoridades; assim como ocorreu com Prometeu; um confronto direto com os superiores no fito de poder reivindicar. O Meio Ativo de Aquário como Peixes – Ele se assegura através da mente superior: inspiração, intuição, compaixão, etc. Portanto, mantém como recurso um instrumento indefinido, por causa desse signo: abstrato, místico e espiritual. Assim, este setor implica em certas condições predestinadas; em alguns casos indicando facilidades, em outros o contrário. Muitas vezes, pode representar também o destino coletivo como Meio Ativo; conforme ocorreu com o próprio Aquiles. Como Meio Passivo tem o recurso do signo de Virgem, científico, de capacidade racional e grande habilidade. Isso indica que, por sua virtude de poder se fixar em razão do senso coletivo, obtém como vantagem disso: inspiração sobre teses  (até as esdrúxulas) alheias, cujo fundamento (por mais insignificante que seja), 'este' consegue muitas vezes desenvolver e radicar com objetividade. Áries com Crédito do Fim – Indica que a máxima energia de Aquário se fixa na comunicação; pois, com isso tende a ser bastante confiante e objetivo em seus relacionamentos ou planificações. Não existe forma mais ousada – em termos de sentido contemporâneo – como meio de divulgação, do que a indicada por este setor (3ª Casa desse Ascendente), a qual quase sempre termina sob a 'acusação´ – geral – de excentricidade. O mito de Hebe, sutilmente, desenvolveu esse tipo de difusão, fato que  gerou desagravo, como foi descrito; da mesma forma, como  a representação da armadura de Aquiles, em seu simbolismo. Por isso, o Débito do Fim em Libra – Implica sempre em sérias ligações ou acordos, que podem ser objetivos em termos de realizações no presente, mas, com indicações de vínculos cármicos para o futuro; o fato é que o senso inovador pode implicar nisso tudo. O Crédito no signo de Touro – Isso pode indicar que a pessoa em questão, obtve algum valor de ordem espiritual em sua estada no além – antes dessa reencarnação –; e nasceu em função de alguma qualidade “especial” desenvolvida; pois mantém conteúdos alcançados pelo esforço espiritual que, agora refletem no sistema emocional (4ª Casa); geralmente a personalidade se encontra sob uma condição de resguardo emocional para poder cumprir algum tipo de missão social de ordem renovadora (bem definida). O Débito em Escorpião – O Magnetismo, a movimentação ou o sentido de conjunto determina o “desgaste” (Escorpião) das coisas; a eletricidade (oxidação) acelera a decomposição das formas e, nisso se encontra a resposta para uma série de questões científicas. Analisando esse Ascendente como gerador de Escorpião, se torna possível refletir sobre o conceito de “ego”; que de modo geral – como tipo mundano –, condiciona a consciência em um programa mental, onde o conjunto de idéias (coerência racional) costuma assumir a individualidade de forma global; mas, sendo 'este' diferenciado, permite maior profundidade por questão de seu próprio ser, se desvencilhando assim do regime racional – ou do conjunto de idéias: formas pensamentos, conhecimentos fundamentados ou condicionados. Gêmeos como Crédito do Meio pode indicar o seguinte: O núcleo centralizador desse tipo se mostra bem mais livre ou mantém meios de comunicação com o seu “eu” externo. Por isso, o Débito do Meio é Sagitário – Isso indica que para o Aquário tudo vale como expansão e evolução; pois nada deve ser definido como inaproveitável. O Fim Ativo sendo Capricórnio – Indica que esse tipo Ascendente busca a honra e a nobreza; o que caracteriza certo desprezo pela vulgaridade – de sentido existencial. O Fim Passivo como signo de Câncer indica uma alternância de humildade ou tolerância para a condição de rebeldia ou irreverência em função de sua qualidade temperamental; por isso, é preciso analisar a Lua pela compreensão exata desse tipo. Touro (o valor) gera Aquário; estando na 4ª Casa reforça esse sentido. Tétis, valoriza seu filho com a  invulnerabilidade, através de sua imersão no rio Estige; é desse aspecto que se desenvolve também o senso de fraternidade. O calcanhar, que mantém a função de articular o “passo” – ou mudar o caminho – é regido por Aquário; o fato é que, só com Aquiles os gregos poderiam vencer, vale dizer,  com o "calcanhar", seu ponto vulnerável.

Num Mapa Astrológico, tudo que se encontra em Aquário, seja um planeta ou uma cúspide, tem sentido de surpresa; atua como o inusitado, inesperado ou surpreendente; podendo também representar uma incógnita. Urano mantém a característica renovadora, podendo modificar as situações ou imprimir velocidade aos acontecimentos.
(continua)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Aquiles

Aquiles

MITOLOGIA E ASTROLOGIA - Mito de Aquário: Aquiles

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.


Aquiles

Aquiles, filho da ninfa Tétis e Peleu, era rei da Fitótida. Ao ser questionado por sua mãe, se preferia um destino longo e comum ou uma vida curta, mas de renome, optara quanto ao segundo caso.


Ao nascer, para se tornar invulnerável, foi mergulhado no rio Estige (portador desse encantamento) por Tétis, que se descuidara em um detalhe, pois, ao manter Aquiles seguro pelos calcanhares – durante esse banho –, revogava assim, os efeitos – gerais esperados – sobre essas partes dos pés.



 
Seu grande mestre foi o centauro Quiron, que soube desenvolver sua inteligência e fortificar seu corpo; inclusive com alguns alimentos exóticos como: miolos de leões ou tigres, no intuito de aumentar sua coragem e reações instintivas. Nessa escola, também se interessou pela arte da cura, o que lhe valeu na posteridade, como na seguinte ocorrência: Téfelo, ao ser ferido pela lança de Aquiles, passara muito tempo padecendo sob essa causa; em consulta, o oráculo simplesmente declarou: Quem feriu, deve curar”. Assim, ele foi levado até Aquiles, que não sabia como proceder. No entanto, Ulisses – ali presente –, em sua astúcia decifrou o enigma: “o que ferira foi a lança, daí, nela se encontraria o poder de cura”. De fato, a lança de Aquiles, ao ser tocada – por ele próprio – na ferida, com sua ferrugem, curou, instantaneamente, Téfelo.


Quando se iniciaram rumores – bélicos – sobre uma investida contra Tróia, Tétis, pelo oráculo ficou ciente da morte de Aquiles, por questão dessa guerra. Então, cumprindo ordens expressas (e irrevogáveis) de sua mãe – Tétis –; esse herói surgiu na corte de Licômedes, disfarçado de mulher entre as princesas – infiltrado providencialmente como se fosse uma das filhas do rei – , sob o nome: “Pirra”, em razão de seus cabelos avermelhados. Entretanto, uma das princesas, ou melhor, Deidâmia, desvendara sua masculinidade; e por paixão, o desposou secretamente, cujo enlace deu origem a um filho, denominado Pirro (o ruivo). Entretanto, a predição do oráculo grego, mantinha como imprescindível a presença de Aquiles pela derrocada de Tróia; e inclusive, indicava onde este estaria se escondendo. Ulisses (que também tentara se esquivar dessa batalha), já engajado, tinha a missão de recrutar Aquiles. Sob o disfarce de mercador obteve acesso entre as princesas do rei Licômedes, com a possibilidade de mostrar suas irresistíveis coleções, quanto a jóias, tecidos enfeites, apresentando inclusive (como chamariz) um escasso mostruário de armas. Daí, foi fácil desmascarar Aquiles, o qual, embora travestido – de princesa – só se interessara por espadas e congêneres.


Sem outra alternativa, Tétis entregou ao filho uma armadura idealizada por Hefesto, com a garantia de ser impenetrável. Em pouco tempo, Aquiles se tornou um herói grego e terror dos inimigos, conseguindo tomar várias cidades, como Tebas, onde vivia Andrômeca. Essas investidas lhe renderam algumas mulheres – cativas –, como Criseis, cujo pai era sacerdote de Apolo; que ao ter implorado a libertação de sua filha e sofrido a recusa de Agamemmnon; como resultado ocorreu uma terrível peste – sobre os gregos – enviada por Apolo. Aquiles opinara pela devolução da moça; então Agamêmnon por desforra, se apoderou da donzela que lhe coubera como cativa; sendo o fato recebido como insulto, este se afastou da guerra.



A retirada desse herói resultou em sucessivas vitórias troianas, mas, Pátroclo, também aluno de Quiron e grande amigo do mesmo – desde a infância – obteve (depois de muita insistência) por empréstimo sua poderosa armadura; e a chance de assumir seu exército. Dessa Forma, Pátroclo e os mirmidões (os soldados de Aquiles assim denominados), enfrentaram os troianos, que ao reconhecerem a famosa armadura (determinando o comando), assustados se esquivaram.



Entretanto, no transcorrer de batalhas, finalmente, chegara o momento de Pátroclo se apresentar frente ao exército de Heitor que – ao contrário de seus soldados –, o enfrentou; supondo estar diante de Aquiles. Nessa luta desigual, de nada lhe valeu a invulnerável armadura, tombando sob os golpes mortais daquele destemido príncipe de Tróia. Como o fantasma de Pátroclo o rondava em seus sonhos, Aquiles decidiu reassumir o combate.



Assim, usando nova armadura, Aquiles desafiou Heitor, o acusando pela morte de Pátroclo. Em longa disputa, os dois mais hábeis guerreiros da época, mostravam equivalência, mas, num golpe fatal, Aquiles selou sua vingança; e como se não bastasse, ainda amarrou o cadáver para ser arrastado em seu carro.


Com a morte de Heitor os gregos concederam uma trégua – aos troianos – para a realização dos funerais. Em certa ocasião, tentando manter relações amistosas com o rei Priamo no fito de poder desposar Polixena, Aquiles foi – traiçoeiramente – atingido por uma flecha lançada por Paris, que o feriu mortalmente no calcanhar – seu único ponto vulnerável. Tétis, permitiu que a armadura de Aquiles fosse entregue ao mais digno dos heróis gregos; Ájax e Ulisses participaram dessa disputa; ficando para Ulisses essa gloriosa honraria. Alguns relatam que no hades, Aquiles podia ser encontrado ao lado de Polixena, sua grande paixão.


(continua)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Urano

Urano, Hebe e Ganimedes

MITOLOGIA E ASTROLOGIA - Mito de Aquário: Urano
Anterior: Prometeu

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.



Urano

Géia (a Terra), originária do Caos – se desdobrando –, gerou por partenogênese (reprodução independente) a Urano (ou Ouranos), o Céu, que em razão disso podia desposar a própria mãe; sendo o principal regente do signo de Aquário.


Dessa forma, o Céu (Urano) podia descer todas as noites e se unir a Géia, ou Terra, mãe universal de todos os seres. Nesse enlace, tiveram como principais filhos: Titã, Cronos, Oceano, Hiperion, Jápeto, Temis, Cibele, Mnemosine e outros (os ciclopes e os hecantoquiros).


Urano, não permitia a liberdade dos filhos, assim que nasciam eram encerrados no Tártaro (seio da Terra); abismo abaixo do Hades).


Insatisfeita com esse hábito cruel, Geia extraiu de si própria uma material duro e cortante, configurado em foice; com a proposta aos filhos, de ser usada – como arma – contra Urano. Mas, Cronos foi o único a aceitar esse desafio contra o próprio pai. De noite, quando Urano se deitou sobre Geia, Cronos, em um só golpe castrou seu pai.


A parte do sangue de Urano que caiu no mar formou uma espuma, de onde nasceu Afrodite (Aphros = espuma). O sangue que caiu sobre a terra fecundou as seguintes entidades: Erínes, que perseguiam todos os criminosos sem tréguas; os Gigantes, que depois entraram na luta entre Zeus e Cronos; e as ninfas Meliades, as únicas com atitudes guerreiras.

Foi sob a influência de Urano que Zeus (mais tarde), engoliu sua primeira esposa, Metis, pois conforme a predição deste, se o casal tivesse uma filha e depois um filho, este último usurparia o trono do pai.


Hebe e Ganimedes

A constelação de Aquário geralmente é representada pelo mito de Hebe e Ganimedes, pelo seu eterno significado: sempre novo (ou de renovação). Hebe, filha legítima de Zeus e Hera, representava a Juventude Perpétua. Era encarregada do trato doméstico aos deuses: servia – sempre sorridente – o néctar e a ambrosia, alimentos com o indicativo de poder celeste; atrelava o carro de Hera e executava outras funções habituais; e também se divertia muito ao lado das Musas e das Horas, quase sempre – dançando – ao som da lira de Apolo. Certa vez, enquanto servia aos deuses, sofreu uma queda deveras inusitada – conforme o fato se efetivara em imagem –, razão pela qual os Risos, as Horas e as Musas – por suas atividades naturais de alegria – não souberam se conter (pois nem seriam capazes), implicando em gargalhadas contagiantes (sob aquele tipo progressivo e interminável); por questão de um extravasar entre todo o Olimpo. Hebe, envergonhada – e ofendida –, por rever tudo como zombaria, se recusou a continuar nesse trabalho. Por este mito ser complexo, certos autores (menos sarcásticos) descrevem o fato (abandono dessa atividade) em função do casamento de Hebe com Hércules. Diante disso, Zeus raptou Ganimedes para exercer suas atividades.


O mito de Hebe em adjunção ao de Ganimedes poderia compor uma imagem coerente – dos fatos –, entretanto, em razão de várias versões, tudo parece se constituir num autêntico enigma. Ganimedes, era um admirável jovem troiano, filho do rei Tros e Calíone, que guiava o rebanho real – nas cercanias de Tróia – quando foi capturado (relatam alguns: com a necessária conivência de Cupido) por Zeus, sob a forma de águia e levado para o Olimpo – para substituir Hebe. Antes desse fato, Ganimedes, em atendimento ao rei, prestara homenagens aos deuses na Líbia, sendo retido (em cativeiro) por Tântalo – rei desse país –, por uma questão de desavença a Tros; o que motivou guerra entre esses reinos; inclusive, implicando na “primeira” ruína de Tróia. Tântalo ( para sua identificação), em após morte, se tornaria famoso (como supliciado nos infernos): por roubar o «néctar e a ambrosia» dos deuses. Outra ocorrência envolvendo essa trama consiste no seguinte: Hércules (fadado a desposar Hebe – algum dia no céu), hospedado – de passagem – em Tróia para atender a súplica de Laomedonte (neto de Tros e rei do pais naquela instância), que sofria por ter  sua filha,  Hesíone,  sob a ameaça de um monstro, exigiu por esse trabalho de resgate (em pagamento), uma antiga 'oferenda'  de Zeus: «os cavalos invencíveis»; dada como indenização pelo rapto de Ganimedes.

(continua)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Prometeu

Prometeu

MITOLOGIA E ASTROLOGIA - Mito de Aquário: Prometeu
Anterior: A Décima Casa

Este setor apresenta um texto original sobre um mito. Em seguida, sua interpretação conforme o sentido astrológico – pela caracterização de um Signo.



Prometeu

Prometeu era filho do titã Jápeto e da oceânida Clímene; irmão de Atlas, Epimeteu e Menoécio; sendo reconhecido como mediador entre os mortais e os deuses. Conforme Hesíodo, ele e seu irmão Epimeteu tinham a incumbência de criar todos os animais terrestres. Nessa obra, competia a Epimeteu a tarefa criativa, enquanto Prometeu, por seu alto grau de inteligência, se encarregaria da supervisão. Munido desse grande poder, em razão das irradiações (criativas) recebidas no limiar do domínio terrestre; Epimeteu atribuiu a cada forma animal concebida dons especiais como: de coragem e força; segurança e crescimento; liberdade e rapidez e demais virtudes; tudo nos conformes lógicos de cada espécie (assim determinada por ele); ou seja, uns portando garras, outros asas e assim por diante (como se torna possível reconhecer em cada tipo de animal); esgotando assim o que seria capaz de imaginar.




Prometeu, em sua assessoria, notou que faltava em tais criaturas vivas a virtude do “senso” (denominada assim por ele), ou seja, nenhuma delas seria capaz de: exercer a arte; empreender estudos; compreender a essência das coisas; aplicar o princípio do pensamento lógico; se comunicar com os deuses, etc. E, nessa reflexão presumiu estar contida na terra a grande síntese, ou seja, que nela se encontrava o elemento de adjunção das irradiações como fator de consistência. Assim, pelo barro ele modelou o homem terrestre. Empolgada por sua façanha, Palas Atena se ofereceu em auxílio daquela obra; obtendo desta, com o seu pedido: uma visita aos paramos celestes; fato justificado como a forma de ampliação de seus conhecimentos em razão do projeto. Então, do Olimpo ele roubou o Fogo dos deuses, elemento indispensável para complementar a sua criatura humana.


Zeus, em represália pelo atentado – aplicando o mesmo princípio, por castigo – exigiu de Hefesto a modelagem de uma “mulher ideal”, a qual em assembléia, obteve uma virtude especial de cada um dos deuses (beirando assim à perfeição); e por último recebeu como presente, uma caixa selada; sendo transportada por Hermes aos redutos de Prometeu. Mas este, nem quis abrir precedentes, dispensando logo aquela deslumbrante criatura. Entretanto, encantado, Epimeteu desposou Pandora, assim denominada (por significar ‘aquela que tudo dá’). E, num ato de extrema curiosidade, Pandora abriu a misteriosa caixa, libertando então todas as desgraças humanas; mas, em Misericórdia pela humanidade a Esperança se embrenhou no interior desse objeto.



Zeus, frustrado (em parte) com sua estratégia, por ter atingido Prometeu, apenas indiretamente – em razão de sua astúcia –; como novo castigo ele deveria permanecer acorrentado (durante 30.000 anos) no monte Cárcaso, tendo diariamente seu fígado dilacerado por uma águia, e regenerado no dia seguinte para haver continuidade do suplício. Mas, Prometeu em sua ideação ainda mantinha um poderoso ultimato (do tipo: “trunfo”) passivo de uma revelia dessa penalidade; o qual consistia na revelação de um segredo (oriundo de uma de suas fontes especiais) sobre Tétis que, por predição haveria de ter um filho com a capacidade – inexorável – de superar seu próprio pai, em todos os sentidos. Ciente desse alerta – conforme lhe informara Hermes – Zeus, por precaução (em garantia de seu trono) deixou de galantear Tétis, que por isso desposou o mortal Peleu, cujo filho (produto dessa união): Aquiles, superara o próprio pai. Como de fato se cumpriu o aviso, Zeus, por gratidão, permitiu que Hércules o libertasse; e para não caracterizar desmando, Prometeu deveria usar até o fim de sua pena, um anel de ferro com uma pedra do Cáucaso engastada, simbolizando assim sua permanência em clausura. Em um banquete de confraternização entre deuses e humanos, ocorreu o seguinte: Prometeu matou dois bois, enchendo uma das peles com a carne e a outra com entranhas e ossos, astutamente envoltos pela gordura do animal. Nesse jogo, Zeus deveria escolher um entre os dois, sendo que, o por ele sorteado, seria um paradigma em termos de oferendas humanas aos deuses (como hábito, daí por diante). Zeus errou na escolha, e mesmo irritado, teve que manter o senso desportivo (em grande benefício para a espécie humana).



Em outro mito, Zeus, inconformado com a malícia que se desenvolvia – em razão do livre arbítrio – determinou um fatídico dilúvio terrestre, pela reforma da espécie humana criada por Prometeu. Deucalião, filho de Prometeu, reinava na Tessália ao lado de Pirra, sua mulher, quando isso ocorreu. Assim, a terra ficou inundada, salvando apenas Pirra e Deucalião; pois foram alertados por Prometeu sobre esse fato.



Quando as águas baixaram, como únicos sobreviventes, ofereceram sacrifícios aos deuses; e em consulta ao oráculo da deusa Temis, receberam o seguinte aviso: “Para repovoar a terra, atirai para trás, os ossos de vossa avó”. No início, Deucalião ficou desconsolado – sem saber o que fazer –, mas, depois de refletir, compreendeu a analogia: a avó era a terra e seus ossos eram as pedras. Então, eles passaram a caminhar atirando para trás pedras; as que eram atiradas por Deucalião se transformavam em homens e das que eram jogadas por Pirra, surgiam mulheres. Assim a terra foi sendo repovoada.

(continua)



sexta-feira, 1 de abril de 2011

Lógica Relativa

Lógica Relativa ou Natural
NUMEROLOGIA E FÍSICA TEÓRICA: Lógica Relativa ou Natural

Este setor implica numa definição – por escolha –, entre vários temas da Física Teórica, com demonstrações, em função da Lógica Relativa ou Natural (determinante de 22 axiomas), desenvolvida aqui, conforme a Linguagem da Cruz (dos 144 Números).




Lógica Relativa ou Natural – A Base

A Lógica Formal – conforme Alain Badiou – Sobre o Conceito de Modelo:

Uma teoria é coerente se e só se possui um modelo (Teorema de Gödel/Henkin).

– Uma teoria formal que admite um modelo infinito admite necessariamente um modelo numerável (Teorema de Löwenheim-Skolem).

– Se a teoria dos conjuntos sem axioma de escolha e sem a hipótese do contínuo admite um modelo, a teoria obtida por adjunção destes dois enunciados admite também um (Teorema de Gödel); e a teoria obtida pela adjunção da sua negação admite igualmente um (Teorema de Cohen).

Concluindo em seu livro:

Modelo – Uma estrutura é modelo de um sistema formal se todos os axiomas desse sistema são válidos na estrutura.

A Lógica Relativa ou Natural atende todos esses requisitos, salientando inclusive, que: admite como paradigma (Teorema de Gödel) o “Modelo Astrológico”, conforme a teoria dos 144 números (“Modelo Matemático”). Modelo 115 – 15 Sapiência = 100 Opinião: conforme a lógica dos 144 números, um autêntico modelo, deve ser aquele que se encontre em conformidade (com a abstração geral, em razão de tempo e espaço: relatividade) com todas as opiniões interessadas nessa estruturação (em quaisquer tipos de projetos); caso contrário tal conceito não determinaria um tipo de padrão; o qual – por sua própria função de "cunhagem"  – permite variadas configurações (coforme o vislumbre pessoal), sem implicar numa possível deformação de seu princípio (valendo portanto, como uma “moeda” de troca).

A Lógica Relativa ou Natural – não contradiz a Lógica Formal, apenas a amplia (por complementação); filtrando ou denunciando algum engano, como o de Cantor, em sua “Teoria sobre Conjunto dos Conjuntos...”. De resto, caminha no rumo certo de um conceito consistente; como por exemplo (se fosse o caso), em razão de uma possível Inteligência Artificial; condição deveras insuficiente, quanto aos subsídios pertinentes ao modelo clássico, já ultrapassado por questão do que suscitam, em termos das necessidades do século 21.

Este sistema se baseia num fator de ordem – existencial – eterna: os números (e a teoria como determinante); portanto, deve incluir (como alternativa) o Princípio Antrópico (definido timidamente pela ciência), único Meio – Ativo – de integração, entre exato e concebido (arbitrariamente), como modelo de lógica (pela adjunção entre coerência e sentido primordial). Se o Princípio Antrópico fosse discernido (conforme essa adjunção proposta) sob esse padrão (cerne), logo se efetivaria uma integração (lógica), tornando exata – por evidência –, a razão existencial; expondo de modo inconteste Tudo (toda a Criação), apenas como uma “obra” (incluindo a própria espécie humana), necessariamente sujeita à um mecanismo; entretanto, sem carecer de uma definição transcendente (como procedem as religiões), ou seja, dispensando o “Por Quem” ou “Por Que” isto foi determinado (que diferença faria conhecer seu artífice?). Mas, sem essa inclusão – do Princípio Antrópico –, esta estrutura perderia (ou permitiria a ocultação de...) um importante fundamento: o conceito de obra, o qual determina consistência, por implicar em projeto (fato que exige elaboração, sustentação, normas – leis); sem nenhuma obrigação em se conhecer “de Quem” ou “do Que”, por questões primordiais; conferindo ainda a admissão de um modelo (necessário conforme o Teorema de Gödel). Esse processo analítico se desenvolve conforme a Lógica Formal (sem precisar interferir nesse precioso sistema clássico), indicando alteração, pela implementação de seu esquema, apenas quando for ressaltada – em termos de coerência – alguma transgressão sobre seus 22 axiomas (os quais estão polarizados em razão de: finito e infinito; eternidade e atualidade, etc). Pois, alem dos conectivos (usuais) lógicos, aqui se emprega a teoria de polarização, a qual implica em inúmeras formalidades. Portanto, se apresenta como um instrumento abalizado (sem contar que se baseia na teoria dos números) para interpretar (sob a experiência de vários anos) a física teórica, bem como, por questão de quaisquer tipos de categorias temáticas; e, essa é a definição expressa de Lógica Relativa ou Natural (como justificativa de sua denominação, ou seja, por incluir relatividade e lógica quântica em seu modelo).

Os 22 axiomas são os pilares desta estrutura; os textos seguintes demonstram – em seqüência a lógica de cada um deles (determinada por integração):

Aritmética Qualitativa: Início
Demonstração: Axiomas de 1 a 5
Demonstração: Axiomas de 6 a 11
Demonstração: Axiomas de 12 a 14
Demonstração: Axiomas de 15 a 17
Demonstração: Axioma 18
Demonstração: Axioma 19
Demonstração: Axioma 20
Demonstração: Axioma 21
Demonstração: Axioma 22
Os 22 Axiomas - Formulados

(continua)

Legado utilizado como bordão:
“Todo conhecimento que não pode ser expresso por números é de qualidade pobre e insatisfatória” (Lord Kelvin).